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sábado, fevereiro 08, 2014

Remember Me



Ano de lançamento: 2013
Gênero: Ação em Terceira Pessoa
Plataformas: Xbox 360, PC, PS3 *Testado no Xbox 360
Estúdio: DONTNOD Entertainment
Distribuído: Capcom

Um futuro em que a maioria das pessoas tem um implante cerebral que permite a manipulação/compartilhamento de memórias e acaba dando poder demais criando uma forma de governo que viola a privacidade mais intima das pessoas (suas memórias) e um grupo de rebeldes que tentam lutar contra o sistema.

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Remember Me foi um novo IP (Intellectual Property, Propriedade Intelectual, ‘’franquia’’) da Capcom que estava em uma boa fase e tinha obtido sucesso com a outra nova franquia ‘’Dragons Dogma’’, teve um investimento em propagandas para sites dando a entender que o jogo seria bem audacioso e épico em vários sentidos.


Não foi... Inclusive foi bastante criticado no lançamento.

Os gráficos são bons, cenários que ficam em um meio termo de beleza e destruição e os modelos dos personagens são muito bem feitos, mas a movimentação é um pouco estranha e os efeitos visuais chamam muita atenção para si própria o que faz com que você acabe prestando mais atenção no efeito moderninho indicando onde é para ir do que no cenário em si.

O áudio é bom, as musicas apesar de serem em sua maioria eletrônicas combinam bem e o uso praticamente sendo usando apenas quando se tem algum tipo de ação também é bem vindo. As dublagens eu optei por usar o áudio em Frances (já que o jogo é na França) e gostei bastante tenho certeza que jogo tem áudio em inglês também, mas ai já não posso opinar sobre a qualidade.

Você joga com Nilin ela esta presa mas na prisão retiram as memórias dos presos para que eles não tenham motivação para fugir, só que ela é ajudada por uma misteriosa figura chamada Edge (não o da wwE) e vai recuperando a memória e lutando contra o sistema.


O jogo conta com três mecânicas principais:
A de ação plataforma e pequenos enigmas do tipo ‘’pular nos lugares certos’’ que funciona ok na maior parte do tempo, parece um Tomb Raider antigo na pratica e não tem nada de realmente interessante, quando não resolve funcionar é uma frustração grande, não tem um botão para correr ou andar devagar ‘’stealth’’ a personagem altera sozinha, varias vezes eu morri porque ao invés dela correr para ter impulso resolveu andar devagar, ou o contrario que eu precisava precisão e ela sai correndo...

A ação de combate com combos customizáveis, tem um grupo de combos pré-definidos (quais botões você deve apertar) e você pode alterar o ‘’poder’’, algo do tipo combo X-X-X, o primeiro X para te dar energia, o segundo X para tirar mais dano e o terceiro X para ganhar mais um pouco de energia, ou os três X para dar uma quantidade de energia maior, ou dano, ou diminuir o tempo para usar seus poderes especiais... A execução tenta ser próxima aos jogos ‘’Arkhan’’ do Batman, em que qualquer botão deveria ‘’encaixar’’ direito no combo, os inimigos dão um sinal quando vão atacar e voce pode se esquivar, inclusive no meio de um combo e seguir de onde parou. O problema é que não funciona direito, não flui igual o Batman, pelo contrario é bem travado e difícil de acostumar com o tempo para dar o combo.

E por fim a mecânica de alterar as memórias são missões especificas que na pratica mostram um vídeo, você ‘’rebobina’’ a memória e pode alterar pequenos detalhes para obter resultados diferentes, por exemplo, um homem bebendo café coloca o copo na mesa e pega o controle, dá para alterar a memória para que o controle esteja mais longe e o cara ao tentar pegar derrube o café e ao invés de se lembrar de ter assistido TV ele se lembra que se sujou e teve que trocar de roupa (exemplo não contido no jogo). Funciona bem apesar de essencialmente ser apenas um mini-game, mas é a parte mais divertida da mecânica.

A historia do jogo... O cenário de ambientação é bom, o enredo é legal, mas a explicação do porque tudo aquilo esta conectado deixou a desejar, e a parte final pode gerar aplausos ou vaias dependendo de quem esta vendo é uma daquelas paradas oito ou oitenta, não da pra ficar no meio termo. SPOILERS no final da analise.

O design das fazes e a câmera também são ruins, sendo um jogo bem linear com câmeras que volta e meia atrapalham (da para mexer, mas é um tempo perdido em combate). Boa parte das coisas ‘’escondidas’’ estão no lado oposto que é pra ir, se o jogo pedir que vá para esquerda ande um pouco para a direita e provavelmente vai achar algo. É uma mecânica de ‘’jogo de ps2’’, bem datada para a época.


E só tem o modo historia, mesmo que não pegar tudo que tiver de secreto, dificilmente vai se sentir motivado a jogar novamente.

Nota:

Não é um jogo realmente ruim, mesmo com a mecânica que deixa muito a desejar. A historia é legal o que faz com que seja triste já que a maioria ou não vai tentar jogar ou vai desistir devido aos problemas. Seria ótimo se fosse um filme, ou até mesmo (não acredito que falarei isso) um desses jogos ‘’filmes interativos’’ em que você praticamente não joga nada, apenas deixando a mecânica de remix de memória e dando uma polida melhor no roteiro.

Para: Quem jogou se lembrar (Ráaaaaaaaaaaaaaaa)

SPOILERS conta a historia porque sei que muita gente não vai jogar nunca, mas ficou curioso, não é um resumo se quiser isso vai procurar em outro lugar.

Nilin se encontra com mutantes nas áreas pobres de Neo-Paris, esses mutantes foram consumidos pelas memórias ou algo assim, ela então descobre que estava junto com os ‘’erroristas’’ faz tempo e vai entendendo que uma empresa/governo esta por trás de tudo inclusive dos mutantes e descobre a origem da tecnologia e o que levou a criação disso.. Basicamente os pais dela são cientistas, por causa dela quando criança no carro com a mãe sofreram um acidade, a mãe perdeu a perna e culpa a garota, o pai então investiu na ideia e usou a pequena Nilin como a primeira cobaia retirando a memória triste e vendo o potencial de viver em um mundo utópico em que ninguém sofre porque não lembra do motivo que sofreu... 

O cientista investindo na ideia ruim e dando merda tudo bem, mas a motivação... Se você pensar bem foi tudo por culpa da mãe da Nilin que é uma vaca e culpa a criança pelo acidente... Até entendo que a ideia seria uma ação simples que vira uma ideia maior que gera um problema gigantesco, mas isso acabou deixando a desejar e daria para mudar simplesmente tirando o fato da mãe culpar a criança, apenas o acidente traumático e tal, talvez um irmão morto no mesmo acidente ou coisa assim.

O final que falei oito ou oitenta, é que Edge o cara que vem ajudando e você passa o jogo todo esperando que ele se revele como o vilão, é na verdade o fragmento de uma consciência que surgiu na maquina que guarda as memórias tristes que o povo retirou. Não tem uma explicação, surgiu das memórias da dor, da tristeza... Porem tem a simbologia do personagem Edge ser bem humano e ter surgido dessas memórias e o tema principal do jogo que é essa coisa de não importa o quão ruim foi algo que te fez se tornar o que é hoje.

Na pratica ou você gosta da ideia e vê como algo profundo e cabeça ou acha uma bosta.



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