Mama

Diretor: Andrés Muschietti
Ano: 2013
Roteirista: Andrés Muschietti, Barbara Muschietti, Neil Cross
Gênero: Horror 

Um casal é obrigado a cuidar de suas sobrinhas que passaram por um evento traumático...

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Esse filme tem uma campanha publicitária que sita Guillermo Del Toro dando a entender que é um filme dele, o que não é verdade como podem ver nos creditos, Mama foi originalmente um curta metragem espanhol que acabou virando filme, escrito e dirigido pela mesma pessoa.

A historia é sobre um homem que matou a mulher depois sequestrou suas duas filhas e morreu em uma cabana, cinco anos depois de uma incansável busca por parte de seu tio (irmão do assassino) as duas garotas são encontradas e se tornaram animalescas vivendo no mato sem contato humano, o tio interpretado por Nikolaj Coster-Waldau (Jaime Lannister lá do GoT) que é um desenhista e sua namorada Annabel (Jessica Chastain irreconhecível de cabelo negro curto e cheia de tatuagens) acabam com a guarda das meninas, que foram ‘’cuidadas’’ por algo misterioso...

E sim é sobre fantasma como da pra perceber claramente na capa e o próprio filme deixa claro nos primeiros minutos, só resolvi brincar com o resumo.

A ideia é mais sobre a Annabele que toca contrabaixo em uma banda de rock e não tem/quer filhos ou leva jeito para ser mãe, se apegando as garotas e tal, mas o horror não é um mero pano de fundo, eu diria que o filme consegue ficar 50/50 o que é bem surpreendente. Tem seus momentos ‘’filme de terror’’ com personagens soltando informações do nada, como uma senhora que trabalha nos arquivos praticamente explicando o que é o conceito de fantasma visto no filme, de uma forma bem casual em uma conversa, alguns ‘’vilões’’ humanos que você torce para algo de ruim acontecer com eles, como um psicanalista obsecado com sua pesquisa, mas a execução é muito bem feita, o roteiro prende e é fácil de aceitar.

Meu único problema é com o final, que achei uma bosta, mas não tenho muitas ideias melhores, alias até tenho uma, mas deixarei para o final com *SPOILERS. 

A direção é muito boa, da uns sustinhos, mas faz parte do contexto não são gratuitos, o que mais gostei foi que conseguiu mostrar bem a mudança da garota que não quer ter filhos e se tornando uma mãe, fora uma cena em particular que ela toma a decisão contraria de todos personagens de filmes de terror ‘’não entre ai!’’ e ela não entra mesmo...

As atuações são boas, apenas as meninas Victoria (Megan Charpentier), Lilly (Isabelle Nélisse) e a Annabel tem grande destaque, mas todo mundo atua bem.

A trilha sonora é boa e os efeitos especiais são bacanas, pelo que deu pra perceber usaram uma mulher em piscina para fazer o fantasma, dando um efeito visual ‘’flutuante’’ muito legal, nada inovador (300 é um dos filmes que o efeito já foi utilizado), mas não deixa de ser visualmente bacana.

Nota: 8

Levaria mais se não fosse o final.

Para: Filme de fantasma ‘’tenso’’ que infelizmente vem se tornando raridade.

 *SPOILERS pesados a respeito do final

Na verdade não vou falar sobre o final apenas minha ideia, com intenção de comentar a quem já viu o filme. Que seria de usar mais isso da Annabele se tornando ‘’mãe’’, com talvez uma escolha de salvar as duas garotas ou o namorado e ele próprio aceitando que a vida das meninas é mais importante e o fantasma então se dando conta que Annabele é que é a ‘’mama’’ das meninas, nisso ela descobrindo os restos mortais do seu bebe e partindo com o assunto pendente resolvido. E eu mataria a tia chata antes... Não que realmente meu final fosse ficar fodão, mas acho que ficaria mais legal do que o que teve.