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sexta-feira, junho 07, 2013

BioShock Infinite



Ano de lançamento: 2013
Gênero: Tiro em primeira pessoa
Plataformas: XBOX 360, PC, Mac, PS3 *testado no 360
Estúdio: Irrational Games
Distribuído: 2K Games

BioShock em uma cidade nas nuvens.

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Eu não sou fã de BioShock inclusive esse é o primeiro que jogo do começo ao fim e iria passar, mas fui compelido a dar uma conferida por causa de argumentos irrefutáveis ‘’é legalzinho, joga ae’’(Grande, Mafort).


Não é que eu ache a serie ruim, é que o gameplay não me agrada e só o interesse pela historia não é o suficiente, nesse novo BioShock o gameplay continua não me agradando muito, mas não chegou a ser tanto incomodo assim por isso continuei até o final.

O roteiro é sobre Booker DeWitt em 1912 que foi enviado a uma cidade voadora para recuperar uma jovem garota, que vive aprisionada por um líder fanático religioso que comanda a cidade.

Conta com um cenário bem rico e vivo, com seus próprios problemas e cultura e aborda temas polêmicos (nem tanto) como racismo, e com lideres que em teoria apoiam boas causas, executando da pior forma possível... Mas não é nada que nenhum bom livro de historia ou documentário da época já não tenha tratado.

Conta também com um mistério ‘’cientifico’’ que deixarei para spoilers no final, mas basicamente envolve teorias que estão longe de serem comprovadas hoje em dia e por isso geram enormes discussões e são difíceis de compreender.

Os personagens são bem construídos, tem uma enorme quantidade de detalhes que fazem sentido no decorrer do jogo e alguns que se você jogar novamente e prestar atenção vai sacar coisas que até então achava que não significavam nada (o jogo de cara ou coroa).

O roteiro não chega a ser perfeito, conta com alguns furos o principal é que possibilita o inicio do jogo, com você conseguindo entrar facilmente na cidade. E as teses do final ou das explicações cientificas que acabam tendo um pouco de ‘’magia cientifica’’, não são facilmente compreendidas ou mesmo fáceis de aceitar, fora que também não explicam os ‘’vigors’’ que são bebidas que te dão poderes como jogar bolas de fogo e estão presentes nos jogos anteriores.

As dublagens originais são boas, assim como a trilha sonora instrumental e o uso de versões ‘’de época’’ de musicas contemporâneas (anos 80) com diferentes arranjos (e o porquê é abordado no roteiro).


O gameplay é ruinzinho, é um jogo em primeira pessoa que mescla shooter com uso de poderes variados, como jogar um raio ou bolas de fogo, eu pessoalmente não gosto de magia em jogos ‘’mistos’’ porque acho que são muito apelões e no BioShock são mesmos... Fora a mecânica de tiro em primeira pessoa que deixa bastante a desejar, sei que pode parecer heresia eu um mero blogueiro criticando esse jogo tão aclamado, mas peço que antes de me xingar imaginem o mesmo gameplay em um jogo de segunda guerra mundial genérico e me falem se realmente iriam jogar isso.

A parte de tiro em primeira pessoa é ruim porque não funciona muito bem, não é ‘’macio’’ para ficar dando tiro ou mesclando tiros com porradas, e a magia mesmo poderia ter um agrupamento de botões melhores, é um jogo que foi feito para usar tanto armas quanto as magias o que prejudica os dois modos caso queria concentram em apenas um, no entanto é possível dar uma magia para prender inimigos e depois dar tiros neles facilmente. É também um jogo que tem uma infinidade de coisas escondidas e por ser em primeira pessoa eu senti dificuldade em achar alguns itens.

Você tem um tipo de um gancho que pode usar como arma ou prender em trilhos suspensos e usar como meio de transporte.

E a grande novidade é a companhia, eu tinha medo de ser um jogo repleto de missões ‘’escolta’’, mas a garota depois que você resgata se comporta muito bem, ela não usa armas ou ataca inimigos, mas te ajuda a achar itens, munição, energia e não atrapalha em nada, em tiroteios ela procura abrigo e fica escondida, depois que ganha confiança ela chega até a ajudar jogando uma arma carregada para que você não perca tempo recarregando a sua (do mesmo modelo), ela também te faz companhia bocejando, se escorando ou procurando um lugar para sentar caso você não se mexa, com algumas conversas e se você prestar atenção vai notar que ela é bem viva, podendo ver quando esta zangada, apreensiva, assustada ou feliz.

Os gráficos são bonitos, o fato de ser uma cidade aérea foi pensado, é fácil cair das beiradas, mas o jogo te coloca rapidamente de volta a ação.

Tem um modo secreto que simula os antigos shooters com energia que não se recarrega sozinha, poucos pontos de salvamento e afins.


Infelizmente é um jogo que tem uma campanha curta, acredito que em um final de semana da para terminar e não tem nada pra fazer depois alem de terminar o roteiro em níveis de dificuldade maiores, ou comprar dlcs, aconselho a tentar fazer isso pra ver os detalhes da historia caso tenha gostado, mas não é um grande chamariz.

Nota:

É legal, eu realmente gostei da companhia inclusive estou torcendo para virar moda e ao invés de alguém te ajudando a matar tudo que se mexa, seja alguém te ajudando a achar itens e saindo da frente nos combates igual no BioShock Infinite. A historia apesar de ter gostado é com teses e passível a interpretações de fãs que não são necessariamente corretas e é um jogo bonito, mas bem curto.

Para: debater com amigos depois (com ênfase nos amigos, se afasta de fóruns).

SPOILERS pesados

O jogo trata de realidades alternativas e tem um final que ‘’zera’’, mas tecnicamente não daria para zerar já que são múltiplas realidades e mesmo que zere por ser múltiplas realidades não deveria significar que já não tivesse acontecido ou que realmente vai mudar tudo, entende? Não, pois é... É tipo viagem no tempo não tem uma resposta concreta é tudo teoria e são varias teorias... Ele nem chega a ter uma ligação concreta com os outros jogos que são ambientados no ‘’futuro’’ desse jogo (1940), apesar de já ter teorias de fãs, que talvez os jogos sejam realidades diferentes e o personagem seja o mesmo ou algum parente. O final fica um pouco a desejar, mesmo entendendo ou aceitando as explicações mais comuns.


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