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sábado, abril 20, 2013

The Devil Inside (Filha do Mal)


Diretor: William Brent Bell
Ano: 2012
Roteirista: William Brent Bell, Matthew Peterman
Gênero: horror, mockumentary

Uma mulher vai a Roma a procura de respostas sobre sua mãe que há vinte anos cometera um crime em um suposto exorcismo.

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É um gênero que não me agrada muito, mas a campanha publicitária foi boa e o filme parecia interessante, como é em formato de documentário me animou um pouco mais do que simples ‘’filmagem de câmera em primeira pessoa encontrada’’ que tanto gostam de fazer e nunca pensam direito em porque raios filmaram tais cenas ou porque não filmaram outras, sendo um documentário faz sentido os depoimentos e tudo mais...


O filme começa realmente como se fosse verídico, mas assim como o ‘’The Last Exorcism’’ (O Ultimo Exorcismo) é bem claro que é um filme com direito a creditos e tudo e os atores não tendo os mesmos nomes dos personagens o que deixa a experiência um pouco confusa, estou apenas comentando até acho melhor isso do que uma picaretagem igual ao do ‘’The 4th Kind (Contatos de 4 Grau)’’ que realmente tentou se passar por verídico, criando até paginas ‘’reais’’ na internet.

As atuações são até que boas, mas o filme não desenvolve bem os personagens e a ideia maior é a do mistério com a mulher que cometeu o crime e a ideia do exorcismo, isso realmente me entreteve e eu estava achando bem interessante, o filme tem uma abordagem bacana incluindo uma dupla de padres que fazem exorcismos mesmo contra a postura do vaticano, mas achei que poderiam abordar melhor. *


O roteiro da parte do exorcismo, doença metal e o mistério é interessante e prende, mas tem um final muito abrupto (hóoo falano difisu!) e seria ótimo se os personagens tivessem mais espaço, até para convencer melhor a ideia de documentário dessa jovem à procura de respostas e entender o que a mulher estava passando.

A direção faz seu trabalho, mas assim como o roteiro acaba se embananando na ideia de documentário, com praticamente todo mundo na Itália falando em inglês, entendo falarem inglês com a câmera para o documentário e tal, mas quando o padre vai fazer um exorcismo de uma família italiana e mãe da possuída falando em inglês com ele foi bem estranho, afinal ‘’minha filha ta toda torta vomitando sangue e falando com voz de cantor de grindcore, vou ser educada e manter a calma para pensar em falar em inglês para o documentário americano’’, que sim eu sei que é frescura minha até porque o padre da um toque pra ela falar em inglês, mas não é muito crível que ela iria continuar falando depois de algumas palavras.


O grande problema mesmo e o motivo que provavelmente nunca vou recomendar pra ninguém esse filme é que quando começa a esquentar acaba de supetão e não é de um jeito assustador ou coisa assim é que simplesmente acontece uma coisa derrepente e fim.

Nota:

Não é ruim propriamente dito, mas não vale a pena ver. Sobre o tema de exorcismo é uma abordagem um pouco mais em cima do muro, mas deixa a desejar por não tratar melhor os dois lados da ideia (possessão ou doença mental), a parte da possessão também deixa a desejar pra tantos outros filmes focados no mesmo tema e como documentário, não documenta muito bem. É bem feitinho, mas é uma jornada que não leva a lugar algum.

Para: Deixar passar.

*SPOILERS
Como chegam a mostrar que mesmo na ‘’escola de exorcistas’’ tem crentes e descrentes e um debate sobre possessão e doença mental, seria interessante que ao invés de simplesmente mostrar a igreja se negando por causa da burocracia, mostrar que tem burocracia justamente porque um exorcismo em um caso de doença mental seria pior e daria uma merda bem maior.


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