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sábado, fevereiro 16, 2013

Dredd


Diretor: Pete Travis
Ano: 2012
Roteirista: Alex Garland
Gênero: Ação, Ficção Cientifica
Em um futuro violento autoridades com o poder de cumprir as leis julgando e executando criminosos, tentam botar ordem ao caos.

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Judge Dredd é um personagem de quadrinhos inglês (mas o personagem atua na America) consideravelmente conhecido, teve um filme (ruim) com o Stallone e alguns jogos, é famoso por seus desenhos estilizados quase caricatos, violência e humor irônico com o juiz mantendo a lei executando de forma violenta aqueles que não cumprem em um cenário futurista. Eu gosto, mas nunca cheguei a acompanhar seriamente e irei apenas comentar ao invés de fazer comparações e me concentrarei mais no filme em si.


Dredd assim como o nome indica é direto ao ponto (sem o ‘’Judge’’) o filme começa com uma pequena introdução e monologo do protagonista falando sobre a cidade e o cenário, a cidade que espreme um numero absurdo de pessoas e é cercada por um deserto radioativo e que os oficiais da lei são juízes, júri e executores. Não tem detalhes do porque nada disso aconteceu e para o filme não é importante dando informações suficientes para que você entenda sem precisar explicar. Dredd é incumbido de avaliar uma recruta que apesar de não ter se saído bem no programa de recrutamento é uma mutante que tem poderes psíquicos nunca antes vistos, os dois partem para uma missão em um mega prédio comunidade (favela)  e acabam tendo que lidar com uma poderosa gangue de traficantes de drogas. 

O visual do Joseph Dredd é diferente do dos quadrinhos, mas não é algo tão distante é apenas mais realista e conta com os detalhes mais marcantes, o símbolo do grupo, a arma e o capacete, o ator Karl Urban faz um ótimo trabalho e a direção ajuda a deixar ele mais próximo aos quadrinhos permanecendo com o capacete direto e nos poucos momentos que retira seu rosto nunca é mostrado ao publico, ele é bem mais serio e o filme não conta com o humor dos quadrinhos, ou melhor, até conta, mas é de uma forma bem menor. Olivia Thirlby é Cassandra Anderson a novata e bem dizer a personagem principal do filme já que é o arco dela também uma boa atuação e com grande fidelidade a personagem do quadrinho sendo mais preocupada em julgar justamente do que executar. 

Lena Headey é a vilã do filme Ma-Ma é uma personagem que foi criada diretamente para o filme, tem o espírito do que se encontra nos quadrinhos, mas não é uma personagem marcante ou faz nada de incrível, se fosse nos quadrinhos seria daqueles vilões one-shot.


O cenário é mais realista também, é uma cidade grande ‘’normal’’ só que exagerada, as favelas em enormes conjuntos habitacionais, as gangues e o crime se proliferando a níveis absurdos, falta de emprego e os agentes da lei não conseguindo atingir todos os problemas. 

A direção é boa, como falei vai direto ao ponto é um filme de ação com o Dredd e é isso que você assiste, é direto e as cenas de ação são boas nada com muita frescura e com direito a uma morte com coronhada na garganta. O roteiro fala de uma droga que altera a percepção do tempo e justifica as boas cenas em câmera-lenta e o 3D (não tenho equipamento 3D e me refiro à beleza das cenas e não ao efeito 3D). Os efeitos especiais são bons também.

A violência felizmente é similar o bastante com os quadrinhos, não é um filme de terror gore, mas é bem mais violento do que um filme de ação comum, com direito a cérebros e crânios abertos.

 

A trilha sonora não marca, mas combina com o filme.

Nota: 8,5

Como adaptação se sai muito bem, poderia ser mais parecido, mas ai duvido que saísse do papel e o que foi modificado ficou tolerável pelo menos para mim que apenas gosto do personagem (não sou fanático/colecionador/li tudo). Como filme de ação é ótimo, não tem frescura, não tem parzinho romântico, não tem tentativa de profundidade que acaba sendo tão profundo quanto um pires, é introdução, perseguição, tiros, mais tiros, violência, tiros e mais violência com tiros.

Para: *Ver a ironia que a atriz Olivia Thirlby é criticada por uma entrevista que basicamente falou que atuar é brincadeira (e o povo ficou putinho que ela não respeita a ‘’arte’’) estando em um filme que seu colega Karl Urban fica com o rosto coberto respeitando o personagem e não o próprio ego, respeitando o personagem ao ponto de até mesmo fazer as caretas ‘’grumpy’’ do gibi =( e nenhum critico metido considera ‘’arte’’ um filme de ação inspirado em gibi.

*Não tenho nada contra a atriz até gosto e entendo que atuar seja uma arte, mas também que não é porque alguém atue que necessariamente seja arte. E que o ator respeitando o personagem é algo muito mais artístico do que uma porcaria metida a intelectual.

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