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sexta-feira, dezembro 14, 2012

Medal of Honor Warefighter


Ano de lançamento: 2012
Gênero: Tiro em Primeira Pessoa
Plataformas: XBOX 360, PC, PS3 *testado no 360
Estúdio: Danger Close
Distribuído: Electronic Arts

Nova entrada na franquia Medal of Honor (hóoo)

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Battlefield é o jogo multiplayer que agora com o terceiro teve uma campanha single, Medal of Honor seria para ser o jogo single player que tem opção de multiplayer, ambos de tiro em primeira pessoa na época atual, mas cada um com um foco diferente.


O roteiro de Warefighter é em partes e você joga na pele de mais de um personagem, o que é bastante corriqueiro hoje em dia nos jogos de tiro que adoram contar historias fragmentadas, nesse a maior diferença é que tem um draminha mostrando a família de um dos soldados, sua mulher e sua filha. Antes que tire uma conclusão precipitada pode se acalmar, que não elas não são sequestradas ou coisa do tipo, a ideia é a da mulher de saco cheio do soldado se arriscando. É draminha, é frescura, mas é algo diferente por mais ‘’comum’’ que seja em filmes de ação com soldados hoje em dia, não tem jogos que mostram essa parte. A historia aborda missões ‘’inspiradas’’ na vida real que não tenho ideia de quanto de veracidade tem nisso, mas é um roteiro clichê de soldados se fodendo em busca de terroristas, o que difere um pouco é o fato de mostrar outros grupos militares (apesar de que os árabes são vilões e o foco é nos soldados americanos) e das missões serem em varias partes do mundo.

É um roteiro simples, tolerável e segue a tendência de uns quatro anos pra cá de mostrar soldados como bravos heróis que defende a pátria e blablabla, incluindo um depoimento escrito no final de uma das personagens que trata soldados como ‘’super-heróis da vida real’’. O roteiro de ação é o que tem destaque e felizmente é bom, com cenas que não se resumem tanto a ‘’vai pro ponto B do mapa enquanto os inimigos ficam dando respawn infinitamente’’. Nessa parte de ação as melhores coisas, são também os pontos negativos, logo no inicio você tem uma missão de dirigir um carro, e é em primeira pessoa com uma visão ótima da cabine, com direito a animação do cara passando marcha que chega a superar vários jogos de corrida, funciona bem e se destaca bastante, mas mais pra frente tem outra e o que era algo diferente acaba ficando chato, por ser mais uma missão assim e conta com um elemento bem tosquinho de ter que procurar abrigos para se esconder com o carro de carros inimigos. A outra é uma missão de perseguir a pé um alvo, mas não matar ele, porem inimigos aparecem ai você corre, para atira um pouco depois volta a perseguir e repete, da um andamento legal e diverte... Só que igual a missão de carro tem mais de uma assim e acaba enjoando.


A única diferença que tem no gameplay é um sistema de ‘’invadir portas’’ estilo SWAT/tático, um cara abre outro solta uma granada não letal e você tem um pequeno ‘’slow-motion’’ (câmera lenta) para executar os inimigos que estão lá dentro, de preferência com tiros na cabeça e com N tantos tiros na cabeça você abre novas formas de abrir a porta, que vão de chutes, tiros de escopeta, machadadas e bombas. Mas não é um jogo tático e tem cenas demais assim, fora que tem varias partes que você sabe que não tem reféns e acaba se perguntando por que não jogam uma granada letal de uma vez. A e a arma ‘’melee’’ é uma machadinha e não uma faca de combate.

Tem uma missão de barco e algumas de turret (metralhadora ou qualquer outro tipo de arma montada) e algumas de controlar um robô de combate (não mech) que é tipo um carrinho de controle remoto com metralhadora e câmera.

O multiplayer é em um disco separado, conta com grupos táticos de vários países como a SOG da Suécia os SAS do Reino Unido e por ai vai (não tem Brasil) e eu não sei muito sobre já que conta com um passe online e minha copia foi emprestada.

Também é um jogo que promove a leitura, porque não é simplesmente abrir o jogo tacar no videogame e jogar, é aconselhável instalar um pacote de texturas com mais de um gigabite no HD, clamar o passe online e baixar um patch que foi lançando no primeiro dia de venda com mais de um giga e meio, para começar a ter a experiência completa (e nisso você acaba lendo alguma coisa já que tem que ficar esperando sem poder jogar nada).

Da para repetir as missões em outros níveis de dificuldade, tem missões de ‘’sniper’’ (atirador de elite) e conta com uma física parecida com a do battlefield 3, em que a gravidade puxa a bala para baixo, então em tiros com grande distancia você precisa mirar a cima do alvo. Boas dublagens a trilha sonora bacana, mas sem nada de mais.


As cutscenes são estranhas, da para ver que tiveram um baita trabalho tentando deixar o mais real possível, mas você nota claramente que é computação gráfica, ai pelo menos pra mim ficou a sensação de estar vendo estranhos bonecos de cera ultra realísticos se mexendo (pesadelos). E tem uma direção muito estranha também, fazendo um puta mistério pra mostrar a cara de um dos personagens, mas falando o nome dele direto e se você jogou o reboot do Medal of Honor sabe muito bem quem é só com o nome, ai quando tem a revelação você joga os ombros pra cima porque já sabia e não sentiu nada e se não conhece acha tosco um barbudão de boné e óculos escuros.

Nota: 7,5

É um bom jogo de tiro, tem um roteiro que se fosse um filme seria um bom filme de ação com uma historia simples aceitável e com boas cenas de combate e até o draminha não chega a encher. Não se destaca muito de tantos outros jogos de tiro (apesar de ser bem feito) sendo o único diferencial maior o fato de ser um pouco mais focado na campanha solo.

Para: ver mais um jogo de tiro em primeira pessoa que mostra o soldado e seus companheiros como um grande herói e colega fiel, que merece a aceitação, apoio e admiração de todos. (até concordo em partes, mas já deu no saco faz tempo esse tema ultra manjado).

 

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