Ano de lançamento:
2011
Gênero: Tiro em Terceira Pessoa
Plataformas: Xbox 360
Estúdio: Epic Games
Gênero: Tiro em Terceira Pessoa
Plataformas: Xbox 360
Estúdio: Epic Games
Distribuído: Microsoft
Ambientado dois anos depois da inundação de Jacinto (segundo
jogo) a humanidade trava sua ultima batalha contra a horda Locust.
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SPOILERS dos jogos anteriores e algumas informações do
terceiro jogo a respeito do cenário.
Ignorando completamente qualquer outra forma de mídia, basicamente
o cenário do Gears of War é o seguinte. A humanidade vive em um planeta chamado
Sera e travou uma serie de guerras, a falta de combustível é uma realidade, mas
foi descoberta uma ‘’emulsão’’ que funciona como um poderoso combustível e em
abundancia, uma nova guerra pelo domínio do combustível acontece e o lado
vencedor só consegue vencer depois de um ataque devastador usando uma arma
letal chamada Hammer Of Dawn que destruiu cidades e matou milhares (tudo isso
te lembra alguma coisa?), pouco depois do período de paz uma raça chamada
Locust que vive em baixo da terra começa a fazer ataques contra os humanos
dando origem a uma nova guerra, desta vez contra outra espécie.
No decorrer dos primeiros jogos descobrimos que os Locusts
são inteligentes, tem uma sociedade própria e pelo menos características
arquitetônicas, alem de conviver com outras espécies e até utilizar elas como
armamento. A líder dos Locusts é a rainha Myrrah que estranhamente tem um
visual totalmente humano e tem idéias xenofóbicas contra os humanos acreditando
que é uma espécie destinada a causar destruição e incapaz de conviver em paz
por isso deve ser exterminada. A tática dos Locusts é de guerrilha e eles não
demonstram nenhum tipo de compaixão. Também ficamos sabendo que os humanos
sabiam da existência dessa espécie a pelo menos cinco anos antes do ataque
trabalhando juntos para uma cura para uma doença que estava atacando a raça
subterrânea e isso foi um dos motivos para o ataque a superfície, um avanço
desesperado para tentar fugir da doença.
No jogo o personagem principal é Marcus Fenix e seu grupo de
soldados, o pai de Marcus é um cientista dado como morto e o roteiro dos jogos
sempre demonstraram um grupo de soldados cansados de tantas guerras e tentando
sobreviver, mas também mostra um ódio contra os Locusts pelo que fizeram em
seus ataques (Locusts achando os humanos monstros, humanos achando os locusts
monstros e ambos com motivos de sobra).
E quero frisar que em todos os jogos, os detalhes
encontrados no cenário, cenas extras e coisas do tipo deixam claro que ambos os
lados tem suas falhas e motivos, apesar de que em nenhum jogo (mesmo no segundo
ambientado boa parte no território Locusts) a raça subterrânea é explicada ou
tem algum espaço maior no roteiro principal dos jogos do que, alvos. O que me
levou a crer que nesse terceiro jogo questões morais teriam um efeito maior, os
locusts tendo mais espaço e finalmente uma explicação do porque a rainha não se
parece nada com a raça e sim com uma humana.
E sei que pareceu confuso, mas o roteiro principal é de
filme de ação focado em alguma facção militar, ‘’nos somos os heróis, eles são
os vilões’’ e isso que diferencia um lado do outro e não as ações, já o cenário
parece muito mais rico, interessante e principalmente que talvez as coisas não
sejam tão ‘’pretas e brancas’’ assim.
Fim dos spoilers
A jogabilidade está praticamente à mesma coisa dos outros
jogos apenas deram uma polida, com seu sistema de se esconder atrás de
barreiras e poder ‘’fatiar’’ com facilidade alem de um esquema de níveis de
experiência, que funciona de uma forma geral dando pontos tanto no modo sozinho
quanto no multiplayer para abrir armas, personagens e outras coisas para o jogo
em grupo. Também é possível jogar em cooperação com ate quatro jogadores no
modo historia.
Os modos multiplayers são os tradicionais, de time e agora também
tem um modo ‘’horda’’ com humanos ganhando e gastando dinheiro para construir
barreiras e sobreviver a ondas de inimigos e uma versão inversa com os
jogadores jogando como Locusts tendo que invadir, destruir a base inimiga e
matar os oponentes. Todos esses modos são possíveis de se jogar sozinho e o
team deathmach conta com bots.
As dublagens são boas e a trilha sonora surpreende pela
qualidade, os sons de tiros e explosões também são bons, mas o destaque fica
para o som que seus inimigos fazem ao serem atacados com execuções (quando o
inimigo esta se rastejando é possível com qualquer arma fazer uma execução)
bastante gráficas.
Os gráficos são bons, mas não tem nada de mais inclusive
conta com algumas falhas de sincronia em dublagens e um ou outro bug aqui e ali
de pedaços de inimigos ficando grudados em pedras.
A falha do jogo fica por conta do roteiro, que tem seus
momentos dramáticos, suas reviravoltas e alguns flashbacks que ajudam a
desenvolver alguns personagens, no entanto outros são esquecidos e apenas a
rainha Locust é que tem espaço da raça inimiga, apesar dela ter discursos
interessantes o roteiro cria um final que ao invés de me animar e me dar uma
sensação de felicidade ou de ter sido recompensado por ter chego até o filme me
deixou triste e nervoso a ponto de desligar o console.
SPOILERS sobre o final
A emulsão é na verdade um parasita e responsável pela doença
Locust que agora se espalha para humanos, o pai de Marcus cria uma arma capaz
de matar esse parasita, mas também todos aqueles que estiverem tido uma grande
exposição (ou seja, todos os Locusts e alguns humanos), a rainha luta para que
ele não ligue a arma que vai acabar com toda sua espécie e exige mais tempo,
mas o doutor também esta contaminado, por ter se auto-contaminado o parasita se
desenvolve mais rápido nele e ele não tem tempo para procurar uma solução
melhor.
A arma é disparada toda espécie Locusts é destruída assim
como alguns humanos e o doutor, a rainha ainda viva começa a fazer um discurso
para Marcus, o protagonista que você controla durante boa parte do jogo, sobre
como isso é injusto e que eles não são os heróis, até ser calada com uma
apunhalada de faca no estomago dada pelo ‘’herói’’ que solta uma frase
‘’macho’’ de filme de ação para justificar dizendo que, ’’isso é por *nome de
um companheiro caído* sua puta!’’.
Marcus, que depois fica com a garota (Anya uma parceira de equipe) e
finalmente pode largar o rifle e encontrar paz.
O que me deixou bastante indignado, não pela atitude de
Marcus que até que era esperada, mas por ele ter sido recompensado, por no
decorrer do jogo ter mostrado uma fase em uma das cidades destruídas pelo
hammer of dawn mostrando que esse tipo de atitude extrema não é a solução,
focando em ‘’estatuas’’ de cinzas de famílias, crianças, pessoas que viviam
nessas cidades.
Por não ter tido nada no final que pelo menos levantasse uma
discussão de forma clara, afinal vivemos em um mundo hipócrita e idiota, onde é
possível encontrar informações no toque dos dedos, mas que as pessoas preferem
não procurar ou mesmo acreditar na primeira coisa que aparece ao invés de
pesquisar a respeito.
Eu como jogador que gostei do enredo da serie, não me senti
recompensado, me senti sujo, pra mim não foi uma vitoria e não gostei do
protagonista ser recompensado por isso.
Claro é um jogo de videogame, eu sei que estou exagerando um
pouco, mas é como me sinto e sei que não é uma obra para ter uma revelação
espiritual ou qualquer outra coisa do tipo, mas foi uma trilogia, foram anos de
espera e por mais ficção e que seja apenas um jogo, sua historia tem valor e a
forma como foi narrada por todo esse tempo foi seria. Se não é para dar bola
para o roteiro então que não tenha roteiro, ou seja, algo mínimo do tipo ‘’time
azul VS time vermelho’’.
Fim dos SPOILERS
Nota: 8
É um ótimo jogo, o fato dos modos multiplayers poderem ser jogado
sozinho é um fator bastante importante porque não tem nenhuma barreira para que
você aproveite todo o conteúdo do jogo e é divertido. Como o ultimo jogo da
trilogia, faz também um ótimo papel, no entanto o final da saga deixa a
mensagem que o genocídio é justificável. E como teve bastante coisa em aberto
me leva a crer que ou vai ter DLC com alguma coisa depois do final do jogo ou
pior algum outro tipo de media como livros ou quadrinhos dando continuidade e
talvez ai sim deixando claro que a mensagem não é essa, mas ai já é tarde e não
justifica nada, por atingir um publico bem menor.
Para: Ver que, pessoas que consegue ‘’entrar na pele’’ do
protagonista são incapazes de ver o grande cenário e entender que infelizmente
na vida real o lado que é atacado também tem o mesmo pensamento que é visto no
jogo.
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