Rise of the Planet of the Apes (Planeta dos Macacos: A Origem)

Diretor: Rupert Wyatt
Ano: 2011
Roteirista: Rick Jaffa, Amanda Silver
Gênero: Drama, Ficção Cientifica, Ação

Durante experimentos para encontrar uma droga capaz de curar o Alzheimer um chimpanzé filho de uma das cobaias nasce com uma incrível mutação...

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E ele forma os X-Men! Opa... Prequel (Pré-seqüência) que não é exatamente um prequel, mas um filme aparte contando como talvez tenha começado o original que veio antes, errado (confuso? É a intenção).

O filme original já ganhou um remake em 2001 que não foi lá grandes coisas, diga-se de passagem, o original mesmo não é tudo isso, o que marca é o final do filme que é tão incrível quando você assiste da primeira vez sem saber sobre o que se trata que vai te marcar tão profundamente que o filme vai se tornar maravilhoso só por causa do final, não estou dizendo que o filme seja ruim, mas se o final fosse outro ele não seria tão bom quanto é. Esse tipo de final marcante era uma marca registrada nos filmes de ficção cientifica dessa época praticamente criando um subgênero ‘’filme de ficção cientifica depressivo com final surpresa’’ e todo nerd de verdade deveria se dar o trabalho de conhecer outras boas obras nessa mesma linha como Soilent Green por exemplo que grande parte do que acontece é subentendido e mostrado de forma corrida, mas o final é ‘’orra mano!’’. A sim claro, a maioria dessas obras segue a linha ou mesmo é inspirado por livros de ficção cientifica o Planeta dos Macacos mesmo foi feito por causa da obra de Pierre Boulle ‘’La planete dês singes’’, mas se pra ver filme já é difícil esperar que as pessoas leiam ficção cientifica com linguagem rebuscada é demais.

Esse filme é uma pré-seqüência, explica a origem dos macacos inteligentes, como um grupo bem menor de macacos consegue sobrepujar a humanidade e a primeira nave tripulada indo a marte, mas não é um filme que se você assistir primeiro do que o original vai poder ver o original como uma continuação, sim eu sei que é confuso, mas tem coisas que não foram mostradas ou alterações que acabam criando um novo universo, diferente do original. Infelizmente nos dias de hoje é quase impossível que se você não tenha visto o filme original (ou ler qualquer sinopse oficial desse filme) não vá saber a surpresa no final, mas caso não saiba recomendo ver o original antes de qualquer outra coisa.

O roteiro, tem seus furos se for levado muito a serio, mas não chega a ser uma ficção cientifica burra ‘’é assim porque é maneiro’’ ou coisa do tipo, o roteiro explica bem dizer tudo de uma forma satisfatória, mas pode gerar confusão por terem partes subentendidas (que não são explicadas de forma ‘’desenhada’’ para todo mundo entender). O que eu achei mais interessante foi terem desenvolvido uma personalidade e um personagem forte para o macaco Cesar e por não terem caído no obvio ‘’pobre animal maltratado se vinga dos horríveis seres humanos’’ (powered by PETA), tudo bem que abordam isso, mas é outro personagem e não ficam forçando em cima disso.

As atuações são boas, mas o personagem de destaque é o chimpanzé (ta eu sei que é diferente, mas digitar macaco é mais rápido), conta com atuações de John Lithgow e dois atores que eu gosto muito de seus trabalhos em comedias Tyler Labine e James Franco, como são dois atores de comedia e o James Franco ficou mais conhecido por seus papeis de maconheiro (apesar de ser um ator dramático e em minha não tão modesta opinião é muito mais difícil um ator ser bom em comedias) acaba gerando criticas sem fundamento. A e tem o Tom Felton lá do Harry Potter, mas quem se importa com Harry Potter? (não tirem meu blog do ar! É piadinha).

Os efeitos especiais são incríveis, tem algumas partes que não ficaram muito boas, mas foram uma ou duas cenas apenas, de resto é um efeito especial sutil que tenta ao máximo se mesclar com a realidade (o que todo efeito especial em computação deveria fazer) eu que sou fresco pra caramba com CG tirei meu chapéu.

A trilha sonora não me chamou a atenção e a direção, faz um bom trabalho.

Minha reclamação principal fica com o caminho que o filme seguiu que apesar de entender que é difícil fazer uma historia que todo mundo sabe o que vai acontecer depois, é um roteiro que pesa muito pro drama e tenta ser ‘’bonitinho’’ demais, fora dar margem para uma continuação (o que? Uma continuação da pré-seqüência sendo outro filme que se passa antes do original, mas que veio depois!?) e não terem feito um vilão clichê, mas não explorarem ele e sua visão de ‘’lucro a cima de qualquer coisa’’ perdendo um elemento essencial para as ficções cientificas antigas que é sempre mostrar alguma falha na humanidade que gera conseqüências desagradáveis, afinal pra mim pareceu que a idéia era também de homenagear o original e não simplesmente fazer um filme visando o lucro ou simplesmente dar um gás para recriar a franquia com novas continuações e remakes... Essa é a falha humana! *musica com sintetizador, câmera se afastando enquanto caio de joelhos com os punhos cerrados brandindo aos céus*

Nota: 8

É bom, diverte e é bem feito. Até onde vi só não vai agradar quem levar o roteiro muito a serio se encanando com detalhes, se você leva roteiros muito a serio deve ter uma vida triste não podendo sentir prazer em filmes com sabre de luz, tiros de ‘’pew pew’’ no espaço, mortos se levantando das tumbas, criaturas sobrenaturais, gostosas cientistas nerds, casais de gostosas lesbicas doidas por um cara qualquer podendo ser até o encanador...

Para: Ver um filme divertido.