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sábado, outubro 29, 2011

Christine




Diretor: John Carpenter
Ano: 1983
Roteirista: Bill Phillips (inspirado no livro de Stephen King)
Gênero: Horror

Uma historia de amor obsessivo sobre um Plymouth Fury vermelho de 1958 chamado Christine e seu dono...

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O roteiro é sobre um nerd chamado Arnie (Keith Gordon), ele sofre com bully, com os pais possessivos que não lhe deixam tomar nenhuma decisão, se sente feio e é tímido, tem um único amigo que é o atleta do colégio, então Arnie encontra o carro dos sonhos a venda e caindo os pedaços, um estranho homem pede apenas duzentos e cinqüenta dólares pelo veiculo e omite que o antigo dono, sua mulher e filha morreram no carro (em momentos distintos). Arnie então começa a reformar e em poucos meses consegue restaurar completamente Christine, ganhando autoconfiança, mudando a própria atitude e arrumando até mesmo uma namorada, a garota mais cobiçada do colégio...

Não vou contar muito do roteiro, mas a idéia seria que o amor do jovem com seu primeiro carro acaba se tornando obsessivo, o próprio carro tem uma mente própria e parece ser bastante ciumento, sendo o carro o ‘’monstro’’ e o horror do filme ficando por conta da transformação do garoto que não agüentava mais a vida que levava e não soube quando parar em sua nova atitude.

A idéia de um carro com vontade própria já foi bastante usada, pode não colar mais hoje em dia, mas eu gosto, ainda mais porque adoro esses modelos clássicos (meus prediletos são dos anos setenta, mas enfim) e claro podem interpretar o carro como uma metáfora qualquer (estou com preguiça de inventar significado profundo, mas vai que esse é fácil).

O roteiro não tem muitos furos, e a direção faz um bom trabalho, no entanto o filme começa bastante lento, e na parte final parece um pouco corrido demais, talvez o diretor tenha achado que seria mais importante para o filme seguir o começo livro mostrando o relacionamento dos personagens e a personalidade dos mesmos e deixando o resto algo mais dinâmico, o problema é que da uma sensação que faltou alguma coisa no meio.

Boas atuações, Keith Gordon se saiu muito bem no papel, os outros personagens de destaque são o melhor amigo Dennis (John Stockwell) e a garota Leigh (Alexandra Paul).

A trilha sonora tem uma ótima seleção de musicas, mas encaixa meio forçado no filme, Christine só toca rock dos anos cinqüenta às vezes se comunicando (estilo, bublebee dos transformers), mas muitas vezes a musica não faz esse papel fora isso só na cena final é que a musica tem algum efeito.

Os efeitos especiais são bons, com Christine sendo destruída em vários momentos, e quando o carro vira uma arma, ela realmente vira uma arma, sendo socada em paredes e outros carros sem um pingo de remorso, tendo até uma cena em que um trator sobe em cima. E a melhor coisa dos filmes antigos é tudo real, não tem efeitos de computação gráfica (até porque não dava, mas hoje em dia também não fica real e mesmo assim usam e abusam).

Nota: 7

Não dá medo, mas a historia é boa e o filme prende. É um daqueles que podem não achar perfeito, mas dificilmente vai encontra alguém que ache uma porcaria.

Para: Ouvir o som que um carro de verdade faz.

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