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sábado, outubro 08, 2011

Buio Omega



Diretor: Joe D’Amato
Ano: 1979
Roteirista: Ottavio Fabbri, Giacomo Guerrini
Gênero: Horror

Jovem rico e órfão perde sua noiva por causa de um ritual vodu feito pela governanta que possuiu um estranho relacionamento com esse jovem.

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Eu gosto de porcaria, um dos meus filmes preferidos é o Vingador Tóxico (Toxic Avenger), mas sempre tendo em mente ‘’é porcaria, mas me divirto’’, eu gosto de exploitation filmes com pouca historia ou algo bem absurdo e repleto de algum elemento em especifico (mulheres nuas, sangue, mulheres nuas com sangue, tortura lésbica em prisões, tortura lésbica nazista com mulheres nuas com sangue em prisões...), mas sempre com a idéia ‘’é feito pra chocar de alguma forma, não é pra ser levado tão a serio’’... D’Amato é um diretor que fez um monte de exploitations, e vários filmes eróticos incluindo alguns ‘’sucessos’’ da Emanuelle como o ‘’Emanuelle in América’’, do que eu vi dele nunca achei um grande diretor e sempre achei os filmes como ‘’porcarias boas’’, mas a grande maioria dos lugares que li sobre Buio Omega se referiam como O filme, aquele que todo amante do horror precisa assistir, uma obra incrível, perturbadora e grotesca...

Do que eu vi provavelmente foi o filme com maior cuidado do D’Amato, no entanto foi uma decepção vertiginosa, e se não tivessem pagado tanto pau pra isso talvez eu até tivesse gostado...

A violência é explicita, o cuidado em mostrar as cenas acontecendo é alto, com o ponto forte sendo uma cena de empalhamento, mas não é perfeito. Assim como os efeitos especiais, que acabam tendo uma falta de detalhes anatômicos, sim eu sei que estou sendo chato, mas me venderam isso como O filme, e que as cenas de violência beiravam a perfeição, coisa que não é, pode até ter sido pra época (o que ainda é contestável).

O roteiro é um punhado de idéias ‘’chocantes’’ jogadas a esmo, a governanta Íris (Franca Stoppi) ao que parece também ajudou a criar o rico Frank (Kieran Canter) e o relacionamento deles é confuso, envolvendo sexo, ódio e obsessão, rolando até uma cena com Íris amamentando Frank...
Ai por ciúmes ela com ajuda de uma senhora que só aparece em uma cena espetando agulhas em uma boneca, consegue matar a noiva de Frank, o rapaz então rouba o cadáver da noiva, empalha ela e descobre que Íris sabe de tudo e continuam o relacionamento confuso até que vira ódio de vez com uma cena de luta entre os dois... E no meio disso tudo rola umas mortes randômicas e uma investigação do dono da funerária que enterrou a noiva de Frank, para culminar no final ‘’assustador’’. E sim a presença do cara da funerária é só pra ter a cena final, porque ele não tem utilidade nenhuma pro resto do filme.

Dentre as idéias ‘’chocantes’’ Frank luta com uma garota, ele olha para os lados e encontra um alicate, então arranca as unhas da garota, para depois olhar para o outro lado, achar um pano e a sufocar, sendo a cena de tortura completamente sem sentido. Uma cena com Íris comendo de forma bem porca logo após cortar e derreter com acido um cadáver, apenas para mesclar a boca dela aberta mastigando com a ‘’sopa’’ de gente que o cadáver virou...
E minha predileta, Frank resolve fazer sexo com uma garota que acabou de conhecer na cama ao lado da noiva empalhada, a garota vê a mulher morta ao lado grita, Frank então tenta tapar a boca dela, a garota morde a mão de Frank que prontamente se vinga mordendo e arrancando um pedaço do pescoço da garota! E ele come esse pedaço.

Pergunto-me, cadê o tal roteiro incrível? Só ser incrivelmente ruim!

As atuações são ruins, o ator que faz Frank acabou até virando ator de filme pornô depois.

A trilha sonora é boa, feita pela banda Goblin creditado como ‘’The Goblin’’, que é uma banda de rock progressivo que fez uma porrada de trilha sonora para filmes de horror italiano.

A direção, como falei do que eu vi foi o filme com mais cuidado do D’Amato, mas isso não significa que seja algo bom.

Nota: 4

É um filme que tem uma violência gráfica alta, mas dez anos antes já tinha filme com tanto sangue quanto, sem tanto cuidado com as cenas claro, mas sangue por sangue já existia (Blood Feast, por exemplo), foi no final dos anos setenta e mesmo o conteúdo pesado do roteiro já tinha sido explorado antes, não tudo junto como foi, mas outros filmes anteriores eu considero mais doentios (Qualquer filme rape and revenge). É um filme bem ruim, e tenta ser serio. Eu me diverti na cena da mordida no pescoço e a luta entre Frank e Íris por ser tão podre (a idéia, atuação) que acabou me fazendo rir.

Se não tivessem me vendido como um filme bom e serio, eu até poderia ter gostado dessa brincadeira que é Buio Omega.

Para: Você que viu O filme maravilhoso e incrível que tanto falam por ai, me enviar a copia que assistiu para eu rever que a minha de quase noventa e um minutos foi uma bela porcaria.

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