Ano de lançamento: 2010
Gênero: Tiro em primeira pessoa
Plataformas: XBOX 360, PS3, PC *testado no 360
Estúdio: D.I.C.E. CE
Distribuído: Eletronic Arts
Em um período de dois dias, a historia conta uma missão de soldados americanos no Afeganistão lutando contra a Al-Qaeda.
Medal of Honor surgiu destruindo a concorrência indo para um caminho que na época já era batido, que era a segunda guerra mundial, então veio Call of Duty somado a uma serie de jogos que deixavam a desejar, MoH acabou ficando em segundo plano, no coração dos consumidores, então eis que surge uma nova proposta de assim como o rival trazer a guerra para a época moderna, mas diferente do CoD a idéia era de usar guerras reais e também prometia ‘’matar’’ o Call of Duty...
A guerra contra a Al-Qaeda é um terreno extremamente delicado, devido à politicagem envolvida, ao contrario da guerra no Vietnã que ninguém mais se lembra (ou nem estava vivo na época), a guerra no oriente médio está fresquinha na mídia gerando polemica e sendo mal vista em todo o mundo... E o que isso tem haver com o jogo? Tem que eu vi gente comentando contra sem ter jogado que é apenas um jogo propaganda militar americano, vi relatos de gente no multiplayer jogando de Al-Qaeda realmente querendo matar soldados americanos e sinceramente depois de ter visto um argentino no Day of Defeat jogando de nazi e pregando um discurso ‘’contra os porcos americanos’’ em pleno jogo (e levando muito a serio) eu não duvido de mais nada. Em outras palavras infelizmente existem gamers que ficam ofendidos quando alguém diz que jogos influenciam gerando violência, mas que pregam o discurso antipropaganda militar que vai influenciar jovens a entrar no exercito ou fazer parte de algum grupo extremista, ou influencia ou não influencia porra!
Antes de voltar para o jogo em si, gostaria de comentar o fato que gerou polemica no próprio EUA, com famílias de soldados ofendidas porque diferente da maioria dos jogos eles utilizam o nome Al-Qaeda, durante a historia tiveram que mudar e na maioria das vezes quando é citado é como ‘’bad guys’’, ‘’AQ’’ e coisas do tipo, mas no multiplayer ainda é com o nome de Al-Qaeda. Você pode achar ridículo, mas é o mesmo principio dos jogos de segunda guerra que não contam com exércitos nazistas e sim ‘’eixo do mal’’ simplesmente para não dar prazer para os simpatizantes da causa saírem por ai jogando e se sentindo fodões em guerras virtuais, eu pessoalmente concordo em colocar outro nome.Agora voltando ao jogo, por incrível que pareça a historia não tenta justificar a guerra, ou mostrar os Estados Unidos como o herói magnânimo salvando o resto do mundo, a idéia segue uma linha CoD, em que você controla diversos personagens cada um mostrando um pedaço da historia, e o a mensagem que passa é favorável aos soldados, mostrando eles como peões que realmente acreditam que estão salvando o mundo e estão lá apenas seguindo ordens, e os engravatados em Washington fazendo merda, bem longes dos combates e dando as cartas.
Pessoalmente a historia me fez sentir simpatia pelos soldados e repensar alguns conceitos, afinal qualquer soldado de qualquer exercito ou guerrilheiro ou sei lá, acredita em algum ideal e está lá lutando por ele, até porque escolheu estar lutando (ta eu sei que tem pais que é obrigado, mas vamos combinar que você também entende o ponto que quero ilustrar) e quem faz cagada mesmo é quem comanda e da as ordens.
O roteiro mostra um grupo de Rangers que tem a missão de ir até um vilarejo, a inteligência disse que o local tem poucos soldados, mas estavam errados... E parte do grupo de soldados acaba sendo capturado, você joga como um dos Rangers antes e depois de ser capturado, um membro de uma dupla de apoio ‘’stealth’’ matando com silenciadores e rifles, um soldado em um grande batalhão subindo uma montanha em uma invasão e um piloto de helicóptero que também da suporte, todos esses personagens ligados aos acontecimentos desses dois dias de missão.
Tem seus clichês, mas o roteiro é muito mais interessante do que ‘’CoD: black ops’’ justamente por sua simplicidade, apesar de ter seus momentos épicos ‘’de filme’’ você realmente joga a maior parte do jogo, tendo cutscenes curtas e poucos momentos que tentam te enganar como se estivesse jogando apenas podendo mexer a câmera.
Os momentos épicos de filmes são muito legais, tem uma parte que os Rangers estão indo para a vila e começa a aparecer um monte de inimigos, ai o líder dos Rangers começa a pedir ajuda, primeiro com apoio aéreo negado, depois implorando por qualquer um, a munição vai acabando e os inimigos cercando, depois de um tempo ele manda uma mensagem no radio explicando a situação e que é para abordar a cavalaria que já estão perdidos e assim evitando mais baixas, e isso você lá atirando feito um condenado tentando sobreviver... SPOILERS nesse momento então helicópteros Apache atirando mísseis aparecem para ajudar. E a historia segue essa linha de cortes começando então a fase do helicóptero. FIM DOS SPOILERS.
Como falei, você realmente joga lembra os FPS antigos, em que você tem uma missão um mapa consideravelmente grande, e não precisa seguir a linha reta especifica para concluir, tem partes que é preciso andar com o grupo, mas o próprio sargento te manda ir pelo outro lado e flanquear o inimigo, se seguir o grupo vai ter um tiroteio de frente, caso ir para outro caminho da para surpreender os inimigos pelas laterais, alias os inimigos tem uma IA de humano em multiplayer, eles vão ficar campeando atrás de proteções e caso você saia correndo em quanto eles estão recarregado suas armas da de matar um pequeno grupo só com a faca.
Tiros na cabeça são letais, tanto nos inimigos quanto pra você, tiros no corpo depende da arma é preciso dar mais de um tiro, já com você segue a linha dos FPS modernos você toma dano a tela fica vermelha se você se esconder logo se recupera, porem a quantidade de dano que você leva é alta e muitas vezes não dá tempo de se proteger, a quantidade de armas é mediana, mas são funcionais você começa com duas armas e uma pistola, podendo pegar armas dos inimigos, diferente do CoD seu equipamento básico é bem superior aos inimigos e suas armas são equipadas com miras, silenciadores e coisas do tipo, alem de serem balanceadas com a fase, se sua segunda arma for uma escopeta é porque vai ter uma parte que o mapa é estreito, se tem um rifle é porque vai dar para surpreender os inimigos de longe... Alem de ter munição suficiente também da para pedir munição para seus companheiros, fazendo com que o fato de pegar armas dos inimigos seja apenas opcional.A variedade de missões é boa, até mesmo a obrigatória de veiculo, como você em momento algum é o ‘’chefe’’ não precisa se preocupar muito, apenas atirar de matar inimigos, e no helicóptero não é diferente, você fica encarregado apenas das armas, conta também com uma fase utilizando um rifle de mira telescopia .50, tendo efeitos parecidos com os do RAMBO IV, atira e cabeças explodem, braços são arrancados e por ai vai...
Apesar de apenas dois dias a historia tem uma duração boa, a parte chata é que sozinho só tem isso para se fazer o resto fica a cargo do jogo on-line.
A trilha sonora apesar de envolver musicas que não combinam muito com o tema, acabam dando o ar de filme do jogo, em uma missão que você precisa ficar atirando em uma metralhadora fixa não para matar os inimigos (se matar ótimo), mas apenas para cobrir fazendo com que eles não atirem nos teus colegas que tentam ganhar posições, rolando um rock mais pesado em meio aos tiros... Eu preferia apenas o som dos tiros, mas não chega a distrair e pela historia não dá aquele ar de ‘’brincadeira’’ que acaba acontecendo com outros jogos de guerra.
As dublagens são boas, mas as expressões faciais e labiais não, parecendo que todo mundo esta usando mascara de borracha enquanto fala (só a boca mexe e mexe só abrindo e fechando), os efeitos sonoros são bons.Aquele barbudão ‘’garoto propaganda’’ nem tem um papel tão importante assim no jogo, ele é o Dusty e é o outro cara que anda com você nas missões ‘’stealth’’, eu não entendi direito porque utilizaram-no nas propagandas, mas usaram pouco no jogo, tudo bem que ele é fodão, com direito a encontrar dois inimigos e ele dizer ‘’atira em um nem precisa falar qual que o outro eu mato’’ e eu com minha pistola acertar um tiro no peito do cara e ele continuar vivo enquanto o outro é metralhado...
Nota: 8
Achei muito melhor que o CoD: Black Ops, não sou fã de MoH, mas gostei bastante do jogo, que tem um espírito de filme de ação bacana, mas na medida certa, me permitindo jogar mais do que apenas ficar assistindo filminhos para contar a historia. *FPS de todos os tempos à nota seria 7, é bom, vale uma conferida, mas não tem nada assim tão especial, porem o 8 é pelos jogos recentes, com temática e cenário parecido.
Para: Jogar.
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