Ano de lançamento: 2010
Gênero: Luta 3D
Plataformas: XBOX 360, PS3, iPhone *testado no 360
Estúdio: Tiburon
Distribuído: Electronic Arts
Jogo de MMA, com foco na federação STRIKEFORCE, principal rival do UFC.
UFC é a federação de MMA mais famosa do mundo, mas os fãs do esporte sempre conheceram outras federações e muitos até preferem federações menores devido às diferenças de regras, ou menos politicagem. A EA é uma empresa pilantra, e como toda empresa pilantra sabe muito bem como ganhar dinheiro, depois de ter se negado a fazer um jogo do UFC e visto o sucesso que o jogo se tornou, decidiu fazer um titulo de MMA, como também não poderia usar a licença, entrou em acordo com a rival e inteligentemente fez o jogo focado para aqueles que gostam de MMA, mas não curtem tanto o UFC, trazendo regras japonesas e do vale tudo brasileiro, focando nos principais pontos que deixam a desejar no jogo rival...
Apenas o Strikeforce foi licenciado, conta com os narradores, os caras que anunciam os lutadores no ringe, principais locais de eventos e o juiz Big Jonh McCarthy, os outros locais e juizes são genéricos com direito a ‘’ginásio da comunidade’’, ‘’ginásio de São Paulo’’... As outras federações são apenas inspiradas, principalmente as japonesas, com a narradora do PRIDE (e do Rumble Roses).
O leque de lutadores é grande e variado, mas a grande maioria é desconhecida para o grande publico (não para os fãs de MMA, mas para aqueles que sabem do que se trata, mas não acompanham), Jason Miler, Frank e Ken Shamrock, Fedor Emelianenko, Randy Couture, Andrei Arlovski, Bobby Lashley, Jake Shields, Murilo Rua... São alguns exemplos, fora àqueles que tiveram dias de gloria no PRIDE e até hoje são lembrados, como o Bas Rutten e o Kevin Randleman, acho que dos ‘’não UFC’’ só faltou mesmo o Sakuraba e alguns Gracie aposentados.
O problema é que a quantidade de golpes é pequena, e acaba deixando quase todo mundo com o mesmo estilo, salvo algumas mudanças na IA, com lutadores que preferem partir pra cima dando socos, outros que adoram ir pro clinch e derrubar, mas no geral ou se você resolver jogar com outros lutadores, vai sentir que todos se comportam praticamente da mesma forma e a única mudança que você deve fazer no seu estilo de jogo para se adaptar é olhar o atributo mais alto se é submissão ou porrada e usar isso como estratégia.
As posições também são limitadas, não tem north and south ou clinch em pé com o oponente de costas, ambas posições extremamente comuns nas lutas, mas no geral essas limitações não são tao negativas, ainda mais levando em conta que é um jogo em que é obvio uma possível continuação.
Como falei foca nas principais diferenças com o rival, no UFC as submissões são chatas e consistem em ficar girando o analógico, já no EA MMA é na base de mini-games, também se gira o analógico, mas se gira calmamente tentando achar o ponto ideal (a idéia é do lutador achar o ponto ideal para aplicar força) ou disputas apertando um botão, mas não se deve apertar feito um louco, pois ai o lutador perde o fôlego, a idéia é apertar repetidamente em momentos específicos (aplicando força quando é ideal para não se cansar), só isso já faz o jogo ficar muito mais divertido com empolgantes disputas, as animações também ajudam e um efeito de radiografia, que mostra o osso ficando vermelho com a pressão (não falei que era realista...) ajudam a deixar essas disputas mais interessantes.
No geral é mais simulador que o concorrente, as disputas em pé, são bem no estilo ‘’Fight Night’’ (não só pelo esquema de controle ser parecido), com os lutadores ficando lentos ao se cansarem, golpes mais potentes se aplicados em momentos específicos (se o cara esquivar para o mesmo lado que você estiver batendo, por exemplo), sendo um jogo mais lento, mas parecendo mais realista ao assistir.
Os gráficos são bons, apesar dos modelos dos lutadores oficiais, apenas lembrarem os lutadores reais, tem o gráfico melhor que do UFC, mas não conseguiram trabalhar tao bem nos rostos. Nos personagens que você cria só é possível usar foto usando a câmera especial para o Xbox, upando no site da EA, ou rostos pré-definidos, isso limita demais, já que a ferramenta que trabalha com fotos, comigo pelo menos não funcionou direito, meu rosto ficou como uma ‘’skin’’ e o jogo não entendeu meu biótipo me dando um formato de cabeça completamente diferente, me transformando na Angelina Jolie depois do atropelamento... É uma ferramenta interessante, mas não funciona direito.
As coisas mais divertidas são as diferentes regras, que infelizmente são ‘‘travadas’’, a regra do Strikeforce (três rounds, de cinco minutos, não vale cotovelada, joelhada ou chutes na cabeça com o oponente no chão), Japonesa (dois rounds, um de dez e o outro de três minutos, vale chute, pisão e joelhadas com o oponente no chão, mas não vale cotoveladas) Vale-Tudo (um round de vinte minutos valendo tudo), senti falta de uma opção para customizar as regras, conta com diferentes tipos de ringue, o ringue quadrado do PRIDE com cinco cordas, gaiola oval ou hexagonal, mudanças estéticas apenas, mas é divertido jogar em ringues diferentes. O sangue é outra coisa louvável no jogo, até onde vi são cinco pontos que podem sangrar, as sobrancelhas, as maçãs do rosto e o nariz, os cortes ficam piores conforme vai apanhando e o mais legal é que o sangue tem física, ele cai no corpo e suja, se você estiver em baixo e socar o cara em cima vai sair com o peito sujo de sangue, se tentar uma submissão vai sair com outras partes sujas, somado com as regras que permitem pisões e bicudas no rosto do oponente caído, acaba sendo MUITO legal jogar contra os amigos (e o sangue não some).
Conta apenas com o modo carreira, que é legal da primeira vez, você começa treinando na academia do Bas Rutten e depois vai entrando nas federações e fazendo seu nome, com um blogueiro narrando sua carreira com textos e a possibilidade de treinar em outras academias e aprender novas técnicas e golpes. O modo de exibição, com todas as regras e disputas de cinturão, mas não tem opção para assistir uma luta apenas com a IA. E os modos on-line, aonde são possíveis disputar cinturões, fazer eventos, gravar vídeos zoando o oponente ou mesmo assistir esses eventos.
Faltou um modo de evento para se jogar sozinho, ou contra os amigos em casa. As dublagens são boas, os comentários são bons quando funcionam, é comum dar pau e os comentaristas ficarem mudos, a torcida reage, se você ficar amarrando a luta nos clinch se prepare para ouvir vaias, e caso a luta empolgue a platéia vai ao delírio.
Nota: 9
Tem bugs gráficos mesmo após instalar o patch, faltam mais golpes e mais modos de jogo... Mas é muito legal de se jogar, passa uma sensação bem maior de MMA que o concorrente e é um dos poucos jogos que eu perco (tomando KO) e ainda acho foda, porque foi um KO lindo =P.
Para: Quem curtir ‘’porrada’’.
*Personagem que eu criei e sou eu jogando no nivel mais dificil
**Não tenho placa de captura e tive que fechar tudo para não aparecer no reflexo, por isso ta escuro.
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