Blood Car

Diretor: Alex Orr
Ano: 2007
Roteirista: Alex Orr baseado na historia de Hugh Braselton
Gênero: Comedia, Terror, Trash

Em um futuro próximo à gasolina sobe a preços astronômicos, um professor de jardim de infância vegan procurando uma fonte alternativa de energia acaba criando um carro movido a sangue... Humano!

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Você leu a sinopse e viu que o gênero é comedia, se espera algo bem feito, genial ou ate mesmo bem feito, você é uma pessoa bastante ingênua...

O filme tem baixo orçamento e não é levado a serio, temos efeitos especiais razoáveis até, com litros de sangue voando, atuações medianas tirando o personagem principal que eu acho que foi forçado de propósito, uma direção e roteiro sem muitos furos, o engraçado que um dos maiores furos é justamente um furo no porta-malas (ráaaaaaaaaaa) que em algumas cenas desaparece, mas faz um papel importante na trama.

Essa é a analise técnica e bem, o filme é mal feito.

Mas se você já tiver isso em mente e deixar de lado, é possível que vá se divertir, o terror do filme alem do obvio de matar humanos para combustível esta também no fato do protagonista ser Vegan (basicamente aqueles vegetarianos extremistas, para mais detalhes consulte o google ou pergunte) e durante o filme vemos a decadência dele, primeiro usando o próprio sangue, depois os de animais tentando justificar ‘’eu não vou comer, é para uma boa causa... Combustível!’’ E basicamente entregando todos ideais porque uma gostosa tarada por caros dá mole pra ele, e o sexo com ela acaba sendo mais importante, com ele chegando ao fundo do poço devorando um prato de costelas chorando e gritando ‘’eu sou vegan!’’ (ta vendo turminha intelectualoide, se quiser procurar profundidade até nisso da de achar).

O que é bem interessante, já que nesse filme que não deve ser levado a serio tenha uma preocupação tão grande com o personagem criando todo um caminho de decadência, coisa que estranhamente nos filmes mais sérios, faz tempo que não se vê...

Infelizmente à parte de terror, se é que eu possa chamar de terror... É essa, o resto do roteiro é mais voltado para comedia, não tem cenas explicitas, mas tem temas pesados explícitos, com sexo incluindo praticas pouco usuais crianças sendo mortas e violência contra animais, apesar desse meu aviso não acredito que ninguém vá se sentir ofendido já que não tem apologia alguma, inclusive a cena dele caçando animais com uma arma de ar comprimido é uma das mais engraçadas.

No final ainda rola uma critica a sociedade americana e o governo. Que acredito que não tenha utilidade nenhuma, mas foi bacana e tem um humor mais sutil, com direito a um discurso patriótico que não faz sentido algum e não diz nenhuma mensagem, mas parece ser algo bem bonito e profundo, no melhor estilo ‘’político’’.

Nota: 6

Se levar só a parte técnica em conta seria nota cinco não chega a ser tão mal feito e como falei o roteiro tem uma preocupação com o personagem principal que eu considero bastante importante. Se levar só meu divertimento seria sete então fica no meio termo. É ridículo, mas é divertido.

Para: Ver um magrelo metido a idealista se cortando (mas com um propósito útil).

*Detalhe inútil: Lorraine (Anna Chlumsky) uma Vegan que gosta do personagem principal e trabalha em uma barraca de comidas vegetarianas, aparece usando uma camisa do Brasil estilizada (bem bacana até, que não lembra em nada futebol) e não acrescenta nada ao roteiro e que pelo que li não tem nenhum brasileiro ou descente envolvido, ou seja, a personagem achou a camisa bacana e resolveu usar! Agora pode seguir a vida com essa informação que tirara espaço de algo útil no seu cérebro =D.