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sábado, dezembro 11, 2010

Avatar



Diretor: James Cameron
Ano: 2009
Roteirista: James Cameron
Gênero: Aventura, Ação, Ficção cientifica,

Uma empresa descobre que na lua Pandora existe um mineral extremamente caro e pretende explorar, o povo nativo não parece interessado em sair de suas terras e a solução é mandar avatares híbridos com o dna humano com os alienígenas, para se infiltrar e aprender os costumes...

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Quando muita gente fala bem de algo é porque eu irei me decepcionar, não isso não me faz uma pessoa melhor, não eu não me decepciono porque todo mundo gostou. Acontece que infelizmente existe critica paga e isso inclui jornais e canais de renome, a empresa paga para rolar uma matéria sobre algo e ao passar na tv em algum programa conceituado gera burburinho e logo tem mais gente falando sobre, similar ao que ocorre com as famosas ‘’propagandas virais’’ da Internet, ai gente que não tem o costume de no caso ver muitos filmes, acaba se sentido motivado a assistir e gera mais comentários positivos ainda (tenham calma) e ai todo mundo falando bem, falando da experiência incrível, do significado que mudou a vida e coisas do tipo, ai eu me empolgo e vou ver e depois acabo desapontado porque geralmente não condiz com tantos elogios, e infelizmente isso é um fato.

Então eu acabo deixando esses filmes para ver quando eu me esquecer de todos elogios, como no caso do Avatar que estreou aqui no Japão dia 23 de dezembro e eu só vi em outubro, quase um ano depois...

Bom, a coisa mais comentada é os efeitos 3D, como não tenho equipamento para ver, foda-se.

A computação gráfica me incomodou bastante, não sei se a escolha para as cores saturadas (bem fortes e vivas) foi apenas estética ou para produzir um efeito melhor de 3D, mas que parece desenho da Pixar, parece, nos veículos e robôs humanos eles também não usam uma textura realista, o que acaba dando um ar de videogame, sinceramente eu não entendi essas escolhas já que a tecnologia utilizada é boa o suficiente para deixar real, inclusive uma das coisas que geralmente fica ruim nos efeitos de CG é a movimentação e principalmente o movimento de fala e fica aqui também um elogio, nesse filme ele conseguem fazer isso com perfeição, mas não passou realismo por causa das texturas (e sim estou ciente que tem um ano).

As atuações são boas, as criaturas têm expressões e o cenário é interessante, a Terra esta em crise econômica, esse planeta/lua tem toda uma estrutura, com plantas, animais e tribos, claramente inspirados em índios americanos, com direito a chegada a ‘’cavalo’’ com gritinhos e moicano...

Ai começa a parte chata, o roteiro de Avatar ta longe, bem longe de ser algo criativo, parece demais com muita coisa, Sigourney Weaver é uma cientista que estuda o planeta, ai ela teve uma escola quem que ensinava inglês para uma das tribos e as cenas dela dão uma sensação de ser daqueles dramas de doutoras no meio da áfrica que parecem desligadas da sociedade, mas demonstram um grande afeto (quase maternal) para o objeto de estudo, tem o Stephen Lang que é um militar ‘’roid-rage’’ maluco por guerra, a Michelle Rodriguez é ótima, e interpreta a personagem que não tem espaço, mas que salva a bunda de todo mundo na hora que precisa...

Para se infiltrar com a tribo, eles têm esses avatares, são uma espécie de corpo clonado e modificado em que eles conseguem se ligar através de uma maquina, o personagem principal é Jake (Sam Worthington) que é um soldado (marine) paraplégico e só entrou nessa porque o irmão gêmeo que estava treinando para a missão morreu, como os dois têm o dna igual ele poderia usar o avatar do irmão, então ele recebe uma proposta do coronel Miles Quaritch para estudar o inimigo e preparar o território para uma invasão bélica, ai tudo que você já espera acontece, o fato de Jake poder andar com seu avatar ficando maravilhado e meio que desistindo da vida real, ele aprender a respeitar o povo e por ai vai.

É um filme bem longo com, cento e sessenta e dois minutos, e há primeira hora é basicamente mostrando o mundo, só que ai ou ele te prende e você entra no espírito ou vai sofrer o resto, com o roteiro previsível e manjado, e infelizmente essa segunda opção foi o meu caso. A trilha sonora também ajudou para isso, com musicas bastante chatas tentando dar um clima tribal emocionante no melhor estilo de filme da Disney, felizmente só a musica que toca nos créditos tem vocal.

A direção é ‘’boa’’, até mesmo na maioria das cenas em computação gráfica, rola uma preocupação com ângulos de câmera, mas perde muito tempo para mostrar como a floresta do planeta é bonita, com cores fortes e brilhando igual néon.

Nota: 6

Visualmente é bonito, o CG é tem uma movimentação corporal ótima, mas gastam boa parte do filme só com isso e a historia deixa a desejar, como eu assisto filmes demais, esse tipo de roteiro para mim acaba sendo enfadonho, com essas tentativas de drama forçado que eu já cansei de ver em outros filmes (falei pra ficar calmo). Não chega a ser horrível, ou intragável, mesmo não gostando do roteiro, foi interessante ter assistido, mas é chato e ta longe de ser essa obra maravilhosa que falam.

Para: Ver um híbrido de smurfs com elfo usando alargador e imitando índio americano.

*É pois, é o vídeo não é o trailer...

Um comentário:

  1. Sim, sim, a história não é original, com vários cliches...algo como um Pocahontas Sci-Fi.

    Mas eu gostei do filme...não acho que foi aquilo tudo, os efeitos 3D no cinema são massas, o melhor pra filmes até agora.

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