Ano: 2008 – 2009 (ainda em publicação)
Título original: Mercy Sparx
Roteiros: Josh Blaylock
Desenhistas: Matt Merhoff
Mercy é uma demônio rebelde que vive em Sheol, e é enviada a terra em uma missão dada por Deus, para mandar os anjos rebeldes de volta para o céu.
Publicado pela Devil’s Due Publishing (DDP) uma ótima editora independente que apesar dos quadrinhos terem um apelo ‘’cool’’ eles são realmente legais, com quadrinhos como Black Harverst, Hack/Slash (ambos que mais cedo ou tarde terão analises aqui) entre outros.
Atualmente conta com uma mini-serie de quatro edições e uma edição zero que é uma prequela (ou prequel se preferir) e agora uma segunda mini serie chamada ‘’Under New Management’’ continuação direta dos acontecimentos da primeira serie. Essa analise é sobre a primeira mini-serie e sobre a personagem e o universo.
Mercy é ‘’cool’’ mas não é forçada, ela chega ser bem construída com a grande preocupação nos detalhes que Josh Blaylock teve, ela é rebelde logo as tatuagens são de símbolos sagrados (afinal ela é uma demônio e não tem nada de rebelde em tatuagem de caveirinha no inferno), ela usa jaqueta de couro e tem um visual bem ‘’pin-up moderna’’ e claro rock n’ roll também.
Outra bela sacada é misturar vários elementos da cultura pop nas historias enquanto Mercy é ‘’roqueira’’ as Anjas que ela caça são na maioria clubers, patricinhas, pseudo-intelectuais moderninhas... Até mesmo o fenômeno Crepúsculo acabou tendo referencia e uma piadinha nas paginas da revista. As influencias não param por ai, com referencias a bandas, musicas e clubes noturnos reais.
Á também uma preocupação com o misticismo fugindo um pouco dos padrões tradicionais com base no cristianismo leigo ou na obra de Dante.
O único problema dessa HQ é que o próprio criador não leva tão a serio, a idéia dele foi fazer um quadrinho para se divertir, poder brincar e não ter pressão alguma da editora, por isso levou quase um ano para a conclusão das quatro edições da revista e sabe-se lá quanto tempo vai demorar pra terminar o novo arco, esse problema se reflete um pouco no roteiro que não explica de onde saiu o ‘sidekick’’ de Mercy o gordo, branquelo, inteligente e cabeludo Hank que constrói armas bizarras que ajudam Mercy na tarefa de capturar as Anjas.
Os desenhos são bacanas e bem feitos, as diferentes capas que também possuem diferentes estilos de desenho são um belo atrativo para os fãs de quadrinhos. O roteiro só tem de furo o Hank, que acredito foi por não caber uma explicação sem cortar a historia principal.
Nota: 7,5
Divertido, rico em detalhes que infelizmente podem acabar passando despercebido por alguns leitores, apesar de Mercy Sparkx ser ‘’fodona’’ uma diabinha sexy com visual de ‘’Suicide Girl’’ não deveria ser vista apenas como uma musa gostosinha, mas como uma obra cheia de referencias. Claro que não chega a ser profundo a ponto de gerar discussões filosóficas ou coisa do tipo, mas é bastante divertido.
Para: Sair um dos quadrinhos tradicionais, garotas se espelharem na Mercy (serio, eu ficaria super feliz com isso =P)
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