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sábado, fevereiro 22, 2014

Especial Druuna

Druuna é uma morena estonteante, que adora sexo e vive aventuras em cenários de ficção cientifica que misturam terror e erotismo.

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Criada pelo italiano Paolo Eluteri Serpieri nos anos oitenta foi publicada em inglês pela revista Heavy Metal (que não é sobre o gênero musical e se você gosta de quadrinhos deveria fazer o favor para si mesmo de ir procurar saber mais sobre a publicação).

Talvez você também já tenha ouvido falar sobre Druuna e assim como eu que só tinha lido pedaços soltos de historias, achava que Druuna simplesmente era um monte de historinha erótico-pornográfica solta... Mas não é, tem uma forte dose de nudismo e em algumas historias cenas pornográficas contendo penetrações e tudo mais, mas Druuna é ficção cientifica e uma ficção cientifica muito boa (sem trocadilhos), com um clima pesado e cenários bem interessantes. Falarei sobre suas publicações, obviamente vai conter spoilers das edições passadas porque as publicações tem continuidade.


Heavy Metal: Morbus Gravis I




Ano: 1985
Titulo Original: Morbus Gravis
Roteiros: Paolo Eluteri Sarpieri
Desenhos: Paolo Eluteri Sarpieri

Os cidadãos de uma cidade bizarra composta por andares onde os pobres estão nos andares inferiores, estão sofrendo com uma bizarra doença que transforma as pessoas em monstros de carne amórfica e sedentos por sexo.

Druuna tenta de tudo para conseguir o soro que mantém a doença em xeque, não só para ela, mas também para seu amado chamado Shastar.

Morbus Gravis 1 mostra um cenário bem interessante com vários conceitos já existentes, uma mega cidade de metal, população dividida em castas, um órgão de poder opressor e a tradicional ‘’os humanos são monstros’’ mesmo com criaturas horrendas estuprando e dilacerando pessoas, mas de uma forma bem feita e conseguindo ter uma cara própria, inclusive fazendo algumas criticas ao fanatismo religioso.

Tem bastante violência e sexo é uma ficção cientifica bem suja não foca muito no aspecto tecnológico ou de como as coisas funcionam, mas sim na parte humana.

Nota:

Achei o final fodão, mas o erotismo foi gratuito, ótimo roteiro, belos traços e me fez querer ler todas as outras edições.


Heavy Metal: Morbus Gravis II




Ano: 1987
Titulo Original: Druuna Roteiros: Paolo Eluteri Sarpieri
Desenhos: Paolo Eluteri Sarpieri

Continuação quase imediata de Morbus Gravis I, Druuna tenta lidar com a revelação e a morte de Shastar, enquanto tenta atender ao pedido de Lewis. Vou soltar spoilers, até porque sei que tem gente que só quer saber mais a respeito para falar que conhece e não ler =P

No final de Morbus Gravis I, Druuna descobre que a humanidade estava em guerra, fizeram naves para abriga as pessoas, essas naves são controladas por uma inteligência artificial e na que Druuna está à inteligência deu problema, agora vagam pelo espaço sem rumo, o capitão Lewis é mantido vivo em um bizarro aparelho enquanto a inteligência artificial que tomou o controle da nave rege um governo/religião controlando a vida das pessoas abordo.

Lewis que tem poderes mentais assim como Druuna (telepatia) deseja que ela destrua a inteligência artificial Delta.

É mais forte que a primeira edição, foca mais nessa coisa do ‘’homem (no sentido de ser humano e não do sexo masculino) monstro’’, é mais intensa, bem mais coisas acontecendo, mas a ideia maior dessa historia deixa um pouco a desejar, com um finalzinho ‘’meh’’.

Nota:

Tem um roteiro mais fraco que a edição anterior mais ainda está à cima da media.


Heavy Metal: Criatura




Ano: 1990
Titulo Original: Creatura
Roteiros: Paolo Eluteri Sarpieri
Desenhos: Paolo Eluteri Sarpieri

Séculos depois dos acontecimentos na edição anterior, uma nave com humanos modificados com implantes tecnológicos encontra ao que parece ser um estranho asteroide.

Spoilers da edição passada: Druuna se apaixonou por Lewis, mas descobriu que estava sendo usada pelo mesmo, que apenas queria deixar de viver como uma cabeça decapitada e não estava se importando com a vida de todos abordo da grande nave e se recusa a destruir a inteligência artificial, mas falha... Lewis a coloca em um estado de hibernação e a doença se funde com a tecnologia transformando a nave em um ‘’Deus’’ (no sentido mais abstrato) um organismo biológico e tecnológico.

Druuna consegue atrair telepaticamente o comandante Will para o asteroide/nave/criatura.

Criatura é bem mais ficção cientifica filosófica, conceitos de vida e sobre o tempo são abordados de uma forma um pouco confusa, afinal é uma revista em quadrinhos de menos de cem paginas e não um livro enorme.

Nota:

É um pouco confuso em suas ideias, porque trabalha vários conceitos complicados em um curto espaço, é bem ‘’paradão’’, mas não deixa de ser interessante.


Heavy Metal: Carnivora




Ano: 1992
Titulo Original: Carnivora
Roteiros: Paolo Eluteri Sarpieri
Desenhos: Paolo Eluteri Sarpieri

Druuna e os tripulantes da nave precisam lidar com a doença que de alguma forma conseguiu entrar na nave e com uma consciência que tomou conta dos computadores.

Spoilers da edição passada: Will consegue resgatar Druuna da nave há onde o tempo não existe, lutando em uma aventura de uma vida inteira que durou apenas alguns segundos...

Da continuidade aos conceitos de tempo, mas agora consegue ter mais clareza na ideia.

Nota: 8

Tem ação, sexo e ficção cientifica o que mais querer?


 Heavy Metal: Mandrágora





Ano: 1995
Titulo Original: Mandragora
Roteiros: Paolo Eluteri Sarpieri
Desenhos: Paolo Eluteri Sarpieri

A doença começa a dar sinais na nave e Druuna é a única que pode se comunicar com a inteligência que tomou conta dos computadores em busca de uma cura.

Spoilers da edição passada: Carnivora é praticamente uma historia solta, tudo que acontece na revista acaba sendo ‘’apagado’’ com a conclusão, então por isso Mandrágora acaba pegando algumas ideias anteriores. 

Edição foca bastante na realidade alternativa focada na consciência de Lewis que se fundiu com a de Shastar (os dois homens que Druuna amou) e agora esta nos computadores da nave.

O roteiro termina com um gancho e é mais uma edição ‘’boa parte do que acontece não esta acontecendo de verdade’’ porque se passa quase inteiramente na realidade criada por Lewis-Shastar. É também a edição mais pornográfica mostrando desenhos de penetração.

Nota: 6

É a edição que teve sexo de forma mais gratuita e o roteiro que ficou dividido para a próxima edição não me agrada muito.


 Heavy Metal: Afrodisíaca




Ano: 1997
Titulo Original: Aphrodisia
Roteiros: Paolo Eluteri Sarpieri
Desenhos: Paolo Eluteri Sarpieri

Will parte em uma jornada na realidade da maquina para resgatar Druuna.

Spoilers da edição passada: Nada de muito interessante, Druuna ficou com a consciência presa na realidade criada por Lewis-Shastar e só.

Afrodisíaca também é quase toda ambientada na realidade alternativa de Lewis-Shastar, mantém o tema de tempo sendo apenas uma ilusão, mas é o principio de um novo tema recorrente em futuras edições, que é ‘’o que nos fás humanos’’.

Nota: 6

Se juntar Mandrágora e Afrodisíaca a historia fica melhor (afinal se completam), mas solta ficou um pouco a desejar por ser praticamente toda em uma realidade que deixa de existir.


La Planete oubilée




Ano: 2000
Titulo Original: La Planete oubilée
Roteiros: Paolo Eluteri Sarpieri
Desenhos: Paolo Eluteri Sarpieri

Druuna acorda em meio a sucatas sem saber quanto tempo se passou e descobre que a nave caiu em um planeta desconhecido...

Spoilers da edição passada: Uma Druuna criada na realidade alternativa tenta tomar o lugar da Druuna real, mas não consegue os tripulantes não conseguem obter a cura da doença, então decidem explodir a nave toda e fugirem em uma nave de fuga, enquanto vivem em um estado de animação suspensa.

Druuna sem memória sai em busca de respostas não só sobre o que aconteceu com ela/quem é, mas também onde é que ela se encontra.

Nota:

Os desenhos continuam ótimos, mas agora tem uma aparência mais agradável por serem coloridos por computador, sendo bem mais ‘’vivos’’, o roteiro é um pouco confuso até porque Druuna não tem memória, mas embala e fica interessante.


Clone




Ano: 2003
Titulo Original: Clone
Roteiros: Paolo Eluteri Sarpieri
Desenhos: Paolo Eluteri Sarpieri

Druuna recupera seu corpo e continua sua jornada em busca de respostas.

Spoilers da edição passada: Uma raça de alienígenas parasitas que precisam de humanos para sobreviver está em guerra com robôs inteligentes que tentam criar vida orgânica, em um planeta que da a entender que é a Terra milhares de anos depois do desaparecimento dos homens, no final Druuna é transformada em maquina por Shastar que fundiu sua consciência com outras maquinas quando escapou junto e durante o tempo que Druuna ficou em estado suspenso.

O tema principal é o que nos faz humanos, Druuna basicamente fica vagando por ai, mas a ideia é a de mostrar mais detalhes do planeta, como a cidade indicada por Shastar que contem as respostas do passado...

É talvez a edição menos erótica/pornográfica.

Nota:

Tem um bom roteiro e principalmente um cenário vasto e diverso.

Infelizmente como puderam perceber Sarpieri, tem aquele método de trabalho do George R.R. Martins, ‘’sai um trabalho novo quando o trabalho estiver pronto e vai durar o que durar’’, alem de ter que esperar alguns anos entre uma edição e outra, já faz um bom tempo que não rola nada novo e sabe-se lá quando é que vai rolar.

Druuna também aparece em um serie de álbuns contendo apenas desenhos e em um jogo de computador que eu nunca tive contato, mas ao que parece tem o roteiro do Mobus Gravis com menos putaria.

A imagem de apenas um quadrinho erótico ou pornográfico, definitivamente não faz jus. Pelo menos não em partes, o ‘’uniforme’’ de Druuna é apenas uma regata branca cortada e uma parte de baixo de biquíni fio dental e o sexo é constante, mas Druuna é ficção cientifica de qualidade também, com cenário bem ricos e ótimas ideias.

Recomendo deixar o preconceito de lado e dar uma chance.

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