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sábado, dezembro 07, 2013

Graphic Globo Nº 07 - Samsara


Ano: 1991
Titulo Original: Samsara
Roteiros: Guilherme de Almeida Prado
Desenhos: Hector Gomez Alisio

Um detetive particular encantado por uma mulher misteriosa embarca em uma aventura...

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Do barulho, armando altas confu... Não pera.

Graphic Globo foi uma subdivisão da editora Globo tentando embarcar no mundo das graphic novels (quadrinhos de luxo) e eu não tenho a mínima ideia de quantas edições foram lançadas, o máximo que consegui foi um site que tinha capa de onze edições... E também não sei se todas as edições são com roteiristas brasileiros.

Hector Gomez Alisio ganhou alguns prêmios escrevendo quadrinhos, um dos títulos mais famosos foi à adaptação do seriado de televisão Juba & Lula (Armação Ilimitada).  E Guilherme de Almeida Prado é um cineasta, sendo essa sua primeira experiência no mundo dos quadrinhos.

Samsara foi o único volume que eu tive contato por isso a analise solta e não de toda a serie ‘’Graphic Globo’’.

Os desenhos são bons, tem um estilo bem antigo lembrando HQs do Fantasma, Mandrake, ou mesmo os gibis da MARVEL nos anos setenta.

O roteiro é grande e achei que perde muito tempo com o inicio, deixando o grosso do cenário com uma explicação que deixa a desejar, começa com o detetive Lovecraft (sem relação com o autor) em um cemitério, se distraindo com uma bela mulher visitando o jazido de uma mulher morta há quase cem anos... O inicio tem uma levada que tenta ter aquele clima ‘’pulp’’ de detetives ‘’fodidos’’ que tem defeitos e qualidades, mostrando Lovecraft obsecado com a mulher e a procura de informações (stalker).

 E quando ele consegue um contato mais direto o gibi se transforma em ficção cientifica com elevadores que viajam no tempo, tanto para o passado quanto ao futuro, o roteiro perde tempo com muita besteira, como mostrar o detetive comedor que consegue ter as mulheres, mas não com as coisas que chamam mais a atenção, sei lá pra mim pelo menos, um elevador que viaja no tempo, um grupo misterioso e coisa do tipo me deixa mais intrigado do que o cara passando cantada canastra de filme do James Bond.

Os diálogos são forçados, até entendo que são devido às inspirações de detetives do cinema antigo, mas tem uma coisa que me incomodou é que principalmente o detetive tente a falar palavras em inglês, mas o cenário é nos EUA, então fica estranho o fato do detetive nos EUA falando palavras soltas em inglês, já que você supõe que o balão de roteiro seja com ele falando em inglês, mas traduzido... Eu imagino que seja uma forma pra lá de estúpida de burlar algum tipo de censura já que a grande parte das palavras em inglês sejam ‘’Shit’’.

O personagem principal é forçado e faz muitas ações estúpidas, a mulher é misteriosa demais, a coisa toda das viagens no tempo tem uma explicação bem ruinzinha e o final me fez dar risada e não imagino que o humor tenha sido intencional.

Nota: 3

Na época não devia ter muita coisa, porque parece que deram algum premio para o roteiro dessa graphic novel. Talvez eu não tenha conseguido captar a mensagem e profundidade da obra, já que achei um roteiro bem ruinzinho e raso.


Para: caso você for mais culto ou tolerante que eu. 

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