Gênero: Ação, Sandbox
Plataformas: Xbox 360 , PC, PS3 *Testado no Xbox 360
Estúdio: Volition
Distribuído: Deep Silver
O ‘’chefe’’ da gangue mais famosa do mundo conseguiu se tornar o presidente dos Estados Unidos levando os Saints para a Casa Branca, mas ainda em seu primeiro mandato alienígenas resolvem atacar a Terra...
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Saints Row sempre foi mais empolgado, mais ‘’zueiro’’, mas nos dois primeiros mantinham um pé na realidade, no terceiro foram a alem e agora nesse quarto piraram de vez, com um roteiro absurdo (caso não conheça os Saints, porque da para esperar coisas ainda mais malucas), é uma das franquias que sofreram com a falência da THQ e a primeira vista vendo vídeos e imagens, parece simplesmente uma versão melhorada do terceiro jogo.
Tem uma serie de pequenos bugs, loadings infinitos, itens que deveriam aparecer, mas não aparecem e alguns defeitos que ‘’quebram’’ o jogo, como um na fase final que impossibilita o termino do jogo no co-op. Grande parte dos defeitos gráficos é atribuída a historia é explicada no roteiro, e eu pessoalmente acredito que um dos defeitos de ‘’sumir cabelo’’ que acontece é uma brincadeira com a teoria ‘’endocrination’’ do Mass Effect 3 (mais detalhes no final da analise).
Mas Saints Row IV é um bom jogo, é uma grande homenagem/parodia ao videogame e também aos fãs antigos, o roteiro é absurdo, mas faz sentido e é bem divertido, tem personagens dos antigos jogos retornando contando com diálogos próprios até mesmo algumas explicações do porque agiram daquela forma, até piadas com o ator Keith David (que dublou um personagem anterior na serie e agora volta dublando ele próprio).
E piadas, que assim como um South Park parecem ser ridículas, mas na verdade são bem boladas, dentre elas uma atuação de Romeu e Julieta com o vilão Zeniak e a repórter Jane Valderrama, com ela atuando igual o William Shatner.
O roteiro consegue empolgar e fazer com que você se pergunte ‘’o que vai vir depois’’. E os personagens que você chama para andar junto com o teu também tem seus próprios diálogos e interagem entre si, não chegam a ter varias linhas de dialogo, mas é bacana e muitas vezes engraçado ouvir o que cada um tem a dizer.
Grande parte dos ‘’bugs’’ que acontece no jogo são explicados pelo roteiro (é preciso frisar isso e ver se o povo para de reclamar e presta atenção). As dublagens são ótimas, Keith David (Capitão Anderson do Mass Effect), Daniel Dae Kim, Terry Crews, Neil Patrick Harris, Roddy Piper, Troy Baker, Laura Bailey, Nolan North são alguns dos nomes.
A trilha sonora como sempre tem um grande destaque no jogo e faz um bom trabalho, seja usando musicas no momento certo (The Boys Are Back In Town do Thin Lizzy, quando o grupo completo se reúne) ou pela piada (I Don’t Wanna Miss A Thing do Aerosmith quando você esta em um foguete). As musicas instrumentais criadas para o jogo ficaram muito boas, com destaque as usadas na missão ‘’Saints of Rage’’. As rádios variam com o gosto do freguês, eu pessoalmente não gostei de terem tirado a radio Blood (de metal), mas a radio que toca Reggae e a de musica clássica são incríveis, os locutores ficaram a desejar, apenas a radio Reggae, a de musica clássica e a K12 são divertidas de ouvir caso seja um fã antigo e reconhecer quem são os locutores...
Saints Row IV também te permite ouvir as musicas a pé, o que é uma baita besteira, mas depois que você experimentar vai querer que todos os jogos de mundo aberto tenha isso também.
A única mudança no gameplay são super-poderes, é uma mudança considerável e em sua maioria funciona relativamente bem, com bolas de fogo sendo arremessadas, saltos enormes, planagens e super velocidade para corridas, mas não se encaixam muito bem na mecânica já existente, por exemplo, o jogo te força a usar super corrida e super saltos, o que acaba deixando os veículos inúteis em boa parte do jogo, principalmente por ser uma obrigação esses poderes e não uma simples escolha, fora que boa parte dos poderes poderiam ser melhores aproveitados, como a super velocidade mesmo que altera apenas sua corrida e não golpes ou cadencia de tiro.
A customização é boa, o destaque fica para as armas, apesar de não ser possível customizar como um ‘’CoD’’ (colocar diferentes tipos de mira, silenciadores) é possível escolher entre alguns modelos da mesma categoria de arma e pinturas diferentes (ex. categoria: Pistola Pesada, ai tem os modelos Pistola do Blade Runner, Revolver, Revolver de velho oeste, Arma do Han Solo ou Desert Eagle, ai tem as skins, tipo Desert Eagle Preta, Dourada...) apesar de serem basicamente só ‘’peles’’ diferentes elas alteram os efeitos dos tiros e o som, indo de tiros, sons com silenciador, disparos laser.
A única coisa que é chatinha mesmo são as simulações que te explicam como o poder funciona, mas tem sua utilidade.
Nota: 8,5
Saints Row IV é o que o terceiro deveria ter sido, ainda não considero o melhor da serie, mas é muito divertido, ainda mais para um sem vida social igual a mim que entende nota e aprecia as referencias de filmes, jogos e da própria serie. Esse sim é o Saints que pode agradar tanto ao publico antigo quanto a novos fãs. Uma pena os poderes destoaram bastante do jogo (facilitando muito) e tirarem a utilidade da maioria dos veículos, pois conta com carros bem bacanas e uma customização que realmente altera deixando o veiculo irreconhecível (mais que muitos jogos de corrida).
Para: Ficar empolgado imaginando o futuro da serie.
Teoria com um pouquinho de spoilers (mas só vai fazer sentido se jogou)
A serie Mass Effect terminou de uma forma broxante e logo surgiu uma teoria que talvez o final não tenha sido real e sim parte de um plano maior, essa teoria tem ótimos argumentos e ‘’provas’’ que se forem analisadas realmente dão sentido à teoria. Ai no Saints, eu acredito que o fato de você aparecer careca algumas vezes no jogo fora da simulação é uma brincadeira com isso, para deixar o jogador se perguntando se talvez à realidade também não seja uma simulação e aquilo um bug, já que na nave é possível encontrar vários itens (a estatua do espartano de Stilwater, o tubarão pimp) que não fazem sentido/tem explicação para estarem lá.
E digo isso como uma teoria de piada/parodia, pois tenho um pouco de confiança na Volition e não acredito que sejam capazes de fazer uma cagada no roteiro do tipo ‘’foi um sonho e nada disso aconteceu’’. (No caso do Mass Effect é diferente e como odiei a forma que acabou adoraria se fosse um sonho, não por achar bom porque seria uma merda, mas ainda seria uma merda menor do que foi aqueles três finais).
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