Sometimes They Come Back (As Vezes Eles Voltam)

Diretor: Tom McLoughlin
Ano: 1991
Roteirista: Lawrence Konner, Mark Rosenthal (inspirados no conto de Stephen King)
Gênero: Terror, Drama

Um garoto perde o irmão em um acidente causado por ‘’valentões’’ que também acabam morrendo, vinte e cinco anos depois esse garoto, agora um professor volta à cidade que tudo aconteceu e deve confrontar seu passado.

Leia Mais...

Háaaa heim!? Finalmente uma sinopse que parece aquelas profissionais (não que tenha qualidade, mas parece).

Foi feito direto para TV nos EUA, então já é de se esperar uma qualidade baixa. A historia da uma sensação que se tivesse mais tempo, talvez desse pra sair algo melhor, o que é estranho já que foi inspirado em um conto curto, não foi também à primeira vez que a historia vai para as telonas (ou telinhas) tendo sua estreia no filme ‘’Cat’s Eye’’ (Olhos de Gato) de oitenta e cinco e nesse caso sendo uma das três historias. 

A sensação se deve porque, tem varias partes no roteiro que poderiam ser aproveitadas para definir melhor os personagens e fazer com que o publico sinta alguma coisa por eles, Jim (Tim Matheson) é o garoto que vira professor, ele teve um incidente em sua antiga cidade que não fica muito claro o que aconteceu e acaba dando aula para uma classe de alunos problemáticos, atletas que por serem atletas e trazerem medalhas para o colégio acreditam que não precisam estudar, nessa classe tem dois estudantes que respeitam o professor. O problema é que esses dois alunos não chegam a ter muito espaço e a morte deles (é logo no começo, vai nem é spoiler) acabam não causando impacto, o mesmo acontece com o líder dos atletas e suas motivações.
 

A idéia é que Jim quando criança andando com seu irmão mais velho por um túnel em que passa a linha do trem, são abordados por valentões (anos cinquenta, hotrod topetes e jaquetas de couro) e apenas Jim sobrevive quando o trem passa... Um aluno novo lembra bastante o líder desses valentões e brinca com a sanidade de Jim, mais uma vez parece que o filme não tem espaço, porque apenas risca superficialmente a idéia de Jim questionar sua própria sanidade, coisa que poderia ter sido interessante para o roteiro, fazendo um horror mais psicológico...

Mas da mesma forma que tem essas partes que poderiam ‘’ser mais’’, tem um monte de coisa simplesmente idiota, uma conselheira estudantil que tenta ajudar Jim e aparece em uma única cena, o policial que mesmo tendo o professor na delegacia junto com ele a noite toda ainda desconfia dele quando um novo corpo aparece, varias piadinhas que até poderiam funcionar melhor se o filme tivesse um espírito (ráaaa reciclado) mais divertido, afinal gangue de jovens mortos-vivos dirigindo um hot-rod que solta fogo pelos escapamentos poderia dar um filmão. Pra mim o pior erro do filme foi ficar nesse meio termo, podendo ser algo serio e com um drama real e não simplesmente ‘’você deveria sentir empatia, não está vendo que ele ta falando que ta triste?’’

E apesar de parecer que não teve espaço para por o que poderia ser posto, o filme tem bons noventa e sete minutos, mas enrola com uma narrativa lenta e uma direção tediosa, que fica na duvida entre drama e diversão.

As atuações são ruins, assim como os efeitos especiais (lembrando que é um filme feito direto para TV).

A única cena realmente marcante dura poucos segundos e requer um pouco de atenção, quando Jim olha para o carro de policia e tem um flashback você vai ver o segundo (Interceptor v8 do Mad Max é o primeiro) carro de policia mais maneiro do cinema um 1949 Hudson com um blower (seila o nome em português, aquelas paradas que ajuda a puxar ar pro motor e fica pra fora do capo).

Nota: 4 

Eu não li e nem vi a versão original, mas é um roteiro que se tivesse mais foco na gangue poderia ser algo mais divertido, comedia com humor negro ou se tivesse um foco melhor aponto de fazer o publico se importar com o personagem principal poderia ser algo mais interessante, obviamente o ‘’horror’’ é praticamente inexistente.

Para: Ficar frustrado e ver carros (dois) maneiros.