Rapidinhas #23

Grave Encounters (Fenomenos Paranormais), Hotel Transylvania (Hotel Transilvania), ParaNorman

Leia Mais...

Grave Encounters (Fenômenos Paranormais)

Diretor: The Vicious Brothers
Ano: 2011
Roteirista: The Vicious Brothers
Gênero: Horror, Mockumentary

Edição de fitas gravadas para um show sobre casas mal assombradas que deu muito errado.

A ideia é boazinha, ainda mais tendo em visto que esses reality shows de casa mal assombrada, são uma bosta com a equipe forçando reações pra qualquer coisa. E também pra explicar a ideia de ‘’porque raios tão filmando isso?’’ desse gênero que eu realmente não gosto (mas continuo vendo porque sou tonto) de ‘’filme gravado em primeira pessoa com câmera fora de foco chacoalhando’’.

O roteiro até começa legal, com o grupo se mostrando bem picareta pra fazer o show pagando para ter depoimentos ‘’assustadores’’ e um médium que na verdade é um ator (um ator atuando que é um ator em um filme! Yo Dawng!) e de um sanatório assombrado, mas se prejudica por misturar elemento de mais e não se aprofundar em nada tem fantasma, tem loucura, tem gente má, têm rituais e acaba parecendo casa mal assombrada de parque de diversões que tem uma sala tem o Jason, na outra zumbi, fantasma gatinha ali do lado e só serve pra dar sustinho, não por realmente assustar, mas por algum pular na tua frente berrando.

E é isso que é esse filme.

As atuações são ok, nada digno de premiação ou comentários a fundo.

A direção sofre com o problema da maioria desses filmes documentários/personagem filmando, porque apesar da ideia começar boa, perto do final ela deixa de fazer sentido com o personagem sem um motivo real continuando a filmar e se você estiver levando a serio o filme fica inevitável de fazer um comentário parecido com ‘’véi, ta filmando ainda pra que?’’.

Nota: 5 

Não chega a ser ruim, mas tirando a ideia principal não tem nada que tenha realmente destaque, e olha que se aprofundassem melhor em apenas uma das ideias da mistureba de ‘’fenômenos’’ que teve melhoraria bastante, tirando essa sensação de atração de parque. Fora que tem uma continuação que não faz sentido algum.

Para: Pegar pra ver quando o teu grupo que não gosta de filmes de terror te olhar falando ‘’quero ver um filme de terror’’ e você sabe que se pegar algo que realmente interessante eles vão te evitar.


Hotel Transylvania (Hotel Transilvânia)

Diretor: Genndy Tartakovsky
Ano: 2012
Roteirista: Todd Durham, Dan Hageman, Kevin Hageman
Gênero: Animação, Comedia, Família

Drácula criou um hotel para outros monstros e para sua filha viverem sem a ameaça dos terríveis humanos...

Antes de começar tenha em mente que é um ‘’desenho família’’, não quero dizer que é uma bosta, mas que é um ‘’desenho família’’ real é um desenho que tem preocupação em entreter e passar uma mensagem ao invés de ser apenas drama ou piadas e a mensagem é bem explicita e cuspida falando sobre o preconceito, mas também atinge os pais com uma segunda mensagem sobre não sufocar seus filhos tentando proteger do mundo.

Infelizmente é uma animação que ficou em cima do muro, tem ótimas sacadas e algumas piadinhas bem legais que só vão ter alguma graça se você for um fã de filmes de terror clássicos, mas também tenta agradar uma galera mais moderna, ai acabou tendo umas três cenas de musical, fora a escolha dos dubladores que provavelmente afasta os fãs do gênero, com Adam Sandler fazendo o Dracula, Andy Samberg um humano chamado Jonathan e Selena Gomez a filha do Drácula, Mavis.

Eles fazem um bom trabalho, mas sabe como é preconceito, é uma via de mão dupla.

O desenho é em computação gráfica, tem um jeitão semelhante a outros, mas ainda assim é bom, tem efeitos pro 3D, que não chegam a incomodar e a trilha sonora deixa a desejar, mas é compreensível afinal tenta ser ‘’mudernim’’ ai rola som pop eletrônico estilo Gaga.

Nota: 7 

É engraçadinho, as mensagens são bem vindas e principalmente da para notar o respeito com o gênero horror, com piadas e detalhes que da para ver que quem escreveu entende. Mas poderia ser melhor se concentrasse mais nisso e não tivesse tanta preocupação em ser ‘’pop’’, as musicas destoam o filme e a tentativa de ser ‘’muderno’’ come espaço que poderia ser gasto de outra forma.

para: Ficar meio frustrado.


ParaNorman

Diretor: Chris Butler, Sam Fell
Ano: 2012
Roteirista: Chris Butler
Gênero: Animação, Aventura, Comedia.

Um garoto chamado Norman fala com fantasmas e é excluído por todos e agora precisa salvar sua cidade de uma maldição...

É uma animação stopmotion, do mesmo estúdio que fez Coraline e é sobre um garoto fã de filmes de terror, só isso já deveria bastar pra você ir ver.

A animação é bem feita, é caricata e também tem efeitos especiais em computação gráfica que casam muito bem.

As dublagens originais não tem um elenco muito famoso, mas fazem um bom trabalho, a trilha sonora segue a linha de filme de terror antigo, final dos anos setenta começo de oitenta e combina bem com o clima do filme.

O roteiro tem uma mensagem explicita sobre preconceito e uma serie de piadas bem boladas com isso, inclusive uma piada final com um personagem gay que aparentemente causou desgosto de pais conservadores (o que não deixa de ser engraçado e triste, afinal não entenderam a mensagem do filme). Apesar de deixar explicito a mensagem, não é mostrado de forma infantilizada o que você já deve estar cansado de me ver elogiando quando acontece, mas eu acho importe e quando acontece é preciso bastante elogio mesmo.

A aventura é divertida lembra os ‘’terrir’’ tipo lost boys, monster squad que tinham no passado, assim como suas piadas com certo humor negro. Também tem homenagens claras a alguns filmes de terror que são bacanas.

Nota: 9

É divertido, é engraçado e é serio a onde deve ser, não no humor, mas na mensagem.

Para: Não só crianças assistirem.