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sábado, fevereiro 23, 2013

XCOM: Enemy Unknown


Ano de lançamento: 2012
Gênero: Estrategia por turno
Plataformas: XBOX 360, PC, PS3 *testado no 360
Estúdio: Firaxis
Distribuído: 2k Games Um grupo poderoso luta contra ameaças extraterrestres, eles são os XCOM!

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Welcome to die! Wait..


É um remake/reimaginação de um jogo antigo (94) de PC que deu origem a uma serie de games de estilos variados, mas partindo do mesmo cenário, uma invasão alienígena a Terra e o grupo clandestino paramilitar eXtraterrestrial COMbat Unit (X-COM) e eu confesso que nunca me importei com a serie apesar de ter ouvido bastante.

 XCOM: Enemy Unknown é um jogo de estratégia por turno, mas é diferente do habitual, a parte de gerenciar a base, conseguir dinheiro e fazer as pesquisas é praticamente um jogo separado, você pode escavar novas áreas e deve planejar o que construir para ganhar melhores bônus (se conectar certas construções o bônus é maior), o dinheiro é obtido vendendo itens dos aliens ou conseguindo financiamento maior dos países da ‘’coalizão’’ (dando proteção a eles com monitoramento de satélites na área) e a parte gerenciamento das pesquisas, arrumando mais cientistas e engenheiros e escolhendo o que vai ser pesquisado/construído primeiro. Há e claro a parte dos soldados.

As missões são com um pequeno grupo que pode chegar a seis soldados, mas você pode ter um exercito de quase cem homens a disposição na base para ir trocando ou escalar o melhor time, esses soldados tem um gasto inicial, vem de países diferentes e você tem a opção de customizar o nome e aparência deles, infelizmente não da pra mudar os países ou o sexo e acaba sendo um sorteio do que vai vir na hora de contratar, até mesmo as classes dos soldados acaba sendo um sorteio até que eles ganhem XP (experiência) e evoluam em ranking ou quando você compre um upgrade que da um nível base para cada novo soldado, cada classe tem habilidades próprias que vão abrindo com o nível de patente.

As classes são:
-Suporte, que têm granadas de fumaça, usam o equipamento básico e podem se tornar médicos de campo.

-Assalto, usam equipamento básico e escopetas, são feitas para ir à frente e iniciar ataque.

-Pesados, usam metralhadoras pesadas e bazucas.

-Snipers, flanco atiradores extremamente uteis para suporte ou ataque.

Os soldados são humanos normais, podem vir a ter ótimos equipamentos e até revelarem poderes mentais, mas é um jogo que te pune drasticamente por más ideias, sendo bastante fácil para os soldados serem atingidos, se ferirem (ficando ausente por dias e até meses) ou mesmo morrerem e o jogo tem morte permanente para os solados, sendo uma coisa muito frustrante perder aquele Major cheio de habilidade por bobeira, ou pior ainda o esquadrão todo.


A parte da estratégia do combate é tradicional, mas com um toque bem moderno. É tradicional no sentido do cenário ser dividido em ‘’casas’’ com cada casa representando alguns metros, e cada classe anda um numero de casas por turno e faz alguma ação. Existem proteções completas ou meias proteções (se esconder atrás de uma parede ou se agachar atrás de um carro) e o campo de visão/distancia/altura afetar na facilidade de acertar ou ser acertado. O toque moderno fica com as cenas de ação, ao dar um tiro rola uma animação em terceira pessoa do soldado dando o tiro, e o resultado do disparo, o cenário é quebrável, alguns objetos explodem e isso tudo pode ser levado em conta na estratégia.

É um jogo de estratégia por turno então o começo é sempre complicado, apesar de XCOM ser um jogo que de para começar a jogar sem precisar de tutoriais, você só vai começar a se divertir de verdade depois que aprender como jogar e isso vai ser lá pra metade do jogo como em qualquer bom jogo de estratégia. Os problemas no gameplay principais são que muitas vezes o cenário não funciona da forma que deveria funcionar, com tiros atravessando paredes ou reações estranhas como, por exemplo, uma sniper minha ter um bom ângulo, eu mexendo a câmera para ter uma visão parecida com a dela vendo o inimigo e o jogo dizendo que ela não via alvo algum, ou outro soldado atirando de dentro de um galpão para matar o alvo que estava no telhado (vendo através do telhado).

Os mapas são poucos apesar das missões serem em varias partes do mundo e terem uma boa variedade, fora o fato delas serem randômicas. Isso não chega a prejudicar tanto porque a formação, quantidade e tipo dos aliens também são randômicos, então mesmo que tenha um mapa igual você acaba lutando em outros setores, fora que as construções são dinâmicas, você pode entrar nelas.

O roteiro é mediano, começa bem tem uma historia de fundo boa, mas o jogo tem momentos chave que não ficam tão claros de primeira que são momentos chave, seriam pontos no jogo que se você fizer ele progride na historia, mas se não fizer pode ficar fazendo missões randômicas à vontade (ganhando experiência e dinheiro, mas nunca vendo o final do jogo) e o final é um momento chave atrás do outro dando a impressão que é tudo corrido, a fase final é muito ‘’videogame’’ com você enfrentando todas as classes de inimigos que enfrentou durante o jogo novamente até encontrar o chefão, o roteiro da uma queda considerável e a cena final é bem sem graça e da à sensação que o vídeo foi cortado.


A trilha sonora é legalzinha, as dublagens são ok, os soldados também falam algumas frases, todas em inglês.

Nota: 8,5

É um dos melhores jogos de estratégia dos últimos anos, apesar de alguns problemas incluindo o gráfico que é mais ou menos. O melhor de tudo é que ele é acessível o suficiente para começar a jogar e complicado o bastante pra te motivar a aprender (Não assusta novatos e não é burro dependendo só de sorte ou quantidade).

Para: Ter.

Uma das coisas mais legais que fiz no jogo foi ter editado meus soldados iniciais e recomendo a todo mundo fazer isso apesar de dificilmente ficar perfeito, não dando pra mudar de sexo ou nacionalidade e não ter controle (tive que pedir vários recrutas até conseguir meu time de mulher em um dos jogos). Em um save eu fiz os Mercenários e uns extras, com Stallone, Bruce Willis, Clint Eastwood, foi bem divertido ver algumas classes dando certo com o Clint de sniper, o Terry Crews de heavy, outras nem tanto com o Jet Lee virando heavy também e os ver evoluindo e também te ajudando a se importar mais com eles, pois quando morrem não voltam e o nome fica em um mural/memorial com seus feitos, fora que quando chegam a certo nível também ganham apelidos randômicos que quando ‘’casa’’ é bem gratificante, minha sniper ruiva Natasha Romanoff ganhando o apelido de ‘’Black Widow’’ foi uma besteirinha que me fez sorrir.

Também pode ser bem frustrante e engraçado ao mesmo tempo, como meu primeiro save em que fiz eu e uns amigos, e eu morri no primeiro tiro disparado, outro amigo morreu em uma explosão, o terceiro entrou em pânico e começou a atirar sozinho vingando os caídos e na missão seguinte os aliens concentraram nele... E eu perdi praticamente todos os soldados nas primeiras missões.

Enfim é o tipo de besteira que faz o jogo ficar mais interessante do que é. Mas só da certo porque o jogo oferece esse tipo de ferramentas.

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