Totalmente Inocentes

Diretor: Rodrigo Bittencourt
Ano: 2012
Roteirista: Rodrigo Bittencourt, Carolina Castro, Rafael Dragaud
Gênero: Comedia.

Um jovem querendo conquistar a atenção de seu amor platônico se mete em uma grande enrascada com a ajuda de um repórter atrapalhado.

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E aprontam altas confu... Opa, pera!

O trailer parece divertido, da para ver que a inspiração era fazer graça com os filmes Tropa de Elite e Cidade de Deus, e o próprio nome me fizeram esperar uma parodia a respeito da situação no Brasil (pelo menos o que de informação vem pra mim) sobre essa coisa de todo mundo ser coitado hoje em dia.

Não é exatamente nem uma coisa nem outra, da pra ver a inspiração bem clara, mas o roteiro parece muito mais interessado em apenas fazer graça com os filmes citados do que algo maior e mesmo assim não chega a ser uma parodia propriamente dita pelas piadas não serem em relação aos roteiros dos filmes. Ficou confuso? É eu sei...

É que a maioria das piadas não é preciso ter visto nenhum dos filmes para entender a brincadeira, a que mais precisaria, se adéqua a praticamente qualquer filme nacional, com um discurso que o personagem fala ‘’porra’’ a cada duas palavras que seria o Dadinho lá do Cidade de Deus.

As ideias das piadas são boas, mas parecem forçadas e algumas já foram usadas mais de uma vez por outros programas de humor, como o ‘’Bofe de elite’’ e se eu que não moro no Brasil já ouvi algumas vezes imagino para quem mora ai. Alem do clássico humor com piada com gays, que por um lado já é manjado demais por outro é agradável saber que ainda passa alguma coisa pelo ‘’movimento pau no cu brasileiro’’ que rivaliza com o movimento americano ‘’The Pussification of America’’ e ambos visam deixar o mundo um lugar bem mais chato politicamente correto e cheio de frescura. A piada que mais me divertiu foi provavelmente a mais bestinha, com o ‘’china’’ do pastel sendo um cearense e a musiquinha do ‘’Tropa de Elite uni duni te’’.

Mas talvez eu que estivesse de birra, porque o ‘’astro’’ da internet Felipe biquinho Neto é uma presença constante no filme sendo o narrador chato pra cassete. Foi ver ele que eu perdi o animo e isso pode ter me prejudicado para apreciar o filme.

As atuações são boas, Fabio Porchat ficou bem legal no papel, Fabio Assunção também, Mariana Rios que nunca tinha ouvido falar na vida (por que não me falaram dela antes? Muié do sorriso bonito), também. O único ponto fraco é o garoto mais novo, nem por culpa do moleque mesmo, mas é porque deram muito dialogo complexo e fica forçado a beça, talvez até seja uma parodia também em relação às novelas que adoram esse tipo de personagem infantil a ‘’criança gênio chata’’.

A trilha sonora combinou, teve um monte de efeitinho ‘’maneiro’’ do tipo coisas sendo desenhadas na tela, que não vi graça. O roteiro não teve muitos furos.

Nota: 5

É engraçadinho, mas Felipe Neto não da.

Para: Ver que de vez em quando rola umas tentativas de cinema nacional que não é igual novela.