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sábado, agosto 11, 2012

Contagion (Contágio)


Diretor: Steven Soberbergh
Ano: 2011
Roteirista: Sott Z. Burns
Gênero: Drama, Suspense

Filme sobre uma epidemia de uma misteriosa nova doença e a busca pela cura.

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É um filme complicado para colocar em alguma categoria, tem um elenco de peso, Gwyneth Paltrow, Matt Damon, Laurence Fishburne, Jude Law, Marion Cotillard, Kate Winslet... Todos os personagens têm algum gral de importância, mas não chega a ser um filme exatamente centrado nos personagens e a reação deles diante desse cenário de epidemia, não só pela grande quantidade, mas por deixar alguns pontos em aberto e por conseqüência de não ter espaço no filme pra todos as historias paralelas.

O grosso do filme é praticamente como um exercício de imaginação ‘’se acontecesse isso, como seria?’’, mostrando a epidemia, a reação da população, do governo, da imprensa... A vida dos personagens é uma parte secundaria. É interessante a abordagem, mas você não sente tanto o drama e nem tem tempo suficiente para se apegar a ninguém, não estou reclamando o pouco que foi mostrado me fez torcer por um ou outro personagem chegar vivo ao final do filme, mas ficou uma sensação de que poderia ser mais, mais explorado ou que poderia ter me afetado mais e me feito me importar mais.

E apesar de ter colocado ‘’gênero’’, não vejo como um drama ou um suspense, porque realmente o foco é a epidemia e não conheço nenhum gênero para encaixar, não é como um documentário, não é um filme com um ‘’propósito’’ do tipo, um drama sobre um pai com sua filha sobrevivendo à epidemia ou algo assim, mas é interessante, é bem feito, prende.

As atuações são boas, no entanto como falei os personagens não tem tanto espaço individual e são varias historias paralelas, ficando difícil realmente se importar com algum deles.

O roteiro é bom, mas para o que se pro, pois precisaria ter umas cinco horas de filme, os mini roteiros de cada personagem são realmente interessantes, mas o foco é o cenário de epidemia, que é bem construído. O problema é falta algo, acaba tendo muita coisa que prende, mas nada é realmente explorado e termina de uma forma meio abrupta deixando várias partes em aberto.

A direção faz um bom trabalho, quando li sobre achei que ia ser um daqueles filmes chatos pra cassete de ‘’tragédia assolando o mundo todo, mas só o poderoso governo americano é capaz de lidar com a situação USA, USA, USA!’’ cheio de senadores e políticos tendo longas e tediosas conversas com, militares, mas foi o contrario, tem personagens ligados ao governo, obviamente o foco é nos Estados Unidos, mas concentra o foco no humano e não no cargo.

Nota: 8

É bom, mas em uma categoria única, porque não sei de nenhum outro filme de cabeça para fazer uma comparação. Se você espera um dramalhão ou um desses filmes de tragédia para te lembrar que a vida é muito curta para ver filmes de tragédia chatos pra cassete, vai se desapontar. E como falei, não tem um propósito claro eu achei legal, eu gosto e às vezes até brinco com o RPG criando cenários diferentes e tentando pensar na maior quantidade de aspectos possíveis, mas não é um gênero, ou algo que vá agradar todo mundo.

Para: me ajudar a tentar definir esse filme em um gênero.

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