The Fourth Kind (Contatos de 4 Grau)

Diretor: Olatunde Osunsanmi
Ano: 2009
Roteirista: Olatunde Osunsanmi, Terry Robbins

Gênero: Mistério, Ficção Cientifica, Suspense

 ‘’No final fica á seu critério acreditar ou não’’

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Quando o filme saiu, eu olhei a sinopse bem por alto e falei ‘’huum filme de ET com a Jovovich... Neeeeem’’ e não assisti, passei bem longe até sei que lá porque resolvi assistir agora, na real é mais pela comodidade de estar com uma copia em mãos do que por vontade mesmo...

O filme começa com Milla Jovovich se apresentando e falando que o filme foi inspirado e até mesmo usa cenas reais de depoimentos dos envolvidos. Assim que ela acabou de falar eu pausei e pensei seriamente se continuaria ou não, afinal Hollywood tem o péssimo costume de se ‘’inspirar’’ em supostos eventos reais e tomar liberdades poéticas demais por fim alterando qualquer ligação real com o evento, nunca fica claro o quê, de tudo aquilo foi real e sinceramente ainda mais no caso de filmes que tenham como o tema algum tipo de drama envolvendo pessoas reais eu não acho algo muito moral até porque a grana dificilmente vai parar com a pessoa (salvo casos de biografia autorizados). Mas enfim, acabei assistindo com um pé atrás.

A direção é bem estranha misturando trechos de uma entrevista com a Dr. Abigail Tyler que foi a vitima/protagonista da historia com a encenação dos fatos com Milla Jovovich interpretando Abbey Tyler (seila porque a mudança nos nomes já que é a mesma ‘’personagem’’) como um filme normal, utiliza vídeos que essa Dr. Tyler fez e estranhamente chegam a cortar a tela para mostrar o suposto vídeo real com a encenação ao mesmo tempo. Tem um clima até que interessante, por que se fosse apenas ‘’encenado’’ pareceria uma ficção medíocre com direito ao clichê xerife descrente e agressivo ignorando depoimentos (no plural) apenas por que não acredita e deixando de investigar (vilão clássico desse gênero), mas o grande problema tanto da direção quanto o roteiro é tentar afirmar que é um filme ‘’real’’.

E mostra um roteiro muito improvável, aonde alienígenas se misturam com historia, falando sumério e religião partindo de uma teoria de deuses espaciais. E depois de assistir e consultar o imdb vemos que os supostos personagens reais, também foram interpretados por atores e com um pouco de investigação encontramos que as únicas informações concretas sobre essas pessoas foram criadas (e já não existem mais) pela produtora com sites falsos. Ao contrario da maioria dos filmes que simplesmente mostra uma tela negra com os dizeres ‘’baseado em fatos reais’’ esse filme tem uma introdução no começo e uma cena no final da atriz e do diretor afirmando que é real e que cabe a você acreditar ou não.

O roteiro é sobre essa doutora psicóloga que o marido teve uma morte misteriosa e ela estava no mesmo quarto enquanto dormia e não sabe bem o que aconteceu, na cidade no Alaska em que pessoas têm estranhos pesadelos, suicídios e desaparecimentos. E mistura alienígenas com o exorcista por traz de tudo. É um difícil de engolir, mas é uma abordagem que não foi muito utilizada, alem da picaretagem de se passar por uma historia real acaba tendo um tradicional elemento desse gênero picareta de documentário duvidoso, gastar grande parte do tempo construindo uma imagem com ‘’fatos’’ e tentando passar uma credibilidade para no final acrescentar ‘’detalhes’’ importantes que se fossem colocados no começo ninguém perderia tempo com a historia, no caso do filme ainda da para entender o propósito afinal ‘’acredite se quiser’’.

Só que essa ‘’sacaneada’’ com o publico não é bem vinda afinal poderiam simplesmente deixar claro (fora do filme e sem os depoimentos de abertura da Jovovich) que é fake, e deixar que na hora lá da primeira vez que o cara assistisse ele ficasse ou não com duvidas sobre a veracidade, assim podendo aproveitar o roteiro e não ficar torcendo o nariz falando ‘’huuum, tá bom que isso é verdade’’.

As atuações são irregulares, a melhor atuação é a da suposta doutora real, o que me fez pensar que seja proposital afinal ela é a ‘’real’’, mas assim como a parte ‘’real’’ do filme é difícil de acreditar, ainda mais pelo elenco da parte ‘’encenada’’, acho a Milla Jovovich bonita, até gosto dela em alguns papeis menos exigentes, mas convenhamos que ela não é das melhores atrizes.

Nota: 4

É um filme mais ou menos, se não tentasse se passar por algo real poderia ser melhor, até porque acredito que poderiam pensar mais em como melhorar o roteiro ao invés de maneiras para tentar enganar o publico, mas no final das contas é um pouco de Arquivo-X com Exorcista em formato de documentário ‘’dramático’’.

Para: Entrar no clima e criar uma tese que talvez seja tudo real e que o FBI tenha se unido com a CNN e organizações no Alaska, para encobrir a verdade que esta lá fora...