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sexta-feira, novembro 18, 2011

The Trotsky



Diretor: Jacob Tierney
Ano: 2009
Roteirista: Jacob Tierney
Gênero: Comedia

Leon Bronstein (Jay Baruchel) é um estudante colegial de dezessete anos que acredita ser a encarnação de Leon Trotsky (o revolucionário marxista) e tenta viver e planejar sua própria vida com base na vida do ucraniano...

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Leon é de uma família rica judia e vive em Montreal (Canadá) estuda em um colégio particular, seu pai é dono de uma fabrica e mesmo ao cancelar a mesada de Leon a madrasta está sempre disposta a ajudar o garoto, que por sua vez é um verdadeiro revolucionário lutando pelos oprimidos, tentando criar um sindicato na fabrica do pai e com isso sendo obrigado a freqüentar um colégio publico, no colégio publico Leon então decide lutar contra os fascistas do diretor e coordenadora e fundar um grêmio estudantil! *Ironia ou não fica ao seu critério.

Che Guevara, o próprio Trotsky eram de famílias ricas e talvez seja uma forma do roteiro ilustrar isso com seu protagonista tendo essa origem, pessoalmente eu acho que esse lance revolucionário é pra gente com grana mesmo, porque quem não tem está mais ocupado tentando sobreviver do que se dedicar a grandes causas, o problema é que o Leon Bronstein do filme é incrivelmente exagerado, ele acha o pai um fascista, porque ele tem uma empresa e mesmo assim no filme é falado que o avô dele começou por baixo e conseguiu comprar a empresa, ele faz um fuzuê no colégio para o tal grêmio, sendo que a maioria dos alunos nem esta dando a mínima pra isso e apesar do conselho estudantil negar de cara deu a entender que estavam abertos a um dialogo e só não levaram a serio o abaixo assinado com mais de quatrocentas assinaturas porque eles enganaram os outros alunos para assinar...

Na pratica o personagem principal é um maluco metido a revolucionário e o filme tenta mostrar que ele é o herói porque é dedicado a causa e o mundo precisa de mais gente assim... Pra mim o filme acabou ficando em um meio termo, sem saber se usava o personagem principal de uma forma humorística ou se era pra levar ele a serio, o que deve ter sido uma idéia de gênio, afinal parte do publico pode sair com a opinião que o filme ‘’zoa’’ essas causas e outra parte achando que o filme foi favorável e apenas uns gatos pingados igual a mim que acaba achando isso uma merda.

Por ficar em cima do muro, tem muita coisa que parece piada sutil e irônica, que acaba não fazendo sentido já que o filme pelo menos para mim parece não tomar partido (ráaa, comuna, partido hã, hã?) e o resto é um humor realmente sutil, tanto que eu falhei em notar.

Rola um romance do garoto com uma mulher mais velha (a primeira esposa do Trotsky era nove anos mais velha), a parte legal é que o garoto fala que se considera uma reencarnação, se diz apaixonado e que vai casar com a mulher no primeiro dia que se conhecem, descobre o telefone, os lugares que ela freqüenta e chega a invadir a casa dela e ela se apaixona por ele! Melhor que essa técnica ‘’psicopata engraçadinho’’ só o ‘’Naked Man’’ do seriado How I Meet Your Mother para conquistar mulheres.
O clima do filme, a direção e atuações até entretém, é um filme leve e tal, mas seila uma comedia deveria me fazer rir ou chegar um pouquinho perto disso...

Nota: 4

Não é ruim de assistir, mas não tem graça por ficar em cima do muro. E pra mim o personagem principal me pareceu muito mais um revolucionário de Orkut, que bota foto de criança na Somália no álbum e entra em comunidade ‘’eu amo muito tudo isso’’...

Para: Se você for menor de idade e acreditar no marxismo ou comunismo vai ver uma comedia inteligente sobre essas idéias e se motivar saindo do tédio (ráaa *referencia ao filme). Se você for mais velho de direita, vai ver uma comedia inteligente mostrando o idealismo juvenil.

Se não for nada disso, não assiste. E venha para o Cruorismo o único movimento/seita religiosa que oferece biscoitos de chocolate a seus membros!

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