Páginas

sábado, novembro 19, 2011

Sucker Punch (Sucker Punch – Mundo Surreal)



Diretor: Zack Snyder
Ano: 2011
Roteirista: Zack Snyder, Steve Shibuya
Gênero: Ação, Aventura

Jovem internada em um hospício precisa pegar cinco itens usando sua imaginação para conseguir se libertar.

Leia Mais...

A primeira vez que vi algo sobre Sucker Punch foi em um site, em que compro bonequinhos e brinquedos (Action Figures e Movie Memorabilia) e lá estavam às estatuetas de resina cheias de detalhes com 45cm da Baby Doll, Sweet Pea e da Amber, quando vi pensei ‘’carai não tenho idéia que porra é essa, mas que foda, vou comprar!’’ e fiz a reserva na pré-venda, meses depois surge o primeiro trailer que não explicava nada e me deu a entender que seria um filme de ação em uma época alternativa, misturando ficção, passado e coisas futurísticas e me animou bastante, afinal um dos meus filmes preferidos Sky Captain and the World of Tomorrow é assim, fora tantos outros que seguem a mesma linha e tem a intenção de serem apenas divertidos e não obras psicológicas de enriquecimento como ser humano...

As estatuetas foram canceladas e o filme teve uma estréia grande, sendo exibido em vários cinemas o que também é uma surpresa já que o ‘’povão’’ não é chegado à ficção e essas misturas estéticas de épocas (e não falo isso de forma pejorativa, mas é um fato inegável, se fosse popular teria um monte de filme steampunk por ai) e como todo filme que tem um grande lançamento, ele gera comoção e acaba atingindo não só o publico alvo (que gosta da temática), mas um grupo bem maior e como falei ‘’povão’’ não é chegado nesse tipo de coisa e não foi diferente, sendo chamado até de ‘’crepúsculo para meninos’’...

Eu resolvi me conter e esperar, tentando ficar alheio as criticas a única coisa que dei uma olhada antes de poder ver o filme foi à trilha sonora, com varias versões com vocais femininos como, Sweet Dreams com a Emily Browning cantando, White Rabbit com Emiliana Torrini, Tomorrown Never Knows e até mesmo uma banda que gosto bastante o Skunk Anansie fazendo uma versão da musica do The Stooges, Search and Destroy. E claro que isso só serviu para me deixar mais animado com motivos de sobra.

Trilha sonora legal, roteiro e direção do Zack Snyder que fez 300, Watchmen e o ‘’remake’’ do Madrugada dos Mortos, cenário completamente pirado, trailer mostrando gostosinhas seminuas com espadas e armas de fogo matando criaturas e todo mundo que comentei do filme sem ter assistido tinha dito que era ‘’a minha cara’’...

A mãe de Baby Doll (Emily Browning) morreu e ela já vinha sendo abusada pelo padrasto, quando este tenta abusar da irmã mais nova de Baby Doll, ela reage e na luta acaba matando a irmã com uma bala perdida e é internada no hospício pelo padrasto, para receber uma lobotomia e nunca revelar os abusos que sofria.

No hospício ela encontra um novo ambiente de abuso pelos enfermeiros, mas também apoio com a doutora Gorski (Carla Gugino) e usando as técnicas da doutora imaginando e ‘’interpretando’’ outra realidade, para conseguir forças e poder fugir, também acaba encontrando outras pacientes que viram aliadas e juntas tentam conseguir os cinco itens para por o plano de fuga em pratica.

O filme na verdade é, vários. Tem esse filme da garota abusada no hospício, a realidade que Baby Doll e suas amigas usam para ter forças que é um cabaré, onde precisam dançar e se prostituir para sobrevier (simbolismo, fazer o que não quer e não concorda para obter resultados e tal) e para cada item tem uma nova realidade que varia de Japão feudal com samurais usando metralhadoras, nazistas mortos-vivos indo a cenários futuristas e até mesmo fantasia medieval.

O roteiro do filme é legal, tem certa profundidade, não é exatamente inovador como um todo, mas não agrada muito, por ser um filme de ação/aventura a profundidade acaba se perdendo e parece que o Snyder sabia que ia ter um grande lançamento e tenta explicar nos mínimos detalhes sua intenção, o que acaba ficando arrastado.

A direção tem um grave problema, até faz sentido e tal. Baby Doll usa a sensualidade de sua dança para distrair os homens e as garotas pegaram o item, para dançar ela precisa de musica então em todos os itens temos uma musica de destaque, para pegarem o item rola uma realidade envolvendo ação (tipo quando você era criança e fingia que o chão era de lava e ficava andando no meio fio da calçada imaginando uma aventura enquanto estava fazendo algo chato como acompanhar o pai a padaria e no filme a Baby Doll que não quer aceitar a dança sensual) e ai que rola toda a ação, com as meninas enfrentando dragões usando metralhadoras e tal. Só que ficou com uma cara de vídeo-clipe dos infernos, já que a ação é bem ‘’solta’’ no roteiro e a musica alta em destaque deixam com mais cara de ‘’to vendo top cinco na MTV’’.

A trilha sonora conta com ótimas musicas e interpretações, as letras se encaixam bem no filme, mas achei o uso uma bosta devido à cara de vídeo-clipe.

As atuações são boas, mas parecem ruins. Tipo a Emily Browning atua muito bem com seus olhares e é o que o roteiro pede, mas sua expressão durante o filme e a maioria das cenas são meio robóticas o que faz parecer ruim, só que se for seguir a idéia que é mostrada no final e que a grande parte, o grosso do filme acontece naqueles segundos antes da pancada pede uma interpretação mais robótica. O mesmo acontece com as outras personagens que se você conseguir deixar de lado a imagem de ação/aventura e se concentrar na mensagem de drama psicológico vai ver que são bem condizentes, incluindo a Vanessa Hudgens que faz a Blondie (que assim como o personagem de mesmo nome do ‘’Cães de Aluguel’’ é moreno).

Os efeitos especiais que fazem grande parte do filme, são medianos, de modo geral tem uma animação que deixa a desejar e acho que apenas o dragão ficou realmente bom.

Nota: 6

Eu achei legalzinho, mas é um filme que tem uma mensagem dramática psicológica cheia de cenas de ação sem cabeça e isso acabou prejudicando bastante o roteiro e achei tão ruim que irei repetir, ter feito as cenas de ação com cara de vídeo-clipe foi foda... Mas que fique claro, não é um filminho de ação qualquer, não é apenas um filme com efeitos especiais, mas infelizmente também não é uma obra prima, genial e inovadora.
Eu preferia que tivesse apenas a realidade e uma versão alternativa de guerra sendo dois roteiros/filmes podendo mostrar melhor uma dessas versões para tirar essa cara de clipe (sim mais uma) e poder fazer de uma forma mais consistente já que acredito também que a profundidade se perca pela imagem de filme do Michael Bay.

Para: Sei lá, esperava um filme foda e me veio um legalzinho só...

*Re-anunciaram as action figures, já alteraram a data de lançamento que seria previsto para a metade de 2011 e agora ta para o final de dezembro do mesmo ano...

2 comentários:

  1. Bom, eu já tinha lido umas críticas antes de ver o filme e falavam que o foco de investimento do Sucker Punch era mesmo a trilha sonora, já que a história era fraca.
    Realmente a trilha é mto boa e encaixa bem nas cenas tbm. Mas eu realmente achei que o filme superou minhas expectativas, talvez pq eu já não estava esperando muita coisa mesmo.
    Gostei da forma que misturaram o drama real da Baby Doll com o mundo fictício de ação que ela imaginava. E o toque especial é mesmo não saber quanto do imaginário era real.
    Apesar de simples, achei o filme mais que legalzinho, embora não seja realmente fodão.

    ResponderExcluir
  2. ....realmente eu esperava algo menos complexo....um filme de ação mesmo...da forma q ele foi vendido...o filme não é ruim, mas frustra quem espera alguma coisa mais de ação e se depara com uma história mais dramática....

    ...no fim fiquei com a sensação de que faltou algo...

    ResponderExcluir