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sexta-feira, julho 29, 2011

Baby Blues


Diretor: Lars Jacobson, Amardeep Kaleka
Ano: 2008
Roteirista: Lars Jacobson
Gênero: Horror, Drama

Uma mãe de família tem um surto psicótico e cabe ao filho mais velho (uma criança) tentar salvar a vida de seus irmãos mais novos...

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Acho que a melhor forma de começar a analise é deixar bem claro, sim. A idéia do horror é de uma criança ter que lutar pela vida dos irmãos mais novos contra sua própria mãe, e um spoiler inevitável... Crianças morrem, e tem muito choro obviamente é uma idéia pesada e não é para qualquer publico. Tendo isso em mente você pode parar de ler a analise por aqui caso ache a idéia ruim e inaceitável, mas caso resolver ler ou mesmo nem ler e já querer postar algum comentário indignado (comentários aqui, puff...) quanto à idéia ou mesmo querer discutir valores morais ou coisa do tipo... Nem precisa se dar o trabalho! Não eu não me divirto com as lagrimas de crianças, apenas não estou com saco para discutir moral. E se sentiu ofendido com isso e ainda quer postar algo reclamando, crie um blog e se divirta.

O filme começa com os dizeres ‘’baseado em fatos reais’’ o que me faz torcer o nariz, afinal não significa que todos os fatos foram baseados em fatos reais, nem mesmo fala que fatos foram esses, até então o cara pode ter lido em um tablóide ‘’mãe doida bota criança para dormir, com um machado’’... E acaba de uma certa forma sendo ainda pior nesse filme, já que é falado que a mãe já sofreu com depressão pós-parto (uma doença real) e deixa claro que ela está sofrendo novamente, somando com outros fatores que falarei mais a diante, ela surta de forma doentia e o final do filme acaba sendo ambíguo (em cima do muro, duvidoso) que pode acabar deixando uma imagem errada quanto à doença.

O roteiro é bom promissor, mas acaba se cagando. É ambientado no começo dos anos oitenta (acho, pelas tvs pelo ATARI...), a família vive em uma fazenda isolada, o pai (Joel Bryant) é um caminhoneiro e fica bastante tempo longe de casa, à mãe (belíssima Colleen Porch) é religiosa, já sofreu de depressão pós-parto antes e está sofrendo novamente, somando com a ausência do marido, ela recebe a noticia que uma amiga de colegial conseguiu um emprego na tv, ela (a mãe) que também sonhava com esse emprego na época de colegial e acabou virando uma dona de casa cuidando de quatro crianças, o marido ausente, se achando feia e rejeitada, tudo isso é mostrado no filme e da um tom serio a historia, basicamente é uma pessoa que já tem problema, ninguém da a mínima para isso e ainda ajuda dando um empurrãozinho rumo ao abismo. As crianças partindo do mais novo para o mais velho, são um recém nascido, a menina Cathy (Kali Majors) o garoto Jake (Sean Johnson) e Jimmy (Ridge Canipe) que pelo que é mostrado no filme deve ter uns doze anos no máximo, tirando o fato dele ser o ‘’Denis: O pimentinha’’ com macacão jeans e estilingue no bolso de trás, o filme começa bastante serio.

Com uma tensão crescente da mãe ‘’pirando’’ aos poucos, ouvindo vozes, e vendo coisas, até que em uma cena que as crianças estão brigando, o bebe chorando ela pira de vez, e mata o bebe afogado em uma banheira... Até esse momento é um drama/suspense bastante tenso, ai aos poucos vai se tornando um slasher (filme de assassino matando vários jovens) não pela quantidade de mortes, mas pelo andamento mesmo, a mãe ganhando uma resistência absurda, arrebentando porta com cutelo e por ai vai... Essa segunda metade do filme só não fica podre porque ainda tem uma grande tensão pelas crianças, em paralelo mostra que o pai conseguiu ser liberado da viagem e está voltando pra casa em quanto, mãe persegue os filhos, ai rola aquela expectativa para ver se ele chega a tempo...

As atuações variam, o pai ficou bem alienado, mas ai, não sei se é do papel já que o cara parece ser bem bitolado, as crianças de modo geral atuam mal, mas são papeis difíceis ‘’olha garoto imagina que sua mãe quer te matar’’, mas a mãe ficou legal, da mulher com problema da primeira parte para a assassina doidona da segunda, que horas é uma mãe pirada ‘’porque vocês fazem isso comigo, me obram a fazer isso’’ *correndo com uma tesoura pra tentar espetar em um dos filhos*, horas psicopata porra loca de filme que parece que esta se divertindo com a situação (problema do roteiro não da atriz).

A direção vocês já devem ter percebido que começa como um ritmo e termina com outro, mesmo na parte ‘’slasher’’ ainda tem toda uma tensão, mas peca justamente pela levada ‘’slasher’’ com varias cenas forçadas, um estilingue contra uma colheitadeira enorme, uma explosão de gás, fora à quantidade de ferimentos que o garoto Jimmy e sua mãe levam, mas continuam de pé (rijeza, nos genes).

O final é uma bosta, tentando dar um clima de horror mais tenso e voltar pro drama/suspense da primeira parte, mas acaba cagando de vez dando uma passagem de tempo que eu acredito que tenha sido de um ou dois meses no mínimo.

A trilha sonora é de musicas dos anos sessenta na maior parte (as duas vezes =P) e a musica instrumental que toca nos créditos é boa, acho que poderiam ter usado na abertura pra que embalaria bem a primeira parte.

Os efeitos especiais são bons, nenhuma morte é realmente on-screen (diante das câmeras), mas é o mais perto disso possível.

Nota: 6


Mesmo com o slasher, é um filme tenso, sem aquele clima mais engraçadinho e mais divertido dos slashers normais. Só que perde muitos pontos com essa parte por não combinar com o que começou e pelo final vergonhoso.

Para: Como falei tem criança morrendo e a idéia do horror é as crianças tendo que fugir e confrontar a própria mãe, ou seja ‘’para: poucos’’ já que pode incomodar bastante.

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