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sábado, junho 04, 2011

Fight Night Champion



Ano de lançamento: 2011
Gênero: Luta, Boxe
Plataformas: XBOX 360, PS3 *testado no 360
Estúdio: EA Canada
Distribuído: Electronic Arts

Recomeço para a serie de jogos de boxe, mais famosa atualmente.

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Uma das coisas que a EA mais se orgulha nesse jogo é do modo historia, tanto que nas informações distribuídas pela empresa esse é um dos pontos fortes e um dos principais chamarizes.

O orgulho é tamanho que logo de cara você não vê nenhum menu, mas o jogo já entra no modo ‘’Champion’’ com a tal historia, a idéia é que seja um historia nos padrões hollywoodianos, redenção e gloria...

Esse incrível modo tem apenas algumas horas (em um dia você termina) conta a historia de André Bishop, um peso médio que vem ganhando fama no circuito amador e é traído por um promotor inescrupuloso, esse promotor tem como cliente Isaac Frost um peso pesado imbatível e ‘’mal’’. O promotor também tem uma filha gostozinha e boazinha Meagan que ajuda Bishop depois que ele sai da prisão (devido à traição e agora como peso pesado)... Talvez eu devesse colocar spoilers, mas é exatamente isso que você já deve ter pensado ‘’costurando’’ a historia a partir dessa introdução, não tem nada de inovador, surpreendente e eu sinceramente não senti carisma algum da parte de nenhum personagem, pra falar a verdade achei o Isaac Frost mais interessante que o personagem principal, já que ele é o fodão invicto e metido que só beija a lona uma única vez em toda a carreira o verdadeiro ''champion'' (momento Barney).

Para piorar as lutas são com roteiro, tem a tradicional (que tem em quase todos jogos de boxe) de lutar com a mão quebrada e tomar dano caso bata com ela e algumas variantes do tipo ‘’tomar cuidado com a esquerda do oponente’’ e se você não toma cuidado é um KO garantido, o que é bastante frustrante principalmente com a luta em que você deve proteger o machucado do rosto (não da para vencer amenos que proteja o machucado durante um round inteiro) e a luta final contra Frost, que são três rounds para se defender (não adianta bater, ele não vai cair), dois para dar socos no estomago dele, mais dois para proteger o rosto de um machucado, ai finalmente você pode lutar em paz e tentar derrubar o grandalhão...

As dublagens são boas, a Meagan é dublada pela Eliza Dushku que tem uma voz ótima, mas não tem tantos diálogos e é engraçado que a modelo em computação gráfica parece mais com a Kisten Bell se tivesse um rosto mais fino e um cabelo escuro. Outro ponto a desejar dessa incrível historia é que seu personagem é pré-definido incluindo a aparência (não da de mudar).

O mais legal são as lutas na cadeia, no entanto é a mesma coisa das lutas normais, não tem uma diferença na jogabilidade ou fazer mais dano já que não estão com luvas, no meu caso acabou sendo até engraçado porque teve lutas ‘’sem regras’’ que a idéia era do herói jogador lutar limpo contra um adversário sujo e... Assim que o gongo soou, eu dei um murro no saco de meu oponente, seguido de uma cabeçada e um gancho tonteando o puto, depois foi só ir pra cima até ele cair =D

Fora esse modo, tem um outro mais clássico, em que você cria seu lutador (ou usa um real) treina e sobe no ranking, mas não tem historia alguma é apenas isso, lutar, treinar, subir no ranking.

A possibilidade de fazer os mini-games de treino, lutas on-line e poder lutar no modo exibição.

Os mini-games de treino são mais simples e consistem em bater ou se esquivar, nada de levantar pesos ou ficar martelando os botões para simular uma corrida, com o treino você ganha XP e pode evoluir algum ‘’atributo’’, sendo divido em tipos de soco (gancho direito, gancho esquerdo...) Esquiva, defesa, ter uma resistência maior a golpes na cabeça ou no corpo, combos e coisas do tipo, os atributos físicos são ganhos conforme a academia que treina ou fazendo treinos específicos para o corpo.

O controle analógico agora está com os golpes bem mais fáceis de serem aplicados e também é possível usar os botões normais (apenas apertando), o gráfico da continuidade ao ultimo jogo e impressiona com modelos bem realistas, efeitos de suor e os machucados, indo de cortes a olhos roxos. No entanto a grande maioria dos socos parece não ter força ou impacto, o sistema de stamina (fôlego) dos lutadores também é bem estranho, quando se está com a barra cheia é possível dar uma quantidade absurda de golpes e eles são incrivelmente rápidos (e falsos) já quando a barra esta nas ultimas você fica em câmera lenta até mesmo para se esquivar ou levantar a defesa.

Acaba sendo como jogar um jogo de luta livre, caso jogue com alguém que curte o esporte é possível que tenha uma luta menos ‘’porra loca’’ e próximo ao que acontece na vida real, mas na pratica, boa parte dos adversários vão vir pra cima apertando botão feito maluco e podendo ganhar assim.

Outra critica é para os nocautes em câmera lenta, que parece que viram muito aqueles vídeos em câmera lenta que tem no youtube, quando um soco pega parece que jogaram pedra no lago de tanta onda que o corpo/rosto do cara que levou faz. Sem contar que se o lutador esta com pouca energia ele vai cair com qualquer soco, não importa se for de raspão, na testa o cara vai cair.

A trilha sonora eu achei consideravelmente chata, não tem nenhuma musica bacana que passa alguma sensação durante o jogo, e nem é por ela ser composta praticamente inteira de hip-hop já que em todos os Fight Night Round a grande parte das musicas também eram, no entanto nos antigos pelo menos as letras e algumas musicas faziam sentido em um jogo de boxe. Da para colocar musicas do seu HD para tocar inclusive nas entradas, mas como todos os jogos que isso é possível, é um trabalho bem chato tendo que criar uma playlist para cada musica que você quer no jogo.

A câmera inicial tenta ser parecida com aquelas que usam em lutas reais pela tv, mas conta um defeito de design assombroso que eu chamo de ‘’juiz Robert’’, com o juiz constantemente ficando na frente dos dois lutadores e prejudicando demais sua luta, afinal se você esquiva para o lado errado toma um soco mais forte, mas como ver para qual lado deve esquivar com a besta do juiz na frente da câmera?

Nota: 7

Eu achei mais divertido de jogar do que o Fight Night Round 4, tem gráficos bonitos, tem uma quantidade grande de lutadores reais (alguns deles em mais de uma versão), mas não é grandes coisas.

Para: Se gostar muito de boxe.

*Um jogo que tem um modo historia bom é o Don King Prizefighter, o jogo é uma bosta, mas o modo historia é o melhor que eu já vi em um jogo de luta boxe, com um formato de documentário e atores reais falando sobre sua carreira, deixa no chinelo essa ‘’incrível obra dramática hollywoodiana’’ do Fight Night Champion.

**É possível comprar ‘’bosts’’ de xp e para os atributos físicos com pontos (MS points e pontos da PSN) e online um monte de gurizinho usando personagens ‘’bombados’’ com isso.

***Será que não seria interessante o uso dos controles de movimento em mini-games para treinar o lutador? Não o uso para as lutas em si, já que o controle comum responde de forma melhor, mas a possibilidade de se usar para treinar levantar peso ou besteirinhas assim?

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