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sexta-feira, dezembro 31, 2010

The Runaways



Diretor: Floria Sigismondi
Ano: 2010
Roteirista:Floria Sigismondi
Gênero: ‘’Biografico’’, ‘’Drama’’, Musical

Filme que promete contar a historia da banda formada só por garotas e que mudou o cenário do rock, The Runaways.

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Mas conta só pela ótica da Joan Jett e da Cherie Currie, sendo essas duas as únicas personagens principais...

Nunca me interesso muito pela historia, pela vida pessoal e coisas do tipo de artistas que eu gosto (tirando as bonitas), quando ouvi falar desse filme me despertou curiosidade, mais pelo peso que elas tiveram no cenário musical do que pela historia em si, e eu como grande apreciador de vocal feminino me animei, com um filme mais acessível do que um documentário afinal garotas vão se animar a montar bandas e quem sabe role algo que preste, o fato da Kristen Stewart interpretar a Joan Jett foi o de menos, até acho que ela tem capacidade de atuar bem, mas só pega diretor bundão que não empurra ela devido ao mega sucesso com Crepúsculo, daí ela interpreta daquele jeito ‘’caras e bocas’’, e bem para falar sinceramente até achei bom, porque as... Meninas sensíveis fãs dela por causa do filme de vampiro mais sensível ainda iriam conhecer a The Runaways e eu pelo menos prefiro um mundo com essa banda tocando em tudo que é lugar porque fãs obsce... Dedicadas ficam pentelhando do que o mundo atual com Justin Bieber.

Mas enfim as atuações são boas, Kisten Stawart é aceitável, como no roteiro é uma Joan Jett ‘’revoltadinha e drogada’’ não exige muito, a Dakota Fanning é boa atriz e o outro personagem principal é o produtor Kim Fowley (Michael Shannon) que faz um ótimo papel, o resto da banda deve ter uma ou duas frases para cada membro.

A trilha sonora é ótima, alem de musicas da banda com as duas atrizes realmente cantando, tem outras bandas que serviram de influencia (pelo menos da parte das duas) como The Stooges, Sex Pistols, David Bowie e outras.

A direção... O filme tem um ritmo de vídeo clipe é tudo bastante corrido, combina com a idéia do som da banda, só que parece que faltam pedaços, grandes pedaços, e é tudo bem explicito, o começo do filme é bem legal mostrando apenas com cenas como era a vida da Joan e da Cherie, só que depois deixam as cenas de lado para explicar de forma ‘’desenhando’’ o que acontece e eu acho isso uma bosta em filmes.

O roteiro é o principal problema. A historia como falei é apenas pela visão de dois dos integrantes e o filme foca só nelas duas, pense assim, um filme do Nirvana tudo bem que o Kurt era o cara que mais aparecia, mas se é só pra mostrar ele não era mais fácil se chamar ‘’Cobain’’?
Sem contar que se essa foi realmente a historia da banda é uma historia que me faz ter pena da humanidade, Joan sem saber tocar direito guitarra na saída de um clube vê um produtor musical, chega nele ‘’ei eu toco guitarra e queria montar uma banda só de mina’’ produtor olha para ela ‘’legal essa aqui é uma baterista, vocês aparecem lá no trailer para ensaiar que jaja aparece mais umas garotas na banda’’ depois o produtor fala ‘’hum falta algo’’ olha uma revista vê uma loira seminua ‘’é isso!’’ ai saem encontram a Cherrie uma ninfetinha de quinze anos, bonitinha e por sorte ela sabe cantar, mas ia entrar pra banda sabendo fazer qualquer coisa, então elas se drogam pra cassete e viram famosas e estrelas do rock vendendo uma imagem envolvendo sexismo porque o mundo do rock é muito fechado e masculino logo a melhor idéia é de passar uma imagem de puta selvagem.


Historia do que realmente aconteceu à parte, o erro do filme está que mostra dessa forma como eu falei, foi fácil, elas tinham problemas, mas eram probleminhas era fácil, o começo da banda foi fácil, o sucesso foi fácil, elas se drogaram pra caralho, mas os problemas com as drogas foram fáceis, o produtor as vendeu como símbolos sexuais para se dar bem no ‘’mundo machista’’ poderiam abordar isso de forma mais seria e interessante, a banda se alto destruiu por causa de uma serie de problemas, mas como o filme mostra eram coisinhas à toa, á a Cherrie se drogava pra cassete, teve vários problemas com isso teve que se internar e hoje em dia dá apoio a jovens com vicio, mas isso não foi abordado de uma forma seria, pareceu que foi algo... Fácil...

E o interessante, o filme insiste em mostrar muitas cenas de consumo de drogas, como sendo parte importante, o que me fez esperar uma virada e mostrar o lado negro da coisa, e a parte negra se resume a duas cenas, o resto é só farra e diversão, falam nos diálogos que a banda sempre quis ter uma imagem da musica, da atitude e nas cenas só momentos eróticos, masturbação, lesbianismo, cenas com poucas roupas...

Ai eu me pergunto qual é a proposta desse filme afinal das contas? A historia da banda contada apenas por um dos lados? A atitude de vender sexo? As drogas terríveis que trazem alegria e diversão? Como algo incrível que explodiu se evaporou de forma tola em um filme que tirando as cenas de sexo e drogas seria um clássico da sessão da tarde de tão ‘’divertido e super legal’’? Eu não posso estar no mundo sozinho, e me recuso a acreditar que só eu não entendi a proposta e toda essa divergência do que é falado com o que é mostrado durante o filme.

Nota: 3


Basicamente o que eu senti no filme é que a historia é leve e fútil, mas tacaram um monte de cena de sexo e drogas para tentar causar algum impacto, no entanto se era só pra fazer um filminho divertido, bastava focar na musica contando a historia só por alto (praticamente como foi) e o resto só de musica ou mostrando só algum ponto na carreira da banda. Filme decepcionante.

Para: Adolescentes revoltadinhas.

*Eu talvez tenha me excedido, mas tenho uma visão bem ‘’preto e branco’’ sobre muitas coisas, e não acredito nessa coisa de mulheres que ganha sucesso apenas pelo apelo sexual sendo símbolos feministas, não acho que tenha sido o caso da banda, mas é a forma tratada no filme, glorificação de drogas ou crime também não é algo que me agrada e muito menos essa imagem de como tudo é fácil, se tu não consegue algo ou precisa batalhar é porque fez algo de errado, porque é tão simples...

Após assistir o filme aprendi que The Runaways abriu caminho para que varias mulheres possam entrar no ramo do rock contanto que mostrem bastante o corpo e sejam lésbicas quebrando de uma vez por todas essa imagem machista da musica! (ironia).


3 comentários:

  1. Bom, eu não vi e tbm não pretendo ver o filme.
    Vim comentar mesmo só uma coisinha (me baseando no post, claro). Isso de um monte de mulher se juntar p/ "lutar" pela causa feminista! Não vejo propósito em entrar num "mundo machista" fundando um "clube da luluzinha" apenas p/ dizer q as mulheres sabem fazer algo e podem quebrar paradigmas. Na maioria das vezes o que elas acabam mostrando é o corpo e denegrindo nossa imagem. =p
    Não deveriam lutar pela igualdade?


    Quanto à boa atuação da Kristen, duvido q ela seja ruim só pq é mal dirigida, mas td bem!

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  2. há é que a Kristen fez aquele ''panic room'' tava atuando bem lá (melhor do que tem feito nesses filmes recentes) =P

    E pra mim o problema do feminismo é que assim como a grande maioria dos movimentos, os membros/participantes/interessados não conseguem se entender. Uma vez entrei em uma calorosa discucao com um grupo de garotas porque estavam fazendo um abaixo assinado para mandar para os canais de tv, que era para exporem mais o corpo de homens

    partindo do pensamento ''se mulher fica mostrando a bunda tem que ter mais homem pelado!''

    tem mulher que acha que a taty quebra barraco é um simbolo feminista, porque expoe a sexualidade de forma explicita ''quebrando tabus''

    enfim pra lutar por um objetivo primeiro é preciso se entender e definir direito esse objetivo

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  3. Concorco com isso ai q vc falou sobre ter foco, que é o que falta p/ mtos movimentos. Pq mtas vezes isso resulta numa perversão de valores.
    Ainda no caso das feministas, por exemplo, o objetivo seria equiparar homens e mulheres. Só que mtas vezes o que acaba acontecendo, é um machismo às avessas, onde o homem é visto como o ser inferior.

    Pra mim, o importante é saber valorizar o gênero humano. O certo seria ter igualdade de direitos e deveres entre todos (como prega a constituição) e lutar por ela caso contrário. Ou seja, qualquer corrente que se utilize do preconceito (como no caso do machismo que afirma a inferioridade da mulher) é abominável. Não é (ou não deveria ser) o sexo, a etinia ou a condição social, por exemplo, que definiria quem vc é, dizendo se vc é melhor ou pior que o outro. Preconceito é ridículo!

    Fim do momento divagação... =D

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