Ano: 2009-2010
Criadores: Joss Whedon
Gênero: Ação, Drama, Ficção Cientifica
Uma lenda urbana fala que existem lugares aonde pessoas têm suas mentes apagadas e novas memórias e personalidades são inseridas no lugar, para que possam realizar os mais diferentes tipos de serviços para seus clientes ricos e poderosos...
A sinopse que li ainda em dois mil e nove, e a imagem da Eliza Dushku toda de preto segurando um trabuco prateado (fortes chances que eu use como imagem nesse texto, mas se não achar fica a descrição) me fizeram pensar que era um seriado de agentes secretos bem podre e eu passei direto, quando o seriado acabou eu tive oportunidade de assistir e como estava de bobeira resolvi dar uma chance.Logo no episodio piloto já me animou demais, achei foda a idéia, escravos sem memória, conspirações e os clichês que foram apresentados me agradam, o agente do FBI desacreditado perseguindo a tal da ‘’Dollhouse’’ o lugar onde pessoas perdiam suas identidades e viravam casulos aguardando até serem utilizados... Foi mais que o suficiente para me animar ver até o final.
Joss Whedon é um nerd, nerd, nerd mesmo ele é fã de Battlestar: Galáctica e deixou isso claro logo no episodio piloto, a escolha do Tahmoh Penikett como o agente Paul Ballard, vários outros atores que também estavam no Battlestar referencias ‘’ela deu uma de cylon comigo’’ e não só de BSG, mas inúmeras outras referencias, de Star Track a Star Wars, porem da para notar uma grande influencia no roteiro do BSG, a tentativa de mesclar toda a ficção cientifica (semi-inteligente) dando respostas plausíveis e se preocupando com isso, com o drama dos personagens tentando obter romance e amor verdadeiro, calma sujeito fresco que já torceu o nariz, para e pensa que Star Wars não é só espada brilhando é Luke descobrindo que a mina que ele tava querendo pegar era a irmã e que o inimigo era seu pai, foram legais, mas convenhamos que é fácil imaginar a mesma situação em outro contexto como em uma novela mexicana, por exemplo...
No caso de Dollhouse as emoções são plausíveis, aceitáveis e eu confesso que torci bastante pro Ballard encontrar, Echo (Eliza Dushku) e que a Mellie (Miracle Laurie) tivesse uma resolução boa desse triangulo amoroso torto, não eu não vou chorar e dizer como é profundo, pra mim a profundidade emocional dos personagens foi até um pouco mais do que eu esperava.A primeira temporada foca mostrando o agente Ballard perseguindo esse mito urbano (inventado pro seriado), mostrando os bastidores de uma das varias Dollhouses espalhadas pelo mundo e dando a entender diversas conspirações ocorrendo, o problema é que o roteiro do episodio piloto foi esticado em quase cinco episódios normais e boa parte da primeira temporada simplesmente mostravam os diversos usos das Dolls, seja um cara que perdeu a esposa e contrata uma Doll para ter a personalidade da falecida e poder brincar de casinha por um dia, ou um empresário que teve o filho raptado e precisa de uma Doll Rambo, apesar de ser útil pro roteiro geral, em episódios futuros praticamente desenhando a mensagem ‘’lembra lá do episodio tal que teve isso? Então por isso ta tendo isso nesse’’ acabou me perdendo um pouco no clima, sendo leve meio despojado e com tantas conspirações, e intriga, eu não acho que o seriado deveria me passar essa sensação de paz e divertimento, mas sim uma coisa mais tensa. Fala que as Dolls foram contratadas legalmente e depois de cinco anos são liberadas, mostram um soldado traumatizado, mas também mostram uma garota que virou Doll porque não quis transar com um rico poderoso... Teve apenas treze episódios essa primeira temporada e...
SPOILERS (pequenos)
O ultimo episodio da um salto mostrando cerca de quinze anos depois, a terra devastada porque a tecnologia de apagar e ‘’instalar’’ memórias e personalidades saiu de controle, futuro digno do Terminador (mas sem robôs) e a segunda temporada, volta ao passado e continua mostrando a trajetória para esse futuro caótico...
FIM dos SPOILERS
Apesar de saber o resultado o roteiro consegue trazer surpresas na trajetória, as conspirações são mais clichês, mas ainda surpreendem e convenhamos tem clichês que são chatos pra burro e outros que por mais que você já tenha visto milhões de vezes acaba sendo legal pelo contexto.
O clima do seriado continuou me incomodando, mas como já tinha visto o futuro acabei não ligando tanto pras conspirações e relaxei apenas tentando em divertir. E me diverti! Veja bem não é um seriado bobinho tipo o Firefly (que eu sei que é ruim, mas eu gosto) ele apenas poderia ser mais serio, mais tenso e tenho certeza que se tivesse uma abordagem assim teria feito mais sucesso, porque roteiro e personagens marcantes tinha (coisa que Lost nunca teve, sim ainda to puto com essa porra).
O seriado também conta com um final e o final acaba mesmo, responde as perguntas que ficaram no ar, fecha o arco dos personagens, conclui as ‘’missões pessoais’’ de cada um e ainda por cima conseguiu ser bom, porem o episodio mesmo... Nheeeeem rolou até cena estilo Mad Max com caminhão blindado e uns guerreiros urbanos de sobre-tudo e pedaços de armadura (só faltou espetos e mullets). Se você gostar dessa coisa mais nerd bobinha, ou se conseguir desligar o cérebro para essas coisas, vai conseguir enxergar que os personagens mesmo as Dolls que não tem personalidades, são bastante complexos e profundos (é paradoxo).
As cenas de luta contida no seriado são boas, o Ballard luta muay thai e você vê postura e golpes de muay thai, eles apelam um pouco deixando as cenas de luta longas e tentando colocar algumas piruetas, mas ainda passa uma sensação de realidade, com superman punch, clinches seguidas de joelhadas e cotoveladas, a Echo também luta bem na maioria das cenas, porem na segunda temporada ela fica foda demais e eu achei que exageraram, mas eu tenho essa implicância com heroínas porradeiras que continuam com penteado arrumado de, pois de lutarem contra três marmanjos grandalhões.
A trilha sonora é ótima, musicas instrumentais lembram as do Clint Mansell (Réquiem for a Dream, Moon) ou as do Jonh Murphy (28 days later) que misturam musica clássica com eletrônica (mais pro estilo clássico de composição e não tunts tunts) e as musicas com letras casam perfeitamente nas cenas, dando acentuando o clima. Ainda assim rolou Lady Gaga duas vezes, mas fazem parte do contexto com as musicas tocando em casas noturnas.
Nota: 7
Talvez poderia dar oito, mas os personagens são legais, as intrigas e conspirações também, merecia algo mais serio merecia ser mais. Não chega a estragar, mas achei que o clima dado e umas escolhas infelizes, como botar frases de impacto ou os ‘’mad maxes’’ acabaram ‘’forçando a amizade’’. Mas valeu a pena, só que da um pouco de raiva que era para ser melhor.
Para: Iluminati, quem curte cyber-punk (não é cyber-punk, mas da idéias), quem gosta de ficção cientifica.
SPOILERS
Achei demais a Echo ganhar vida, criar uma personalidade própria no meio de varias outras, e perder a personalidade original acabar virando apenas uma parte. O romance do Victor e da Sierra, achei legal, pode zoar, chamar de gordinha sonhadora =P ,mas o conceito é foda, mesmo sem memória, mesmo sem personalidade algo neles faziam querer estar por perto.
A DeWitt é sexy e torci para ela não ser a vilã, psicologia de personagem é osso, mas eu vi algo bom nela e fiquei torcendo para estar certo.
O Enver Gjokaj (Victor) é um ator fodão, conseguiu fazer o Doll estilo ator da malhação, mulher soltando a franga ao som de lady gaga e com a personalidade do Topher ficou muito igual, até as alterações de voz. A Dushku não é tanto, é boa, mas os papeis tipo a velha amiga da DeWitt não ficou legal.
Fiquei com dó da Dr. Saunders e da Mellie. Xinguei o Ballard morrendo, até previ que ela ia fazer upload da memória dele pra viver dentro dela, mas mesmo assim gostei (yep gordinha romântica com pôster de vampiro gay).
E se vocês viram BSG deu pra sacar que o seriado tem o mesmo clima, uma novela com as jornadas dos personagens, tendo ficção e conspiração de pano de fundo, com um final tentando levantar questões sobre os caminhos que a humanidade esta levando com a tecnologia, claro que só quem gosta vê profundidade, mas enfim...
Aaaaaaaaaaaaaaaaaah!!! Era essa série que eu queria baixar...depois voltou pra xing....quer dizer contra dizer....ou dar minha opinião...
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