Ano: 2009 a (Ainda em exibição)
Criadores: Ian Drennan, Brad Falchuk, Ryan Murphy
Gênero: Musical, Drama, Comedia
Colegiais que cantam.
Eu não gosto de musicais, até curto a idéia de ir a um teatro ver um espetáculo musical, mas assistir um filme ou seriado musical é algo que não me agrada em nada, ao invés de entrar no clima da coisa e me divertir eu fico constantemente me perguntando porque ninguém deu uma porrada nesse maluco que começou a cantar feito uma loca no ônibus, porque todo mundo na rua começou a cantar e dançar só porque viu um fazendo isso e coisas do tipo. Como falei eu entendo, porem não consigo entrar no clima e aceitar esse tipo de coisa, eu também acho que existe pessoas que sabem cantar e pessoas que sabem interpretar a musica, uma pessoa que sabe cantar não quer dizer que saiba interpretar a musica, ligue a tv no domingo e veja aquele cantor popular com sua letra sobre ‘’estou sofrendo muito, pois perdi meu grande amor’’ e veja ele sorrindo todo feliz enquanto canta, pra mim isso acaba tirando um ponto importante na musica, que é sua mensagem, e existem vários atores que sabem atuar, sabem cantar, mas que não sabem interpretar as musicas.Com essa informação em mente, vai ser mais fácil para entender minha critica. Da serie: ‘’querido fã da obra se quiser deixar sua opinião bem vindo, mas se quiser encher o saco porque não concorda e quer me obrigar a gostar disso, vai pentelhar outro’’ (não que eu ache que seja necessário, até porque ninguém comenta nada =P).
A primeira vez que ouvi falar de Glee, joguei os ombros pra cima e falei ‘’meh’’, continuando minha vida sem dar importância, ai amigos próximos como a Jeh, o Rocha e até o Ferrark, vieram me falar como Glee era maneiro e divertido, acabando por me despertar curiosidade, afinal geralmente eles não gostam de nada em comum, ai comecei a fazer algumas perguntas sobre, para sondar um pouco. Depois de saber do que se tratava à primeira coisa que me veio na mente foi ‘’tá, isso ai não é o ‘’highschool musical’’, Hanna Montana seila?’’, mas me garantiram que é diferente, que o roteiro é mais interessante, cheio de temas adultos já que os criadores são os mesmos do Nip/Tuck (ai pensei que ia rolar putaria, nip/tuck e tal...) e que era bastante engraçado... E por pura pressão (mentira) resolvi assistir.
E realmente os dez primeiros episódios, foram engraçados, teve um roteiro inusitado, clichê em alguns pontos, mas como é um seriado ‘’adolescente’’ acabou ficando inusitado, com líder do grupo de castidade ficando grávida de um outro cara que não é nem o namorado, a personagem principal ser incrivelmente chata entre outras coisas que deixei para comentar mais à frente, as musicas eram porque eles são de um grupo ‘’glee’’ um clube musical, então eles cantam para ensaiar, nas apresentações, não sendo simplesmente musicas jogadas a esmo, acabando por fazer sentido eles cantarem e dançarem, e apesar da musica ser uma parte importante do roteiro, era sempre em segundo plano, contando com umas três musicas no maximo e todas com uma duração aceitável, sem serem longas demais. E isso tudo me fez gostar do seriado, mesmo sendo um musical, tinha roteiro e o roteiro era interessante, os personagens peculiares também eram um toque extra.
Ai então descobriram a mina de ouro, as musicas vendem como água no itunes e o que era segundo plano foi passando a ser o foco principal, episódios que chegaram a ter nove musicas, eles começaram a cantar fora das apresentações, com direito ‘’entrei no banheiro e agora irei começar a cantar feito um doido’’ e pra mim teve uma queda vertiginosa no nível do roteiro e principalmente no que pra mim definia os personagens, um ou outro episodio tenta resgatar o humor ou mesmo a historia, mas não é o suficiente, pelo menos não para mim.Falarei sobre dois personagens (não vou falar de todos por pura preguiça), o que eram e o que viraram:
Sue Sylvester (Jane Lynch)
É uma treinadora de líder de torcida, ela é uma treinadora incrível ganhando diversos campeonatos e com isso também ganhando fama. Caso você já conheça o trabalho de Jane Lynch é basicamente o papel de mulher ‘’má’’ que fala o que vem na cabeça que ela fez em ‘’O virgem de 40 anos’’ ou ‘’Role Models’’ mas ela era mais má e falava mais absurdos ainda. Basicamente ‘’eu sou o que sou e sou melhor que você’’ forte, independente que não precisa de ninguém e consegue o que quer... Agora ela é a mal comida, só é desse jeito porque não achou um macho que pegue ela de jeito...
Quinn Fabray (Dianna Agron)
Líder de torcida, quase tão má quanto Sue, que era capaz de fazer de tudo para ter o que queria, ficou boazinha aprendendo uma dura lição e agora não tem rumo virando ‘’o velho da montanha’’. O velho da montanha é aquele personagem que nunca aparece, mas do nada surge quando alguém tem um problema, para soltar um conselho, imaginem aquele colega de trabalho ou de classe que vocês nunca se falam, quando você tem um problema ele surge e te da um sábio conselho (super normal né?).
Fora os outros, Kurt era o gay diva, tão diva que não se importava com o preconceito, já que estava à cima de tudo, acabou virando o gay pentelho que deseja que o mundo todo seja gay também, Artie o cara tímido na cadeira de rodas, que virou o ‘’coitadinho de mim’’ é, é chato, coitado do cara na cadeira de rodas, mas fazer de tudo para que o resto do mundo tenha pena e não respeito é demais o cara chega a atuar com smilley de MSN ‘’:(‘’...
E o roteiro como um todo foi ficando a meu ver, ridicularizado... Repleto de dramas de novela, intriguinhas e nada disso realmente trazendo algo para a obra, um exemplo, uma personagem descobre a mãe biológica, tem um encontro emocionado, as duas vêem que não tem muito em comum e não sabem bem como trabalhar a situação, então nos próximos episódios a mãe some e a garota continua exatamente igual era antes desse encontro dramático, não evoluindo absolutamente em nada... Ta eu entendo é um seriado com foco na musica e as disputas adolescentes em busca de aceitação e popularidade, mas não era só isso no começo...
Ainda tem algumas coisas interessantes, a Sue ainda é uma personagem engraçada, a Brittany que é incrivelmente burra e acaba falando também coisas absurdas, a Dianna Agron é uma gracinha, ainda tem alguns momentos engraçados, ainda tem algumas coisas bacanas no roteiro, maiores que simples draminhas supérfluos, mas pra mim caiu demais e eu me dei conta que não me importo com nenhum personagem, não quero saber o que vai acontecer depois, não me interesso se eles vão conseguir encontrar o que procuram.Por ter gostado e perdido completamente o interesse com o passar do tempo...
Nota: 3
Metade do episodio é para as musicas, a outra metade é um roteiro que pra mim não tem conteudo. Conta com atuações inconstantes, alguns são bons atores que surpreendem, outros são péssimos e robóticos e o mesmo vale para as interpretações das musicas, apesar de todo mundo cantar bem, alguns consegue passar sentimento outros apenas levantar questões ‘’porque raios ela faz tanta careta assim!?’’.
Para: Quem curte musicais, quem curte muito seriados adolescentes.
*O comercial japonês é mais maneiro que a serie toda.
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