Diretor: Niels Arden Oplev
Ano: 2009
Roteirista: Nikolaj Arcel, Rasmus Heisterberg (baseado no livro de Stieg Larsson)
Gênero: Suspense, Policial, Drama
O jornalista investigativo Mikael Blomkvist (Michael Nygvist) acusado de calunia contra uma mega corporação, foi chamado para investigar o desaparecimento de uma garota na década de sessenta, uma hacker Lisbeth Salander (Noomi Rapace) foi contratada para investigar a vida do jornalista...
Baseado na serie de livros suecos ‘’Millennium Trilogy’’ que se deu inicio em 2005 e foi concluída em 2007, se tornou best-seller em vários paises europeus, e eu não achei nenhum para ler... Mas pelo que vi retrata as aventuras da hacker e do jornalista.O filme também é sueco e tem cento e oitenta minutos (na versão sueca) e cento e cinqüenta e dois minutos na versão normal.
O começo da historia mostra os fatos ocorridos com o jornalista e a missão dele, de investigar o desaparecimento de uma garota que na época tinha apenas dezesseis anos e na vida de Lisbeth, basicamente a primeira hora de filme é só para entender os personagens, mostrando que Lisbeth foi internada em um hospício com surtos psicóticos e agora com vinte e quatro anos tem um assistente social de ‘’baba’’ cuidando de suas finanças e preenchendo relatórios para ver se ela ainda pode conviver em sociedade.
Essa primeira parte é bastante violenta e sinceramente eu torci bastante e entenderia qualquer surto psicótico de Lisbeth, a garota tromba com um cara na saída da estação de trem e leva um socão na cara e quando tenta se defender um outro da uma voadora (lembrar de tomar cuidado com suecos), depois o assistente social usa de chantagem e estupra ela, em uma cena bastante brutal (não gráfica) e eu torci bastante pra baixar a Jennifer nela (do I Spit In Your Grave/ A vingança de Jennifer), mas a garota mostra bastante inteligência, garra e uma personalidade forte, ela também se sente atraída pelo jornalista que está investigando, a personalidade do jornalista não é bem definida quanto à dela, apenas fica claro que ele é um bom homem, o jornalista entra em um beco sem saída com a investigação do desaparecimento, e Lisbeth consegue identificar a pista, resolvendo mandar um e-mail para ajudar, o jornalista então rastreia e faz uma proposta para que trabalhem juntos.
Daí pra frente é o mistério e você lê o livro ou assiste o filme, tem alguns elementos bem comuns nos livros de mistério europeus, que são linhagens familiares e alguma ligação com o nazismo, no caso a família da garota que desapareceu tem três membros que participaram de um grupo nazista, alem de um envolvimento na trama. A parte investigativa só pecou em uma parte, que foi a dos nomes judaicos, que pra mim foi um estalo de inspiração muito fácil, literalmente parecendo um estalo de inspiração, Lisbeth também tendo memória eidética (‘’memória fotográfica’’) acaba facilitando bastante a trama, não deixa de ser um plot truncado e cheio de reviravoltas, porem o espectador não consegue identificar o mistério, apenas acompanha os dois investigadores explicando e descobrindo os fatos.
Pessoalmente eu prefiro mistérios que de para acompanhar, não filmes previsíveis, difícil de explicar, mas a idéia seria conseguir com as pistas resolver o mistério e não olhar as cenas e ficar evidente o culpado (ainda ficou confuso, mas vamos em frente), a parte boa é que não é nada previsível, e o drama faz um papel importante, mesmo com o começo dedicado à caracterização dos personagens ainda rola mistérios pessoais durante o filme, e a resolução do mistério não acaba com a película, mostrando o que aconteceu com os personagens e dando a entender como foi o ‘’surto psicótico’’ que levou Lisbeth ao hospício.O titulo em português parece nonsense, mas está bem perto de uma tradução literária que seria ‘’Homem que odeia mulher’’ sendo o titulo em inglês The Girl With The Dragon Tattoo a tradução bizarra, alias o titulo ‘’Homem que odeia mulher’’ faz todo sentido durante o filme, que basicamente mostra que os homens na Suécia realmente devem odiar as mulheres, com vários personagens cruéis e muitas partes envolvendo violência contra mulheres, que fique claro que não é daqueles filmes ‘’a desculpa é alertar, mas na pratica é para paus no cu sentirem prazer’’ tipo esses documentários de gente morrendo de verdade, a violência mostrada em Män som hatar kvinnor faz sentido pro roteiro é justamente para mostrar a crueldade e justificar as emoções e ações dos personagens.
A direção, roteiro e atuações são boas, o nível das filmagens também não deixa nada a desejar com produções milionárias americanas, o que faz questionar o remake que já esta sendo produzido, antes que alguém venha dar chilique, se abaixar o som e só ler as legendas, não vai sentir diferença alguma para um filme americano e eu me recuso a acreditar que o publico americano é tão pau no cu que não consegue aceitar legendas e filmes em outros idiomas, sobrando apenas à ganância e a falta de inspiração de Hollywood como desculpa plausível, para um remake de filme bom, com qualidade e recente (‘’Deixe Ela Entrar’’ é outro bom exemplo).
As continuações ‘’Flickan som lekte med elden’’ e ’’Luftslottet som sprängdes’’ foram lançadas no mesmo ano, o que muita gente critica, mas achei ótimo porem não tive oportunidade de ver nenhum dos dois.Eu realmente não quero falar do roteiro, pois achei bastante divertido, o que da pra falar é que o drama se casa com o mistério de uma forma louvável, à parte do pai de Lisbeth é meio confusa, mas porque é explicada melhor nas seqüências (pelo que vi das sinopses), caso não entendeu alguma coisa deixe um comentário que eu tento ajudar, mas recomendo rever o filme que tudo é explicado (com falas mesmo de forma explicita).
Nota: 9
Valeu a pena, fiquei enrolando quase um mês (pela duração muito longa) para começar a assistir mas me prendeu e entreteve durante o filme todo, foi ótima surpresa e vale a pena.
Para: Quem gostar de tramas complicadas, mas com respostas, e caracterização dos personagens.
Recomendo
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