Sim foi inspirado no Conan e sim Kalluha é um licor de café =P
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Kalluha
O dia quente esta quase acabando, e eu continuo andando sem saber se estou no caminho certo, a floresta não é densa a terra é bem áspera bem diferente da terra que chamei de lar.
Caminho com a sensação de estar sendo observado já há algum tempo e começo a me cansar desse jogo...
Caminho mais à frente e vejo uma grande pedra, dou a volta e escuto um som.
Então era isso que meu atacante esperava... Um lugar que pudesse me atacar com vantagem!
Viro-me sacando a espada, mas não sou rápido o suficiente, a besta negra bate com as patas em meu peito me fazendo cair, com meu braço pressionando seu pescoço tento afastar sua boca fedida e cheia de dentes afiados de minha cabeça, mas seu peso em meu peito dificulta ainda mais fazer qualquer coisa.
Com minha mão livre tento alcançar a espada, mas ela esta muito distante. Com um movimento rápido empurro a criatura para o lado girando meu corpo, ela se desequilibra e toma um pouco de distancia, com seus olhos amarelos ela me fita e com seus passos graciosos ela me contorna, sei que espera o momento para me atacar e esta me estudando, tento achar minha espada sem tirar os olhos de meu inimigo, mas ela é esperta e avança em minha direção rosnando. Seu salto é alto e a patada certeira em meu pescoço por pouco não acaba mais rápido esse combate, o sangue pinga na terra seca e a besta volta a me contornar parecendo se divertir com isso.
Ela avança novamente em minha direção, mas dessa vez sou eu que a surpreendo, jogo meu corpo para o lado tirando rápido uma faca que estava guardada em meu cinto e passo a lamina em seu estomago, a besta urra de dor, mas ainda esta de pé ela volta a me contornar, mas agora esta mais prudente, sabe que não serei uma presa fácil.
Desta vez sou eu que avanço em sua direção e consigo fazer um corte em sua cabeça, ela rosna e me ataca com outra patada que acerta minha barriga, dou dois passos para traz depois tento um novo ataque pulando para frente e tentando cravar minha lamina em sua carne, ela fica em duas patas esquivando meu ataque e com suas duas patas dianteiras grava suas garras em minhas costas, giro meu corpo e passo a lamina em seu queixo, a criatura se afasta, eu tento me levantar, ela percebe que estou bastante ferido e avança em minha direção tentando me morder.
Com uma das mãos agarro o pelo de seu pescoço esquivando do ataque, e com a outra enterro a lamina e puxo, mas sua carne é dura... Uso todo o peso de meu corpo e ai sim consigo rasgar seu pescoço. O sangue jorra alto e eu e a criatura caímos, ela cai em cima de minha perna e eu posso sentir seu corpo pulsando ainda e sua respiração ficando cada vez mais lenta, seu sangue quente cai em cima de mim e seu olhar perdido me encontra...
Uso minha outra perna para chutar sua cabeça e tentar que seu corpo pesado saia de cima, mas não consigo, estou fraco e assim como a criatura negra minha respiração é cada vez mais lenta... E então a escuridão me abraça...
Sinto um gosto amargo em minha boca, um cheiro podre me da náusea e sons altos que incomodam, vejo vultos negros se contorcendo em volta de fogueiras, tudo gira em minha volta, sinto frio e dor que me faz encontra com escuridão...
Uma luz forte brilha, sinto um cheiro delicado como rosas, um silencio que me da paz, e uma sensação agradável de calor em meu corpo, sinto como se estivesse sendo tocado por algo tão macio quanto seda, sinto como se estivesse flutuando no ar, o cheiro fica mais intenso e todas as sensações também, cada vez mais e mais, sinto euforia e então todos sentidos somem dando espaço apenas para uma sensação maravilhosa de prazer que parece durar horas e novamente apenas escuridão...
Abro meus olhos e vejo perfeitamente, estou deitado em uma cama. A medida que viro minha barriga para cima tento olhar em volta, parece um quarto de luxo... Olho para o lado e vejo o corpo de uma mulher, sua pele é como bronze, seus são cabelos cacheados e loiros, seu rosto é delicado e forte ao mesmo tempo sua boca é grande, seu corpo é magro mas cheio de curvas. E apesar de não estar entendendo nada do que aconteceu me agrada e muito acordar dessa forma, tento me sentar na cama e meu corpo dói, malditos ferimentos...
Levanto-me e vou ate a janela, afasto o pano grosso para poder ver o lado de fora, estou em um lugar bem alto, parece um tipo de castelo as pessoas em baixo seguem suas vidas.... Escuto um som e me viro.
Ela esta de pé seus olhos de um profundo azul escuro me encaram, agora posso ver com mais clareza seu belo corpo e sua cor que atinge um tom mais escuro devido a pouca luz, ela caminha em minha direção com passos suaves, delicados mas também agressivos e fortes, é inevitável não notar a semelhança dessa mulher bronze com a besta negra que me atacou antes, ainda mais que quando ela finalmente chega perto, me ataca com um beijo lascivo seguido de uma mordida em meus lábios e suas unhas arranhando meu peito.
Ela sorri e segue em direção da porta sem dizer uma palavra, eu a tento impedir mas um velho entra no quarto e fica em minha frente, falando em uma língua que não entendo, mulheres com corpos tão belos e nus quanto a misteriosa mulher bronze invadem o quarto e me guiam ate a cama, tudo acontece muito rápido, algumas delas carregam comida e bebida, tento me acalmar e entender o velho, e um pouco de comida em meu estomago vazio não faria mal, bebo algo doce que uma das mulheres me oferece, e apenas consigo entender algo sobre um ritual de fertilidade e que agora estou prometido a ‘’Kalluha’’, tudo roda, meus olhos se fecham e fica tudo escuro...
Som de goteira, frio, úmido, talvez uma caverna? Abro os olhos, não é uma caverna é uma prisão! Meus braços presos por correntes sob minha cabeça, faço forca mas é inútil, não consigo me soltar, sinto que não estou só mas é tudo muito escuro meus olhos começam a se acostumar.
Escuto um som forte, um rugido, não consigo ver direito, um animal grande caminha em quatro patas em minha direção, ele se ergue em duas seu tamanho é mais que o dobro do meu meus olhos aos poucos podem ver melhor, sinto sua respiração quente em meu rosto e vejo suas presas afiadas, sua boca salivando... Esse monstro então é que é Kalluha!? Firmo meus pés aguardando um momento para atacar, não serei sacrificado para um deus animal...
Vejo uma corrente também prende o monstro, e na outra ponta dela esta uma figura feminina, ela passa a mão nos pelos da fera que se acalma como um animal de estimação, é a mulher bronze que encara meus olhos, me perco com o brilho azul de seus olhos, ela não diz uma palavra sequer apenas abre um sorriso e passa sua mão em meu rosto, seu toque macio tem em mim o mesmo efeito que teve na fera me fazendo acalmar, a porta se abre a luz forte queima minha vista e vejo a mulher caminhando para fora puxando o animal pela corrente, o velho entra em seguida ele empurra minha cabeça contra a parede e despeja um liquido doce em minha garganta por mais que eu tente não consigo e acabo engolindo o liquido que me faz apagar.
Acordo, estou em um palanque ou algo assim, preso tento me soltar já estou farto desse jogo, vejo todo o povo reunido parecem celebrar, o velho esta em minha frente, ele com um simples gesto tem a atenção de todos que ate então estavam dançando e fazendo barulho, ele fala mas não entendo e nem quero entender, quero apenas me soltar e sentir o pescoço dele estalando com minhas mãos em volta.
Paro o que estou fazendo ao ouvir o nome ‘’Kalluha’’ e enfim descobrir que esse é o nome da mulher bronze, que caminha em minha direção graciosamente vestindo um manto negro e me fitando nos olhos com suas mãos para traz. Ela solta o manto ficando nua na frente de todos, mas parece não se importar com ninguém apenas comigo...
O velho continua falando, ele diz que o ritual precisa ser terminado e que os deuses estao contentes, Kalluha espera um filho do guerreiro que derrotou a besta negra e so falta uma coisa para concluir a cerimônia, o alimento que fará com que a criança nasça forte e guerreira...
Forço meus braços a madeira que me prende esta cada vez mais solta, Kalluha me olha como se não quisesse estar ali ela toca meu peito suavemente, não sei o que pensar... Talvez ela... Uma dor interrompe meu pensamento uma lamina me cortou profundamente, tento entender o que acontece, vejo a lamina nas mãos de Kalluha, ela larga o punhal e com as mãos faz uma concha enchendo a com meu sangue, ela bebe como se estivesse com muita sede, e antes de meus olhos se fecharem a imagem que fica em minha cabeça é de seu corpo nu sendo banhado por meu sangue enquanto o povo de sua terra dança e canta comemorando, a criança que esta por vir...
- Alexandre CRUOR
Nesse eu realmente me surpreendi... Esperava um final um pouquinho mais feliz pra ele! =D Mas td bem pq foi um bom texto.
ResponderExcluirHeheheheheh, valeu meus textos sao despretensiosos e eu tenho dois vicios, o de escrever em primeira pessoa e do personagem morrer no final =P Eu tambem pensei em salvar ele, mas ia ser muito apelão depois da revelacão
ResponderExcluirÉ.. eu percebi mesmo que vc gosta de matar os personagens no final! Eu faço isso tbm, acho que se não matá-los, a história fica parecendo um conto de fadas e perde a essência! Acho que é por isso que minhas histórias são na maioria das vezes tragédias heróricas...
ResponderExcluirE onde posso ler suas historias??
ResponderExcluirAinda não estão disponíveis... Não tem nenhuma realmente boa! Mas to pensando em criar um blog. Aí se eu criar um mesmo talvez eu poste algum conto (quando escrever um decente)! =p
ResponderExcluirnháaa aposto que deve ter coisa boa, mas ta exigindo demais, de qualquer forma nao esquece que mandar o link
ResponderExcluirOk.. =D
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