Falarei sobre os ‘’tipos’’ de RPG e outros jogos relacionados.
Leia Mais...Jogos de estratégia
O RPG de mesa evoluiu desses jogos de estratégia. Existem vários tipos, com suas próprias regras e uma infinidade de cenários, como o Warhammer que seria um mundo medieval mágico, com elfos, humanos, demônios e afins, o Warhammer 40,000 que é basicamente o mesmo jogo porem com um toque de tecnologia, Legion of Steel do cenário do MutantChronicles que mostra um futuro apocalíptico, robôs gigantes em Mechwarrior, jogos de guerras históricas, como a guerra civil americana, batalhas de Napoleão e por ai vai. De uma forma bem simplista, seria um WAR (jogo de tabuleiro) mais invocado.
Geralmente para se jogar é preciso do manual (hóoo), uma área para se criar o cenário da batalha e pode ser utilizada miniatura de construções para ilustrar, mas não é necessário, apenas uma área plana e réguas já basta, por ultimo as miniaturas, a estrutura do jogo lembra xadrez, cada unidade tendo uma função/movimentação ou tipo de ataque especifico, e vence quem tiver a melhor estratégia para dominar ou destruir o adversário. Geralmente é vendido como um kit básico, que contem o essencial e podem ser compradas miniaturas e expansões avulsas, no jogo de estratégia não é preciso interpretar nada.
A ‘’possível historia do RPG’’, infelizmente não existem grandes registros confirmando se é verdadeira, mas a idéia é que os criadores do D&D fizeram uma fortaleza para um desses jogos de estratégia e a única forma de entrar nela seria jogar com um grupo de guerreiros isolados (ao contrario das unidades compostas por vários) o jogador acabou interpretando o guerreiro dando inicio as interpretações individuais e ao...
RPG de mesa
Pode ser jogado com miniaturas também, uma das diferenças é o fato de se controlar apenas um personagem, e o uso de tabuleiro/miniaruas é mais para conseguir visualizar o cenário e a cena, tendo uma base de distancia e localização melhor que apenas usando uma descrição oral.
Como falei em meu primeiro texto sobre o assunto, o RPG de mesa possui uma ficha, nessa ficha tem os dados básicos, nome, descrição, ‘’vida’’ (para medir o dano que foi levado), depois disso varia com o sistema utilizado, mas é comum ter os atributos físicos, que vão dizer se seu personagem é capaz de arrombar uma porta usando apenas a força, ou agüentar com seu vigor físico correr atrás de um bandido, ser ágil o suficiente para se esquivar evitando um acidente... Suas perícias, habilidades e conhecimento, se o personagem sabe mais de um idioma, se sabe nadar, qual o tipo de emprego que ele tem, quais cursos fez, o intuito principal é fazer com que o personagem seja completo, e tenha informações suficientes para indicar o que o personagem é capaz de fazer e as chances que ele tem para conseguir. Cada sistema conta com um numero de pontos para que você possa distribuir nesses campos, o valor muda de sistema para sistema, mas a idéia é de deixar o personagem balanceado e que ele seja um pouco melhor que um ‘’humano padrão’’, afinal a intenção é que o personagem participe de aventuras um pouco alem das que um humano normal participaria, um herói de filme de ação é sempre um pouco ‘’mais’’ que uma pessoa normal. Também é possível evoluir com pontos de experiência, parecido com o que acontece nos jogos eletrônicos.
Cada sistema também costuma dar um peso diferenciado para cada campo, no D&D / AD&D a ficha básica não da muito valor a interpretação da personalidade, é uma coisa mais simples que basicamente indica se o personagem é bom, mau, egoísta, não se apegando a detalhes, já o Vampiro: A mascara tem um peso maior, incluindo arquétipos, que indicam se o personagem é um rebelde sem causa, um cara durão, alguém que não esta nem ai pra nada, uma pessoa que procura atenção, na pratica, cada sistema tem seu leque de regras e é focado a um estilo de jogo, com mais interpretação ou mais ação, para que o grupo possa escolher o que funcione melhor, não existe um sistema perfeito para todos, mas sim sistemas perfeitos para determinados grupos. Tentarei falar mais sobre os diferentes sistemas em outro texto e também um post dedicado ao RPG de mesa e como geralmente funciona um jogo.
A principal característica do RPG de mesa é a liberdade de ações, você tem que seguir algumas regras do cenário e da ficha, mas é livre o suficiente para resolver os problemas da forma que preferir, nos jogos de estratégia você é livre para criar emboscadas/ataques da forma como quiser apenas seguindo a regra do jogo, no RPG de mesa vai alem, incluindo diálogos, soluções pacificas, persuasão e uma infinidade de possibilidades. Definir o RPG é complicado, como mostrei existem jogos que tem focos diferentes, alguns jogadores que preferem interpretação, às vezes nem jogam com fichas, já outros jogadores estudam o livro para achar brechas e criar personagens fortes.
Um exemplo de jogo que esta entre o jogo de estratégia e o RPG é o Hero Quest, os personagens não tem personalidade, porem o livro incentiva o jogador a interpretar o aventureiro.
Para facilitar o entendimento entenda RPG como a estrutura, um personagem que tem características únicas, a escolha e liberdade para agir e interagir com o cenário usando os limites impostos pela ficha como base e o resultado de suas escolhas interferindo com a historia. A quantidade de regras, o peso na interpretação e todo resto vão variar de grupo pra grupo, dependendo do que a pessoa gosta.
Aventuras Solo.
São livros interativos, a estrutura geralmente é de um parágrafo contando alguma coisa que pede uma ação do jogador, esse então escolhe entre as opções do texto e lê o resultado.
Ex. Então você encontra uma porta
Deseja abrir? Vá para 32
Bater na porta. Vá para 6
Espiar pela fechadura. Vá para 165
No caso os números representam o bloco em que vai ter o resultado de sua escolha, ele é feito dessa forma embaralhada para evitar que você trapaceie, o nome ‘’Aventura Solo’’ é só para diferenciar, existem vários livros que seguem a mesma estrutura, com nomes diferentes, não é exatamente RPG apesar de alguns possuírem ficha e até mesmo rolagem de dado, mas não são tão livres para escolhas e nem requerem interpretação.
Temos os RPGs eletrônicos, que são jogos de computador/videogame e irei dividir em alguns grupos.
-RPG oriental.
Pessoalmente odeio. RPGs orientais são os mais distantes do RPG de mesa, a ficha quando tem é só focada em habilidades de combate e na maioria das vezes não existe escolha alguma sendo um jogo linear, um Super Mario em que você luta com inimigos e tem um objetivo, não é possível alterar a historia, seu personagem e geralmente não tem escolha para resolver algum desafio de forma diferente, a característica principal esta no design ‘’anime’’, que pode ir do fofo ao bizarro e também é comum o uso de computação gráfica em vídeos. A historia geralmente segue a linha ‘’anime’’ épica, como eu não gosto do gênero, os clichês me incomodam, mas pra quem curte animes, mangas é um prato cheio, porem é um jogo bem diferente do RPG de mesa, já que não segue a mesma estrutura de liberdade.
-RPG ocidental.
Esse ‘’estilo’’ lembra mais um jogo de mesa, porem nem todos RPGs ocidentais seguem a mesma regra, a estrutura básica é. Um cenário, uma missão principal e missões secundarias, que geralmente não interferem na missão principal, nos jogos que lembram mais o RPG de mesa, você é livre para criar sua ficha e agir da forma que quiser, resolvendo as missões da forma como achar mais pratica, jogos antigos como Fallout (os primeiros) ou Arcanum (que não tem ligação com o livro) já mostravam isso, hoje em dia temos híbridos como o Mass Effect que é um RPG misturado com jogo de tiro e que conseguem ser mais RPG que outros jogos da mesma categoria, como o Diablo em que você mata criaturas, pega armas, fica mais forte e basicamente só isso.
-MMORPG e suas siglas variantes.
A idéia seria reunir milhares de jogadores em um único cenário, na pratica não tem nada de RPG, você só cria o personagem e faz missões que consistem em arrumar itens e matar monstros, a interação e interpretação com outros jogadores é opcional, e suas ações na maior parte dos jogos não trazem nenhuma mudança ao cenário, e muitas vezes o jogo não possui uma historia, logo fica impossível de alterar, sendo o principal objetivo ficar forte e conseguir itens raros.
-Sand Box:
Não são reconhecidos como RPG, mas pessoalmente acho que jogos como GTA San Andreas, são mais RPGs que muitos que possuem esse rotulo, são jogos em que você tem uma grande área livre para circular e fazer o que bem entender, Red Dead Redemption, Saints Row são bons exemplos.
‘’RPG de ORKUT’’
Você cria uma profile falso, com foto e informações, porem diferente de uma ficha de RPG ele não possui dados, como atributos, perícias, conhecimento do personagem e muitas vezes nada de personalidade também (no caso a mais comum é ‘’garota safada a procura’’). Esse estilo não tem nada de RPG, e sinceramente acaba prejudicando as pessoas interessadas, os únicos pontos que tem interpretação, ou viram historias interativas em que não existe nenhum fator que determina se a ação foi bem sucedida, os ‘’RPGs de luta-livre’’ no orkut são bons exemplos de como a coisa não funciona direito, lembrando uma brincadeira de policia e ladrão, que não tem parâmetros para definir se o ‘’tiro’’ pegou. Quando tem alguma interpretação o jogo de Orkut funciona mais ou menos como um ‘’continue a historia’’.
PBeM e PBF
São versões de mesa, transportadas para Internet, em sua maioria tendem a ter uma estrutura parecida com o jogo de mesa, ficha, rolagem de dados, interpretação e reação às ações. Porem a definição de RPG às vezes se perde, e existem vários fóruns que o RPG funciona igual ao ‘’RPG de Orkut’’, com o jogador apenas ‘’continuando a historia’’. As regras de mesa, não funcionam muito bem em um jogo on-line, por tornarem as coisas mais lentas, porem a falta de regras acaba virando zona. Para maiores informações sobre PBF clique aqui (requer cadastro e sim o Cruor do fórum lá sou eu)
Live-Action:
Variante do RPG, mas mais focada a interpretação, os jogadores não ficam sentados em circulo, eles realmente interpretam os personagens, caminhando e falando como se fossem os próprios, olhando lembra um teatro de improviso, em um Live-Action a principal regra é não ter toque, afinal ninguém quer alguém se empolgando e dando cacetadas de verdade por ai, as rolagens são resolvidas geralmente pelos mestres/narradores (geralmente é mais de um para dar conta e o grupo de jogadores também é maior para ficar mais animado) e as disputas entre jogadores resolvidas com Jô-Ken-Po (Alex kidd na veia).
Card games:
Apesar de geralmente serem encontrados nas lojas de RPG e em revistas que tratam do tema, a única ligação real com RPG são as empresas que fabricam.
No próximo texto, atendendo ao pedido da Tayla irei mais a fundo no RPG de mesa.
...sobre a história do RPG...simplificando, ela surgiu de um grupo de amigos que jogavam wargames, e como o japa poem no post, ganhou uma dimensão pessoal. A única história da criação do RPG como se conhece hj é essa....se alguém tem outra favor apresentar. Essa história é contada em algumas revistas de RPG, umas extintas outras ainda vivas...e em algumas comunidades de RPG, nunca li ninguém contestando essa versão. Esse grupo de amigos acabaram dando origem ao famoso Dungeons&Dragons.
ResponderExcluirNo mais ótimo post....e um porém, Sandbox não é exclusivo de RPG eletrônico, é exatamente o que foi dito no post, podem haver jogos de ação mais sandbox que muitos rpgs...o sandbox é mais procurado em MMORPGs pela liberdade e possibilidade de um novato explorar e se desenvolver sozinho...até onde li.