Command & Conquer 4: Tiberian Twilight

Ano de lançamento: 2010
Gênero: RTS (Estratégia em tempo real)
Plataformas: PC *Testado rodando Windows XP
Estúdio: EA Los Angeles
Distribuído: Electronic Arts

Esse jogo fecha a serie ‘’Tiberian’’ o cenário principal de Command & Conquer....

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Foram quinze anos e esse jogo foi feito para fechar o arco e encerar a serie que marcou milhares de jogadores, e firmou o gênero de estratégia, implementando vídeos com atores reais, uma historia envolvente e a chance de ver os dois lados de uma mesma guerra, essa analise é um misto de depoimento também, depois de uma semana com o jogo e ter visto o final tanto do NOD como o do GDI eu não sei direito por onde começar...

Vocês já devem saber que é uma das minhas series preferidas e eu estou extremamente triste, não com o final da saga... Mas com esse jogo maldito! QUINZE ANOS!!!

Tentarei me conter e explicar o motivo de minha raiva, para tentar fazer isso aqui uma analise e não apenas um depoimento, e evitar comentários do Roch... De quem não leu tudo pentelhando sobre a nota.

Primeira coisa que chama a atenção é a trava de segurança, a EA investiu uma bela grana e chegou à conclusão que a melhor forma para evitar a pirataria, seria obrigar a quem comprar o jogo ter de jogar on-line, C&C é um jogo que marca pela historia e bem esse seria o fim do arco, nada mais inteligente que pegar um jogo que era para ter uma historia solo marcante e obrigar a jogar on-line. A trava funciona da seguinte maneira, você mesmo querendo jogar sozinho, precisa logar na Internet e manter a conexão ativa para poder salvar o jogo, legal né? Não... Foi prometido que ‘’ traria beneficio ao jogador’’ o tal do beneficio eu não vi, talvez lancem alguns mapas extras para se jogar no multiplayer...

Só isso me faria desistir de uma possível compra, afinal se estou pagando original não vejo sentido em ser punido e obrigado a fazer algo (como ficar logado na Internet), mas é de Command & Conquer que estamos falando e eu como todo nerd, sou burro o suficiente para gastar dinheiro com isso.

Depois de instalar o jogo, configurar e xingar bastante, dei uma espiada no menu, coisa básica, solo, co-op (implementado no C&C3 e no Red Alert 3), skirmish (aqueles mapas que você pode jogar solo contra o pc para treinar) e o modo historia (co-op também é historia), ai já achei estranho a falta de uma opção para escolher com qual exercito eu poderia jogar... Analisarei primeiro o jogo e depois falarei sobre a historia e minha reação.

O jogo conta com uma câmera bem próxima, mais próxima do que no Red Alert 3 e C&C3 o que me causou desconforto, apesar de ter um gráfico bonito, acredito que uma câmera ‘’de perto’’ em um jogo de estratégia retira muito da ‘’estratégia’’ afinal é difícil analisar o mapa. A barra lateral agora fica em baixo, o que incomoda, pois a barra lateral em monitores widescreen funciona melhor, não existe mais recursos e nem evoluir ou mesmo construir bases, quer dizer tem uma coisa parecida, agora você tem três modelos de base móvel, um de ataque, um de defesa e um de suporte (só é possível escolher uma por vez, trocando caso ela seja destruída), essas bases moveis não possuem estruturas (apenas a de defesa como lança-mísseis) e agora tem pontos que te compram pequenos upgrades para suas unidades, e outros pontos que limitam a quantidade de unidades que você pode criar por vez, ou seja, não tem nada que lembre a jogabilidade do Command and Conquer, alias até tem o fato de você ficar recebendo atualizações durante a missão e só, alem da câmera a falta de base, recursos e todo o resto faz com que a estratégia se resuma mais á quem atacar primeiro com o maior e melhor combo de unidades.

Também temos leveis agora, ganhamos XP durante o jogo e passamos leveis, abrindo mais upgrades e unidades, quanto mais você joga mais forte fica e mais unidades pode criar, praticamente a mesma idéia de cards colecionáveis onde temos a idéia de ‘’estratégia’’ mas na pratica não vence quem é o melhor e sim o que jogou mais tempo (no caso dos cards quem comprou mais).

Os efeitos sonoros e musica instrumental não trazem nada de novo, até achei bem genérica as musicas.

Se não fosse pela historia eu acharia que era um universo alternativo ou algo assim, porque jogando não parece nada com o que eu jogava.

O primeiro vídeo você ‘’acorda’’ em uma base militar com serias restrições orçamentárias, vê sua esposa (é bonitinha para uma tia, mas é uma tia nem pra contratarem uma modelo gostosa) e um medico que diz que te implantou com alguma porcaria, esse trambolho basicamente serve para você, receber mensagens do general, se comunicar e assistir tv é basicamente um iphone implantado na tua cabeça (supimpa), ai veio uma velha baixinha e muito estranha usando uniforme militar falando que era a generala e me dando ordens, e eu chocado como a produção do jogo decaiu, nos primeiros C&C os vídeos eram ruinzinhos, mas tentavam dar o melhor, no 3 a produção foi ótima com direito a atores famosos e agora no quarto, nem conseguir me sentir parte do jogo deu.

Lá pra terceira missão do GDI, o que deu para entender é que Kane esta trabalhando junto com o GDI e por isso a irmandade do NOD ficou dividida, os seguidores leais de Kane e um grupo rebelde liderados por um tal de Gideon que nunca ouvi falar até então, a terra ainda esta sofrendo com o Tiberiun e os jornais mostram vários protestos (todos com restrições orçamentárias visíveis)... Kane então revela que tem seu próprio plano e te convida para participar dele. Só na terceira missão é que é possível escolher se quer continuar com o GDI ou seguir a historia do NOD, e eu mais uma vez apliquei todo meu conhecimento de palavras chulas e de baixo calão.

Resolvi seguir Kane (obvio) e descubro que o tal do implante é uma peça fundamental nos planos dele, existiam cinco pessoas com esse implante incluindo o doutor, porque raios vão implantar essa porcaria em gente aleatória e não em seguidores fieis do NOD eu não tenho idéia, mas parece que o doutor não sabia e como ele trabalha pro GDI... O que me faz perguntar, porque raios iriam sair implantando tecnologia alienígena em pessoas aleatórias... Enfim... O tal do Gideon descobriu que o Kane está atrás dessas pessoas e sem saber qual seria a utilidade dessas cobaias ele resolve só de sacanagem sair matando um a um.

Kane na historia do NOD tem alguns fragmentos de sua personalidade que vimos nos jogos antigos, apesar de ter atitudes extremas, não é exatamente mau, ele inclusive salva a sua (minha no jogo sei lá) esposa e em momento algum usa como barganha...

Na sétima missão do NOD descubro que é a ultima. Se eu não tivesse parado para testar uma trial (licença de alguns dias para teste) de outro jogo teria feito final em um ou dois dias. No final da historia do NOD você morre com um tiro da velha generala muito estranha, sua esposa chora te segurando e o Kane entra em um portal (a porra do teu implante servia para abrir o portal) e ‘’ascende’’ voltando para seu planeta de origem... É isso mesmo depois de quinze anos o melhor que conseguiram fazer para terminar a historia é que Kane é a porra de um E.T. que sem explicação alguma só depois de tantos séculos consegue construir a porra do portal e ir embora!

Já a historia do GDI é quase a mesma merda, a velha generala porra loca da um golpe de estado, é traída alguém sem nome e sem explicação te ajuda a fugir junto com ela para ‘’deter o NOD’’, rola uma fase inacreditável, que é com a velha baixinha usando um rifle gigante (e pensar que tivemos a Gina Carano no Red Alert...) e mostrando que é fodona... Acho que ao todo GDI tem oito missões ou apenas sete também, incluindo as três antes da escolha, no final Kane diz que sua esposa (de quem ta jogando) está morta e que ele só quer ir embora, a generala maluca aparece do nada da um tiro em você e o Kane te salva para que possa abrir o portal, Kane ascende, você morre sabendo que sua esposa esta morta também. UAU que historia! Podre... Que final! Medíocre...

E ambas historias terminam mostrando jornais falando dos resultados, que Kane e milhares de seguidores do NOD desapareceram, que o Tiberiun começou a enfraquecer e parou de crescer e se alastrar, e termina com um sujeito que irei citar o comentário de uma sabia pessoa no youtube ‘’E então quinze anos de Command and Conquer termina com um boiola andando pela rua’’. A cena mostra um cara qualquer sendo entrevistado e falando ‘’Kane se foi? Há ta certo’’ *tom de ironia* e ele da as costas indo embora.

Eu quero meu dinheiro de volta, eu quero o tempo gasto de volta, eu quero a lembrança de infância de um dos melhores jogos de estratégia que joguei de volta!

Esse jogo é uma piada de mau gosto, e não é a toa que apenas a imprensa especializada deu notas altas para essa coisa, já a opinião de leitores/jogadores dando notas baixíssimas.

Como fã nota: 0

Pelo jogo: 3

Jogabilidade ruim, devido à câmera, falta de estratégia para um jogo de estratégia, musicas que não empolgam, historia ridícula, falta de novidade para o gênero (mudaram o C&C todo e acabou ficando genérico lembrando um jogo de estratégia em flash) os filmes contam com uma produção medíocre e atores sem expressão, a atriz Iona Morris não é ruim que fique bem claro e meu problema não tem nada com a atuação da mesma, mas sim com a personagem (a generala/coronel ou outra patente qualquer) e com a medonha caracterização. Alias os atores talvez sejam a única parte que merece algum elogio, apesar de parecerem muito genéricos são atores de verdade, já os extras tanto jornalistas quanto ‘’pessoas comuns dando depoimentos’’ deixam a desejar. É um jogo medíocre e só vendeu alguma coisa devido ao nome da serie e o fato de ser ‘’o ultimo’’

Para: Me deixar puto.

Nome dos bastar... Pessoas iluminadas creditados como ‘’roteiristas’’

Dana Melton = foi assistente de roteiro de alguns episódios do CSI:NY também conhecido como o CSI mais chato e parte da produção de alguns episódios do Desperate Housewives

Kal-El Bogdanove = Filho de Jor-El fez o roteiro de um filme independente e do dialogo de pedestres do jogo Infamous

Timothy Cubbison = Escreveu os diálogos de pedestres do jogo Infamous, foi produtor de voz de alguns jogos como Iron Man 2, Avatar: O jogo e Dead to Rights: Retribution

Bennett Smith = Mais um que participou escrevendo os complexos diálogos de pedestres do jogo Infamous...

Como podem ver a EA investiu uma nota para punir quem compra original, deixando o roteiro de enceramento de um clássico de quinze anos nas mãos desse povo altamente capacitado. (ironia)


CUSPA, CHUTE OS BAGOS E FUJA!