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sexta-feira, agosto 02, 2013

Metro: Last Light


Ano de lançamento: 2013
Gênero: Tiro em Primeira Pessoa
Plataformas: XBOX 360, PC, PS3, Wii U *testado no 360 
Estúdio: 4A Games
Distribuído: Deep Silver

Um ano depois dos acontecimentos do primeiro jogo Artyom enfrenta uma jornada pela redenção da humanidade.

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Metro 2033 foi inspirado em um livro de mesmo nome escrito pelo autor russo Dmitry Glukhovsky que virou um best-seller. O próprio autor disponibilizando o livro todo para leitura online (em russo). O livro teve uma continuação em 2009, também disponibilizado gratuitamente (em russo) no site oficial http://www.m2034.ru/ e conseguindo se tornar um dos livros de maior sucesso de vendas na Rússia (sim essa introdução é só pra mostrar que o cara botou o livro de graça e ta ganhando grana), mas essa continuação do jogo não tem ligações com a continuação do livro, apesar do autor ter trabalhado em conjunto com os roteiristas.


Metro: Last Light era a grande promessa da THQ junto com o RPG do South Park, e estavam investindo bastante nesse titulo, os direitos autorais foram comprados quando a editora faliu, mas da para notar que o jogo estava praticamente completo ou quase, porque infelizmente ainda trás algumas características da finada distribuidora.

Os gráficos são bons, mas falta uma polida, apesar de ter rostos bem definidos e cenários abertos muito bonitos com efeitos de sujeira e água em sua mascara de gás (tendo um botão para limpar e a sujeira realmente atrapalham a visão), quando você se aproxima das coisas é possível notar a falta de detalhes, expressões faciais que deixam a desejar e muitas vezes não se alteram mesmo em ocasiões extremas.


A mecânica do jogo é similar a do primeiro, é um jogo de tiro em primeira pessoa, que você precisa usar mascaras de gás, a mascara quebra, fica suja e é preciso trocar os filtros de tempos em tempos, o jogo não conta com marcadores, você sabe que é hora de trocar o filtro pelo som ou observando seu relógio (do jogo), sabe que precisa trocar de mascara quando vê ela toda detonada, que esta ferido com efeitos na tela e tem um sensor que indica se esta visível (em lugar iluminado ou não). Da para jogar mais stealth, sendo prudente pelas sombras, da para evitar confrontos indo com cautela... A produtora fez uma campanha dizendo que o nível mais difícil é o nível planejado, o nível ideal para se ter a melhor experiência do jogo, e é verdade, com menos filtros, menos munição e podendo morrer mais facilmente, só que o modo é um DLC pago para aqueles que não fizeram a pré venda...

Digo que é verdade porque a graça do Metro, não é sair dando tiro feliz da vida matando tudo que se mexe, mas sim a sobrevivência e principalmente a historia/cenário, que é bastante rico, mostrando a civilização russa tendo que sobreviver escondida em metros, se dividindo em facções, incluindo um grupo (grande) comunista e um nazista (igualmente grande), o jogo mostra muito bem o cenário, a dificuldade que passam, a cultura que se perde, pequenos aspectos como alimentação e como funcionam essas estações de metro que viraram pequenas cidades. Também faz um belo trabalho com a ideia do roteiro que é de redenção e sobre humanidade, mostrando perdão, esperança e compaixão, mesmo nesse cenário absurdo (e tem monstros mutantes por causa da radiação também).

As dublagens são boas, infelizmente nem todos os personagens da dublagem americana tem sotaque russo e eu achei bastante difícil de acompanhar as legendas na dublagem russa (afinal se é pra jogar em algo ambientado na Rússia, com russos quero ouvir os caras falando russo e não inglês).


A única critica maior é do uso de nudismo desnecessário e polemico (mamilos), que só serve pra dar um sorrisinho e falar ‘’peitinhos’’ se dando conta que ainda não virou adulto, mas que não influenciam em absolutamente nada na historia.

Nota:

Ainda tem o problema do primeiro, com savepoints que podem te colocar em apuros, sua mascara destruída pouco antes de ter que enfrentar inimigos e te obrigando a voltar o jogo todo, ou se tornar bom no jogo de uma hora pra outra. Não é nem de perto o melhor jogo de tiro em primeira pessoa já feito, é apenas um jogo OK, mas a historia é muito boa, a trilha sonora também faz um trabalho de primeira, mostrando a tristeza e solidão que esse povo sente, tentando sobreviver no cenário pós-guerra nuclear, de cidades destruídas e monstros mutantes saídos de pesadelos.

Para: Sonhar com um jogo mais puxado para o RPG, te dando liberdade para passear, interagir e podendo ter um impacto e ‘’viver’’ mais nesse riquíssimo cenário. Ainda mais porque meros pescadores são obrigados a usar bombas de cano para enfrentar camarões gigantes, se pescador já é aventureiro imagina as possibilidades!

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