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sábado, março 09, 2013

Hitman: Absolution


Ano de lançamento: 2012
Gênero: Ação/Stealth
Plataformas: XBOX 360, PC, PS3 *testado no 360
Estúdio: IO Interactive Distribuído: Square Enix, Eidos Interactive

Nova entrada na serie de jogos sobre o assassino de aluguel 47.

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Nunca me interessei por Hitman, a minha primeira experiência achei o jogo confuso, não tinha saco para tentar entender porque perdia pontos matando inimigos e coisa do tipo, o filme sem graça com o Timothy Olyphant também serviu para manter meu interesse ausente. Mas esse tava bonito e eu tive a oportunidade de jogar sem precisar comprar, então...


Como falei eu não joguei a serie e achei o filme ruim, então não sei muito da historia alem do que pesquisei nas wikipedias da vida. O roteiro de Hitman: Absolution dá para entender caso tenha começado com ele, mas ‘’qual é’’ a dos personagens nem lendo a respeito, acho que só jogando mesmo os outros jogos é que da para entender direito.

É um roteiro serio, mas tem muita bizarrice e é realista, mas tem muita coisa forçada, por exemplo, o roteiro tenta passar uma imagem seria e dura ai joga um grupo de freiras sexy’s assassinas usando maquiagem gótica e roupas de látex, parece um filme estilo ‘’Tarantino’’, mas com a intenção de ser todo serio, com delegados sado masoquistas, clones, soldados geneticamente modificados, tem até um ‘’Danny Trejo’’ (mexicano inspirado no ator) gigante bombado. São coisas legais, mas a forma seria que o jogo tenta passar não combina com seus personagens atípicos e o roteiro mesmo é bem genérico, 47 faz um trabalho para a agencia ICA para matar sua antiga colega Diana Burnwood que se tornou uma traidora ao fugir com uma garota que era cobaia da agencia, mas 47 decide ajudar a menina e atacar seu antigo grupo.

Tem momentos interessantes, mas é uma mistura que não combina, da para enfrentar o mexicano gigante em uma jaula com você disfarçado de luchador mascarado (supercool/massa vei) e momentos mais dramáticos. Ao que parece fecha um arco que é o do agente e sua agencia e abre outro com um policial na cola de 47, mas se você se concentrar apenas nesse jogo fica tudo meio confuso e superficial.

O jogo é em terceira pessoa e pode ser jogado de varias formas, a liberdade é a melhor coisa, você pode ir atirando sem dó, você pode ir se esgueirando, pode matar todo mundo, só os bandidos, só os alvos, mesclar tiros com stealth, enfim você é livre para jogar da forma como achar melhor, no entanto tem a ‘’forma certa’’ que te dá mais pontos, que é a de matar apenas os alvos (geralmente dois ou apenas um) causando acidentes e evitar todos os outros possíveis inimigos sem ser visto. O que gera certo problema principalmente se você levar o roteiro a serio é confuso a ideia de poupar os bandidos que mataram pessoas que você tem alguma consideração simplesmente porque o jogo não marca eles como alvos e você quer ganhar o máximo de pontos.


Mas a mecânica do jogo funciona bem, sair metendo bala é divertido como em qualquer outro jogo em terceira pessoa e o agente 47 conta com ‘’poderzinho’’ que deixa tudo em câmera lenta e você pode também ‘’programar tiros’’ parecido com o que tem no Splinter Cell: Conviction, marca os tiros nos alvos e depois solta o ‘’poder’’ e vê seu agente dando sequencias de tiros certeiros e apagando uma serie de inimigos em sequencia, tem uma boa variedade de armas também.

É possível criar armadilhas com bombas ou atrair inimigos para acabar com eles, as armas improvisadas são em grande variedade, mas as execuções com elas deixam um pouco a desejar, mas caso preferir jogar de uma forma mais ‘’Manhunt’’ psicopata matando seus inimigos um a um com objetos mundanos, também é bem divertido (usando machado no milharal, vestido de espantalho que o diga).

E o stealth que realmente precisa ser stealth, se esgueirando com cuidado, analisando os movimentos dos inimigos e o cenário a sua volta para planejar o melhor momento e dependendo do nível de dificuldade, com inimigos encontrando poças de sangue e ficando atentos mesmo que você tenha se preocupado em esconder o corpo, os cenários oferecem bastante variedade de elementos e te incentiva a procurar pontos estratégicos para criar armadilhas, seja derrubar um lustre que está meio solto, usar eletricidade em água, colocar venenos em comidas ou dar aquele empurrãozinho amigo no alto de um prédio.

As dublagens são boas, a trilha sonora é interessante, não marca, mas da o clima certo. Os gráficos são bons, no jogo mesmo não chegam a chamar a atenção, mas as cutscenes são bem feitas, apesar da dublagem ligeiramente fora de sincronia a movimentação dos personagens é muito boa.


Tem também um modo que permite criar suas próprias missões com as fases do jogo.

Nota: 8

É um bom jogo, eu achei que não combina muito as ideias do roteiro do jogo e por mais que te permita jogar de diversas formas é chato ver um monte de ponto negativo no final da missão porque você escolheu jogar diferente, mas ainda assim te da uma liberdade incrível e é bem divertido, o roteiro mesmo por mais bizarro que seja e que não combine ainda assim tem bastantes momentos interessantes.

Para: você ‘’jornalista’’ extremamente ‘’competente’’ fazer aquela matéria ‘’intelectual’’ com adolescentes jogando isso e usar alguns ‘’estudos’’ de psicólogos ‘’renomados’’ mostrando ligações entre jogos violentos e a violência real nas ruas.

 

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