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sábado, novembro 26, 2011

Smallville



Ano: 2001 a 2011
Criadores: Alfred Gough, Miles Millar
Gênero: Drama, Aventura

Sobre a juventude de Clark Kent em sua cidade natal e a trajetória até se tornar o homem de aço.

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2001 era uma época em que os seriados ainda podiam ser cafonas e se dar ao luxo de não precisar se preocupar tanto com a realidade, a idéia de um seriado mostrando a adolescência de um herói de quadrinhos também era algo inovador em uma época que os quadrinhos ainda não tinham caído na graça de Hollywood, ou melhor, já tinham caído, mas eram grandes porcarias sem o mínimo de preocupação (salvo algumas exceções).

Smallville reflete bem essa época, sua primeira temporada era praticamente com episódios semi-soltos, em cada um dos episódios Clark (Tom Welling) enfrentava alguém que foi ‘’contaminado’’ por um pedaço de Kryptonita e ganhou poderes de resto temos ‘’Clark no colegial’’ com um núcleo de amigos que já demonstra mudanças significativas com os quadrinhos, Pete Ross (Sam Jones III) negro, Lana Lang (Kristin Kreuk) morena e uma personagem que não existia a grande amiga de Clark, Chloe Sullivan (Allison Mack), sendo mais um seriado drama-adolescente do que um seriado voltado para os fãs dos quadrinhos, o grande destaque fica por conta de Lex Luthor (Michael Rosenbaum) e o relacionamento com Clark e seu pai Lionel Luthor (John Glover) que é outro personagem que não existia nos quadrinhos.

A formula segue por mais uns anos, e um verdadeiro arco-íris de kryptonita é apresentado e os mais variados efeitos, Clark e o relacionamento complicado (platônico, chove/não molha) com Lana, a descoberta de novos poderes e sua verdadeira origem, são o grosso para as cinco primeiras temporadas que mostram Clark completando o colegial, as mudanças com os quadrinhos continuam, temos versões mais ‘’realistas’’ de outros personagens, o cão Krypto que é um cachorro comum, o ‘’Impulse’’ que era para ser a versão adolescente do The Flash, que usa uma blusa vermelha com o símbolo do raio e o gorro levantado como uniforme, Aquaman usando uma bermuda verde e uma camisa laranja, o próprio Clark sempre com uma camiseta azul e jaqueta vermelha, o Mxyzptilk sendo um russo adolescente aparentemente normal com poderes (e acho que outro nome), Cyborg visivelmente normal...

Até então apesar de ser bem bobinho, era interessante como um drama adolescente, mas já apresentava grandes discrepâncias quanto os quadrinhos, sendo a principal Clark virando um atleta colegial, a personagem Chloe Sullivan tendo cada vez mais destaque na vida dele e o fato mais marcante é o Super-homem perdendo a virgindade. Mas ainda assim era divertidinho, seguia um caminho diferente dos quadrinhos, mas ainda respeitava de forma aceitável.

Na sexta temporada começam a acontecer às discrepâncias maiores, a grande maioria indo contra o que os quadrinhos apresentam, com Clark cada vez mais confiante e heróico (chegando a ter piadas com ele usar óculos para se disfarçar), trabalhando no Clarin Diario, o começo do relacionamento com Lois, o principio de uma ‘’liga da justiça’’ sem ao menos Clark ainda ter se tornado o Superman, mais versões são apresentadas, Ajax (Vingador de Marte) tendo uma aparência normal, Jimmy Olsen sendo um cara até que descolado, o Arqueiro Verde virando de vez um personagem fixo e assumindo o papel que o Batman tem nos quadrinhos (o romance com a Lois, ele ser o cara que ‘’peita’’ Clark, que o lembra sempre que ele é o homem mais poderoso da Terra e não pode se dar ao luxo de ficar com frescura), Canário Negro sendo uma garotinha sem graça, ‘’Tess Mercer’’ que veio a ser a irmã de Lex... Da a impressão que o seriado tenta mudar a cara de ‘’novelinha’’, mas são tantas mudanças com os quadrinhos que parece que os autores não se importam com a mídia de origem, até a nona temporada tempos repetições de temas, com novas cores de Kryptonita sendo descobertas, ‘’versões maleficas’’ de Clark que acabam sendo sempre as mesmas (metido, egocêntrico e mal) com origens diferentes, as próprias versões dos vilões e heróis, que acabam ficando mais irreais que as versões nos quadrinhos.

O Arqueiro Verde é um ótimo exemplo, no seriado ele usa um colete com gorro e sem mangas de vinil verde e óculos escuros, ao invés do traje inspirado no Robin Hood, não, ele não vai usar uma mascara porque ninguém sai por ai usando mascara, ele vai usar um óculos escuro em noites escuras, que é muito mais real e pra ficar mais maneiro o óculos vai ser hightech e a roupa de vinil brilhante.

E a coisa que mais me chocou foi a Lana ganhando super poderes com kryptonita e virando heroína, mas tendo que se afastar de Clark para não o ferir com os efeitos do meteoro, que pra mim foi o cumulo da novela mexicana.

O destaque fica para uma ou outra aparição de herói ou vilão dos quadrinhos, que sabe-se lá porque foram tratadas de forma seria e razoavelmente fiel, como a Zatanna que usa uma roupa idêntica ao gibi e tanto seus poderes quanto sua origem foram fieis, ou a Máxima, porem em paralelo temos o Apocalypse que é apresentado sendo praticamente uma versão do ‘’medico e o monstro’’ um cara normal que se transforma e o visual é idêntico aos quadrinhos. Algumas aparições especiais como o Christopher Reeve e a Teri Hatcher (Lois da porcaria do seriado Lois & Clark) na décima temporada

A décima temporada já era de conhecimento publico que seria a ultima e o que se esperava era a resolução de todos os assuntos pendentes e Clark finalmente assumir a identidade de Super Homem e aprender a voar. Mas temos a mesma lengalenga de outras temporadas, com direito a episódios ‘’engraçadinhos’’ um inspirado no filme Matrix e um no Hangover (Se beber não case) fora que o seriado tenta ficar mais fiel aos quadrinhos mesmo já tendo perdido a oportunidade, forçando Clark a usar óculos e assumir uma postura mais desastrada, chegaram ao cumulo de ‘’tirar da cartola’’ um irmão para Jimmy Olsen (que tinha morrido em temporadas anteriores) e estranhamente continuando com versões próprias mostrando Darksaid como uma ‘’energia maligna’’, Desaad um cara normal dono de clube de fetish, o Deathstroke (Pistoleiro) que ao invés de ser o ‘’ninja pistoleiro’’ dos quadrinhos é uma espécie de cowboy com sobretudo e chapéu mais parecendo um Billy: The kid...

As atuações são inconsistentes, com alguns bons atores e outros que deixam bastante a desejar. Os efeitos especiais eram bacanas no começo, mas não evoluem com a serie.

Nota: 4

Smallville dês de seu inicio foi diferente aos quadrinhos e mais puxado ao drama, na metade da serie ele foi quase por completo focado na parte dramática e tentou retornar as idéias dos quadrinhos apenas nas ultimas temporadas. Mas mesmo com suas diferenças e o drama adolescente, a forma como um personagem já tão conhecido sendo apresentada tão diferente do que se esperava, acabava entretendo, com o tempo (já na segunda temporada) foi ficando cada vez mais arrastado e me deu a impressão que de certa forma terem tido sucesso nessa versão diferente, acharam que daria para fazer com todo mundo da DC e que iria ser aceito da mesma forma. E não conseguiu, a incoerência nas mudanças acaba por ser um dos motivos que a grande maioria dos heróis apresentados, não chama a atenção justamente por perder o carisma e seja o visual ou a personalidade que os tornava marcante.

A demora para que Clark se tornasse Superman também serviu para prejudicar ainda mais, já que tinham que enrolar. No meu caso se tornou um daqueles seriados que já acompanhei durante tanto tempo que mesmo achando um lixo, eu continuei apenas para ver como termina.

Para: Acompanhar até o episodio de formatura (o do tornado). E fingir que o seriado acabou ali e o resto é o que todo mundo conhece do azulão.

http://youtu.be/sbKlDTsO7CY

3 comentários:

  1. realmente fizesse uma análise de Pequenópolis? Ou eu tô delirando?

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  2. é um sonho, acorda 9 horas da madrugada nas ferias da nisso

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  3. Uma das piores séries q eu já vi,merecia um -4

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