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sexta-feira, novembro 11, 2011

Black Swan (Cisne Negro)



Diretor: Darren Aronofsky
Ano: 2010
Roteirista: Mark Heyman, Adres Heinz, John J. MacLaughlin
Gênero: Drama, Suspense

Uma dançarina de balé ganha o papel de rainha cisne na obra ‘’Lago dos Cisnes”, mas para executar o papel ela precisa entrar em contato com seu lado negro...

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Assisti a esse filme hoje dia vinte de junho de dois mil e onze (sabe se lá quando vou postar a analise) e o que eu sabia do filme era que, a trilha sonora foi composta por Clint Mansell um compositor que gosto bastante, que a Natalie Portman se agarrava com a Mila Kunis e que ganhou o Oscar em alguma categoria (foda-se o Oscar).

E acredito que isso foi fundamental para minha opinião para esse filme. Quando um filme ganha um premio grande ele, ganha automaticamente destaque e tudo que ganha fama é alvo de criticas sem fundamentos, seja positivas ‘’esse filme é muito bom por ser muito bom, não entendi nada, mas é bom afinal ganhou o premio’’ ou negativas ‘’ganhou o premio é overrated e ali nessa cena onde ela olha para direita e depois para a esquerda foi copiada de um filme muito superior e obscuro que apenas meia dúzia de pessoas conhece’’...

Black Swan não é filme simples, mas não irei tentar incentivar ninguém a interpretar ou entender da forma como entendi, por isso irei dar minha interpretação apenas no final da analise.

O grosso do roteiro é simples Nina (Natalie Portman) é uma bailarina que sonha em ter destaque em sua companhia. Seu grupo de balé está fazendo uma releitura do Lago dos Cisnes e decidiu aposentar a estrela, Nina é doce, delicada e frágil perfeita para o papel de cisne branco, mas Lily (Mila Kunis) é espontânea, sensual e perfeita para a contra parte o cisne negro. Nina então se sente ameaçada e sabe que para conseguir o papel, ela deve lutar contra si própria e para ser perfeita ela deve descobrir como emular ambos os lados. (O Papel do cisne branco e o preto devem ser feito por uma mesma pessoa devida sua simbologia)

Sim eu sei que ao ler isso você deve estar imaginando um dramalhão chato pra cassete. Mas não é. Nina tem vários problemas psicológicos e isso tem grande importância na forma como o roteiro e a direção seguem, no entanto é bem sutil seja com a trilha sonora mais sombria, cores mais escuras e pequenos detalhes que identificam quando os problemas de Nina estão se manifestando e caso você não preste atenção nas nuances provavelmente não vai entender muito bem o que está acontecendo.

A direção, trilha sonora e o roteiro como falei trabalha com detalhes, eu gostei bastante, mas pela sutiliza acaba contribuindo para que o filme fique confuso dando margem para interpretações.

E é justamente nas interpretações do publico que faz com que esse filme seja bom ou ruim. Dá para enxergar apenas um drama confuso, ou um suspense/drama psicológico.

As atuações são ótimas, até mesmo a Mila Kunis que eu tinha minhas duvidas em papeis que exigissem mais, já que estou acostumado com a voz da Meg do ‘’Family Guy’’ e geralmente isso me distrai.

Nota: 9


A parte técnica é incontestável, mesmo a direção que usa bastantes cenas com apelo sexual forte, que a meu ver faz um papel fundamental na transformação de Nina e apesar de cenas fortes (pornô softcore), não tem nudismo ou um exagero. O roteiro varia pela interpretação pessoal e eu aconselho a tentar assistir por conta própria (já consciente que é um roteiro complicado) e tirar suas próprias conclusões não sendo influenciado por nada.

Minhas conclusões

Nina sofre de bulimia e outros distúrbios psicológicos, sua mãe é frustrada por ter desistido da carreira de bailarina ao engravidar, mas ainda assim se preocupa com ela. As cenas que dão a entender que a mãe é uma vilã, na verdade mostram o contrario, não tem tranca no quarto e Nina não tem privacidade por se mutilar e não por repressão da mãe, a cena do bolo é uma forma de tentar forçar Nina a comer (ela vomita logo antes, perde peso até o dia do ultimo ensaio e reclama do estomago, bulimia).
Thomas (o diretor do balé) é um puto com poder que quer uma nova estrela, não só para obra, mas para se divertir. Em varias cenas me deu a entender que ele tinha algo a mais com Beth e fica bem explicito que ele não quer só uma nova estrela com Nina.
Lily é uma garota legal que assusta Nina e todas as cenas em que Lily parece ‘’a vilã’’ na verdade é a paranóia e os delírios de Nina (Lily seguir, transar com Thomas...) e na cena das drogas Nina viu e até mesmo perguntou quanto tempo dura a ‘’viagem’’. Digo que são os delírios, porque só Nina vê ou está presente quando algo ‘’ruim’’ acontece e se notar a musica fica mais pesada, e as cores em cena escuras.

E o roteiro é sobre essa menina doce entrando em contato com seu lado negro, travando uma batalha não para ter o controle, mas para libertar essa escuridão e no final ela consegue por isso as cenas dela se transformando em cisne, com o final ela sendo perfeita com suas duas contra partes e ela adorando isso...

Recomendo

Um comentário:

  1. Foi um filme que me surpreendeu muito. Esperava um filme sobre a briguinha besta de duas bailarinas por um papel, mas o filme está longe disso.
    Todo o conflito interno de Nina fica subentendido no roteiro, não é aquela coisa escancarada, aquele tipo de filme em que todas as conclusões são dadas mastigadas e vc só tem que engolí-las. Nesse filme, o expectador tem poder de pensar sobre o filme.
    Mas tbm não é um filme que pretende ser super complexo e obscuro, onde ninguém vai entender nada, mas vai se achar super cult.
    Achei o roteiro bem criativo, o filme muito bem feito em todos os aspectos e recomendo, claro.

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