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sábado, outubro 01, 2011

Wishmaster (O mestre dos desejos)



Diretor: Robert Kurtzman
Ano: 1997
Roteirista: Peter Atkins
Gênero: Horror

Uma raça criada depois dos anjos e antes dos humanos chamada Djinn tem um enorme poder, mas só pode usar ele ao conceder desejos, após ser libertado e realizar três desejos ele poderá abrir um portal mágico trazendo os outros de sua raça...

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Ficou meio confuso? Que bom, pois a idéia mitologia mostrada no filme é meio confusa mesmo, antes você pode estar achando estranho ali na ficha técnica que não tem o nome ‘’Wes Craven’’ ainda mais se já viu alguma capinha desse filme, já que a grande maioria tem o nome ‘’Wes Craven’’ em destaque junto com o titulo, acontece que o Wes Craven apenas foi produtor executivo, produtores executivos não se envolvem com nenhum processo técnico do filme, apenas são responsáveis pela produção, tipicamente cuidando da parte legal da coisa, como ele é bem mais famoso que qualquer um dos envolvidos o que temos é uma típica jogada de marketing, para fazer o publico pensar que é um filme do Craven sem que esteja escrito isso em lugar algum e assim caso alguém não goste de ter sido enganado não tem prova que foi realmente enganado, e porque estou explicando isso? Para tentar mostrar que a indústria do cinema sempre usou de artimanhas legais para obter lucro? Como forma de protesto contra as empresas que tratam o consumidor como otários? Não! Nada disso, apenas para enrolar um pouco... =D

Essa coisa de Djinn é mais antiga que esse filme, em varias mitologias tem os seres que concedem desejos, na maioria é em troca de algo ou o resultado do desejo não é o esperado, basicamente é a idéia que não existe nada gratuito e para tomar cuidado com o que deseja, no caso do filme mostra uma versão árabe, o Djinn estava concedendo desejos para um faraó e o mago do reino conseguiu aprisionar a criatura em uma pedra, antes que ela pudesse ficar livre com o terceiro desejo, apesar do filme concentrar boa parte do roteiro para a mitologia do Djinn, pouco é explicado e a idéia de modo geral tem bastantes furos e perguntas sem respostas, até ai tudo bem o que desaponta é terem usado a técnica ‘’político se explicando’’ fala, fala e não diz nada.

A historia do filme é que aconteceu um acidente por causa de um trabalhador bêbado que acabou causando na destruição de uma estatua, fazendo com que a pedra que estava escondida dentro fosse parar nas mãos de uma avaliadora de jóias que sem querer libera o Djinn, o Djinn por sua vez sai concedendo um desejo para qualquer um em troca da alma e quando ele estiver forte o suficiente é hora de conceder os três desejos para a pessoa que o liberou e assim poder abrir o portal, se a pessoa não quiser fazer os desejos o Djinn vai tentar obrigar ela a fazer, ferindo os entes queridos, e tentando enganar.

Tirando os furos da mitologia a parte que é mais chata no roteiro é a forma infantil que é tratada, alem dos ‘’fucks’’ incluindo do próprio Djinn, o filme tenta mostrar esse ser como ‘’O fodão’’ O diabo que engana todos, ardiloso e corrupto, só que é vencido de uma forma muito simples e a maioria das mortes e desejos que dão errados, não é por má escolha dos desejos, mas sim por má escolha de palavras, tipo ‘’quero ver você passar por mim!’’ e então o cara vira uma porta... ‘’Quero que você se mate Djinn! Estoure seus miolos’’ ai o Djinn depois de estourar a própria cabeça com um tiro ‘’Eu sou eterno não posso morrer’’, eu tava vendo a hora que o Djinn iria gritar ‘’Ráaaa, pegadinha do malandro’’.

Atuações aceitáveis, trilha sonora deixa a desejar, direção e roteiro concentram muito na mitologia, mas acaba deixando mais perguntas do que respostas.

O ponto forte do filme fica por conta dos efeitos especiais que para época eram bons, e mesmo hoje em dia tem algumas cenas bem convincentes (tirando a maquiagem do Djinn).

É impossível não achar algumas similaridades com a serie ‘’Hellraiser’’, tudo bem que o roteirista escreveu alguns filmes dessa serie, mas rola umas cenas muito parecidas.

E bem eu sinceramente acho a idéia de um ser com milhares de anos, ardiloso e super poderoso, muito apelão e a idéia de um humano de merda derrotar o ser com um simples detalhe muito forçado, talvez eu até esteja pegando um pouco pesado com o filme por essa minha aversão.

Nota:4


Só vale pelos efeitos especiais, se você viu quando era criança e guarda uma memória boa dessa época, ou se não quer pensar muito. É fraquinho.

Para: Mestres de RPG que acham essa a melhor idéia do mundo (quem já jogou D&D alguma vez na vida, já se deparou com um gênio pau no cu, fica a dica para o terceiro desejo ‘’desejo que você deixe de existir’’).

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