Ano de lançamento: 2010
Gênero: RPG de Ação
Plataformas: XBOX 360, PC, PS3 *testado no 360
Estúdio: Obsidian Entertainment
Distribuído: SEGA
Michael Thorton acaba de ser ‘’convocado’’ para um grupo clandestino chamado Alpha Protocol, esse grupo é responsável por operações secretas para o governo americano.
Um exemplo triste de como funciona o mercado hoje em dia, um projeto audacioso envolvendo a Obsidian (Neverwinter Nights, KOTOR II) e a SEGA que foi lançado aparentemente às pressas e somado com a má vontade da impressa resultou em vendas fracas eliminando a possibilidade de uma continuação que seria merecida.
Eu realmente detesto a impressa de games e como vocês já devem ter reparado apesar de gostar muito de games, não sou lá muito chegado a gamers principalmente esses que tem opinião formada por ‘’hype’’ de analises, sim eu sei que isso é uma analise, mas a função não é a de formar a sua opinião através desse monte de palavras e sim fazer com que você tenha uma idéia do que se trata e possa conferir caso te interesse e assim depois de jogar dar sua opinião... E o que acontece é o contrario, jogos que tem os defeitos ignorados gerando uma comoção e fazendo vários gamers que nem jogaram já terem uma opinião a respeito, e outros jogos ridicularizados que passam despercebidos.
Mas chega de ficar divagando e vamos a analise do jogo.
Alpha Protocol infelizmente parece um jogo Beta (ráaaaaa) a quantidade de bugs gráficos, principalmente os de textura é impressionante, é comum ter momentos em que você esta escolhendo sua arma e a textura não carrega lembrando um gráfico de Nintendo64, alguns personagens são bem feitos outros que seriam importantes na historia tem modelos bem tortos, e eu presenciei dois bugs que me impediram de avançar, nada muito grave já que foi logo depois de um save point, só precisei carregar o jogo de novo e tava tudo certo, mas não da pra negar que foi lançado antes de estar realmente pronto.Como é um RPG de ação, eles tentaram balancear e tender um pouco mais para o lado RPG da coisa (um pouco mais RPG que o Mass Effect 1) com vários poderes, classes, upgrades e afins, e o menu para utilizar tudo é um pouco confuso no começo, assim como em qualquer jogo de RPG de ação temos o problema da mira, você esta mirando na cara do inimigo e o tiro erra, apesar de achar que a solução mais pratica é uma mira que vai aumentando conforme você compra atributos na arma e assim facilitando acertar o alvo ou então uma mira que treme e vai ficando estável conforme você evolui, a solução do Alpha Protocol foi interessante, se você segurar a mira no alvo ela vai se fechando, quanto mais tempo segura mais certeiro é o tiro e isso também faz um ‘’acerto critico’’ causando maior dano, no caso vai precisando de menos tempo para a mira se fechar conforme você evolui.
Apesar de ser uma solução interessante acaba frustrando jogadores acostumados com as miras semi-automáticas dos jogos atuais.
As dublagens apesar de boas não têm sincronismo, a trilha sonora é fraca e tem horas que lembra demais algum filme do 007.
No entanto o jogo é bastante interessante, a mistura de RPG com ação foi na medida certa, à parte ‘’técnica’’ do RPG se resume mais na ficha, por exemplo, logo que é convocado você tem uma lista de backgrounds que funcionam como classes, cada uma favorece três atributos específicos, tipo espião, é mais furtivo, tem habilidade com pistolas e (acho) com luta corpo-a-corpo, mesmo escolhendo uma classe é possível customizar no futuro, então você pode ser um espião que gosta de escopetas fazendo bastante barulho (não que seja lá muito coerente, mas enfim). Alem da classe recruta que você começa sem atributos e com possibilidades de diálogos de ‘’recruta’’ tem a do veterano que você abre depois de fazer final como recruta, ganhando bastantes pontos de atributos, itens e também tendo diálogos especiais.
O resto do RPG está nos diálogos, você encontra vários personagens (todos com diálogos dublados) e tem opções de interagir, diferente da maioria dos jogos você não escolhe a frase que vai usar, mas a forma como vai reagir, basicamente são três, profissional, agressivo, tranqüilo, essas escolhas precisam ser rápidas praticamente no tempo de um dialogo normal e vão interferir na forma como os NPCs reagem com você, fazendo com que eles gostem ou não de sua pessoa e isso traz repercussões no decorrer do jogo, outra coisa bacana é que tem personagens que acabam sendo mais úteis caso não gostem de você, porque não vão te pedir favores, ou criar situações que comprometam a missão.
Alem de se basear na forma como os NPCS se apresentam, você pode usar informações de dossiês, e conforme rola o dialogo novas informações são acrescentadas alem da possibilidade de comprar mais informações no mercado negro, alem dos dossiês, é possível comprar novos itens, e até mesmo contratar serviços para te ajudar, nada de andar em grupo, mas serviços de mapas, colocarem rifles em lugares estratégicos ou mercenários que atraem a atenção da segurança, deixando seu caminho mais livre.
O cenário de fundo do jogo é bem construído, alem dos NPCs também existem outras organizações (algumas reais) e a historia é crescente, com bastante paranóia. Infelizmente boa parte das informações, é por e-mails, e outros textos, caso esteja com preguiça de ler em inglês vai perder muitas informações e não vai imergir tanto na historia, mas caso você se interessa por esse cenário de espionagem/contra espionagem e tem em mente algo mais Identidade de Bourne que 007, te aconselho a ler tudo que a experiência compensa.Eu senti falta de algumas possibilidades maiores de escolha, algo mais obvio mesmo, fiz final já três vezes, duas começando do zero e ainda não consegui matar um NPC fdp, e bom à idéia era de ter uma continuação, como ela já foi descartada, a sensação dele ter escapado é frustrante.
A historia lembra livros do Tom Clancy, mas um pouco mais clichê, não achei um problema já que eu gosto bastante, e pessoalmente adorei os personagens peculiares, como o malucão sádico do Steven Heck, a misteriosa Sis, o traficante rockstar russo Brayko ou mesmo a mercenária alemã SIE com sua metralhadora M249 SAW (tipo aquela do RAMBO I).
A customização do personagem principal deixou a desejar, é possível mudar tom de pele, cor dos olhos, cabelos, barba e itens como óculos ou chapeis, mas o leque de escolha é pequeno, apesar de ser um dos poucos jogos que da de usar uma barba de mendigo/Papai Noel. Porem uma coisa bem legal, é que os upgrades que você coloca na arma ou em seu traje de combate, são visíveis no jogo, tipo se botou um silenciador na pistola você vê no jogo o silenciador lá na pistola.
A inteligência artificial é mediana, horas rola uma bobeira artificial dos inimigos, e como a idéia é te dar a possibilidade de ‘’stealth’’ eles seguem um padrão, para que você possa analisar e assim atacar no momento certo para não atrair atenção.O final é mais ou menos, ele muda conforme tuas escolhas, mas é apenas vídeos do jogo e uma apresentadora de jornal dizendo o que aconteceu ao redor do mundo é bacana bem melhor que slides ou só texto, mas deixa varias perguntas do que aconteceu com os personagens, dando uma sensação de continuação (odeio vocês =P).
Nota: 8 *totalmente parcial, levando mais em conta minha diversão, mas ta cheio de bug!
Sinceramente mesmo, os bugs não chegaram a tirar a graça do jogo para mim, eu adorei o conceito e a sensação que eu tive é como se fosse um Mass Effect com Splinter Cell, claro que vi todos os bugs e defeitos, a falta de polimento e cuidado, mas como falei isso não prejudicou minha experiência. Meu mês teve Red Dead Redenption, Máfia II e Alpha Protocol, que deixei por ultimo justamente depois de ter lido criticas sobre os três jogos, a conclusão foi que Alpha Protocol é o único que tive vontade de jogar de novo depois que terminei, e o que vai ficar separado para fácil acesso no futuro. E o que me deu mais raiva com os defeitos, não foram os defeitos em si e sim o fato de por causa deles causarem tamanha má impressão e matarem a continuação.
Para: Fãs da boa e velha espionagem, com direito a ruiva de lábios brilhantes ;)
*Po SEGA, dei tanta grana pra vocês com o mega, saturno e o dreamcast, quebra essa vai! Tenta de novo fazendo a continuação, mas lança a versão completa que o conceito e a idéia são ótimos.
**Sim eu concordo que o jogo parece BETA, mas ainda assim culpo a imprensa e os gamers de hype, porque implicaram tanto com defeitos de alguns jogos, mas estranhamente ignoram defeitos de outros, ou é só eu que já fiquei grudado no cenário do Splinter Cell ou do Gears of War, tendo que recomeçar o cenário todo??
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