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terça-feira, agosto 03, 2010

Dizem que o homem perto da morte se recorda como foi sua vida...

Foi o primeiro, bom o primeiro que eu guardei...

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Dizem que o homem perto da morte se recorda como foi sua vida...

Mas só me lembro do dia em que eu a vi pela primeira vez...
Era em um campeonato, os melhores guerreiros estavam lá... Já era a ultima disputa, e eu enfrentaria o cavaleiro mascarado. Estava meio apreensivo, apesar da luta não ir até a morte. Cada um montado em seu cavalo e com as lanças preparadas, suor escorre de meu rosto, meu cavalo nota minha preocupação e fica arredio olho para a platéia, isso me deixa mais nervoso... Nervoso em saber que os ricos e pobres estavam lá, juntos para presenciar o espetáculo.

Até que eu a vi tão linda... O vento batendo em seus cabelos negros, sua pele branca como a neve, seus olhos ó tão belos olhos verdes que brilhavam como estrelas. Logo me acalmei, o sinal foi dado... Apertei firmes as rédeas e galopei ao encontro do oponente foi tudo muito rápido, quando me dei conta ele estava caído no chão, a platéia vibrava... Eu era o vencedor...
Aproximei-me da figura mais bela que existe na natureza e lhe dediquei a vitória, ela sorriu e agradeceu, a voz doce como em uma musica, parecia acariciar minha alma... Fiquei encantado por tamanha beleza, quase gaguejei ao dizer meu nome.
Tive uma bela surpresa ao saber que ela gostava de ir a floresta, a mesma em que eu ficava para escrever meus poemas. Ela se surpreendeu afinal um homem que lutava com espadas e escreve poemas... Logo prometi que escreveria um poema dedicado a ela, a mais formosa de todas as mulheres, ela sorriu, ficou um pouco envergonhada...

Estava sentado recostado a uma arvore, a musica da mata era o fundo ideal para o poema, estava na quarta linha quando escutei um grito. Fui depressa ver o que estava ocorrendo me esgueirava entre as arvores, e vi seis seres desprezíveis atacando uma jovem indefesa, parei para procurar algo que servisse como arma, os bastardos estavam querendo estuprar a jovem, foi o momento em que vi seu rosto era ela minha amada... Um ódio tomou conta de meu corpo saltei da mata golpeando o mais alto, e com um chute certeiro em seu abdômen consegui tirar o gordo de cima dela, um que tinha uma cicatriz no rosto veio com uma adaga pôr pouco não me acerta o braço, senti um certo prazer em ver o seu queixo se romper com um soco bem dado. Gritei para que ela corresse, assustada perguntou como eu ficaria... Disse que ficaria bem, que era para ela ir embora ela se virou e começou a correr...
Foi ai que fui atingido pôr um golpe de maça em meu ombro, as pequenas laminas rasgarão a minha carne e a dor era muita, pensei em fugir, mas ela estaria muito próximo e os malditos poderiam alcançá-la, peguei um galho seco e com um golpe de sorte perfurei o estômago de um deles, mas logo após fui novamente golpeado pela maça o golpe foi tão forte que fui de encontro a uma arvore, eles me segurarão o gordo já recuperado sacou uma espada, enfiando em meu peito... Doeu mais quando ele retirou, pude ouvir o silencio da floresta, tentava olhar o céu, mas a vegetação só me permitia ver a luz do sol pôr entre as folhas, cai de joelhos... Eles se foram...
Estou deitado no chão em cima de uma poça de sangue que sai de meu corpo...
Eu a vejo cada vez mais perto... Seu sorriso brilha e iluminam o breu, as trevas que se tornaram à mata...

Minhas pálpebras estão pesadas... Sinto o seu toque em meu rosto, é gelado más reconfortante...

Estou fraco... Sinto seu beijo...
Não conseguirei resistir...

Alexandre CRUOR

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