Diretor: Jeremy Alter
Ano: 2009
Roteirista: Anton Pardoe
Gênero: Ação, Drama, Policial
Filme de baixo orçamento que conta uma historia de vingança com um clima ‘’noir’’.
O narrador é um personagem que não tem seu nome citado, treinado dês de criança em uma família criminosa ele se tornou um excelente assassino, sua mãe foi morta e ele apenas sabe que um dos três criminosos mais poderosos da cidade que pode ser seu pai, nutre um amor impossível de infância por uma garota que teve o pai morto e pode ser sua irmã, e tem um poderoso inimigo que alem de ser o ‘’herdeiro’’ do crime na cidade, o culpa pela morte de seu pai...
O narrador não é um exemplo de herói, mas conta com toda estrutura de romances policias antigos, ele é esperto, luta bem e é habilidoso, mas comete varias falhas e talvez o grande trunfo seja conseguir sobreviver mesmo com vários ferimentos, alias não é só o narrador que conta com características de ‘’historias de detetive’’, a mocinha não é boazinha, ela também foi treinada, luta bem e está longe de ser frágil, ela sabe que o narrador tem um sentimento maior por ela, mas o usa talvez sem se dar conta, fazendo com que ele seja uma espécie de anjo da guarda particular e todos outros personagens também contam com características peculiares, temos até mesmo um doutor assassino que mata usando bisturi e uma cena em que ele conta de forma fria o que esta acontecendo com o corpo de seu inimigo que acaba de ter um dos pulmões perfurado como se estivesse dando uma aula ao oponente.
O estilo de narração é em primeira pessoa e acaba ajudando no clima noir da coisa, apesar do baixo orçamento o diretor consegue fazer as cenas, seja virando a câmera no momento certo ou um corte rápido ou mesmo um ângulo diferente para não precisar mostrar a cena em que precisaria ter o efeito especial.
O problema é que é um filme que deveria ter tiroteios, as cenas de morte deveriam ser mostradas (o personagem ‘’doutor’’ é apenas um dos assassinos peculiares) e mesmo dando o braço a torcer pro esforço do diretor, acabou cansando demais. Outro problema que não sei se tem haver com o baixo orçamento é o fato de usarem objetos modernos mesmo tentando passar um clima de ‘’década de vinte’’, o narrador chega a usar um rifle com visão noturna e falar que parece videogame, talvez uma licença poética já que não fala que é um cenário histórico, mas pra mim foi a pior coisa no roteiro.
Roteiro que é até que bem feito, eu gosto bastante desse tipo de historia, só que não ficou bom no filme, à medida que ele ia prosseguindo eu fiquei imaginando que seria muito mais interessante estar lendo um livro com o roteiro e podendo imaginar os tiroteios, as lutas, as mortes, mais detalhes dos personagens... Cheguei a fazer uma busca na Internet na esperança que existisse o livro dessa historia, mas não tem...
As atuações são passáveis, não chegam a prejudicar, mas estão longe de serem boas. A trilha sonora é uma porcaria, tentaram criar musicas ‘’de época’’ só que usaram bandas ruins pra isso.
Para ilustrar melhor esse filme, imaginem o ‘’Sin City’’ sem grana para atores famosos ou efeitos especiais e o filme com menos tempo sendo obrigado a deixar de fora as historias de alguns personagens importantes, mas não podendo tirar os personagens, não que The Perfect Sleep seja um filme curto, mas tem personagens demais que não couberam e a grande maioria são interessantes, e a falta de grana acaba deixando o filme sem atrativos e cansativo.
O diretor tenta a maior parte do filme fazer um bom trabalho, até consegue, mas o final ele e o roteirista (que também interpreta o personagem principal) tiveram a péssima idéia de fazer com que a cena seja o mais mastigada possível para todo mundo entender o amor impossível do herói que abre mão, por não se achar digno e tendo o ultimo ato altruísta fazendo que sua amada finalmente se dando conta que irá perdê-lo em uma terrível cena com uma choradeira digna de final de novela das oito (incluindo o Narrador abrindo o maior berreiro).
Nota: 4,5
Eu realmente gostei da historia, queria saber mais sobre os personagens secundários e mesmo sobre o Narrador e me deu muita vontade que ao invés de um filme The Perfect Sleep fosse uma serie de livros (ou pelo menos um), mas até pra mim foi cansativo, eu assistiria novamente para prestar mais atenção a historia, mas duvido que alguém vai ver com o mesmo animo, esse filme merece um remake com uma boa verba e atores melhores para uma segunda chance, é como se fizessem seu prato preferido, mas sem sal e tempero (tentando explicar o sentimento que tive) e a nota é baixa assim, mais pelo fato de que não faz muito sentido um filme (imagens em movimento) acabar me despertando interesse em livro para poder imaginar as cenas.
Para: Quem gostar do tema pode dar uma tentativa sem esperar muito.
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